Ações sustentáveis se destacam cada vez mais por disseminar ideias que contribuem para o bem-estar e longevidade da sociedade. Um exemplo são os telhados verdes, projetos de arquitetura verde que utilizam a cobertura de imóveis, ou seja, telhados, laje, para a plantação de vegetação. Por meio de uma camada impermeável, este projeto traz um pouco da natureza para o cinza costumeiro das grandes metrópoles.
Um dos objetivos do telhado verde é justamente auxiliar no refrescamento do imóvel, diminuindo assim a sensação de calor no ambiente, sem contar que isso ajuda também a economizar energia com o ar condicionado.
Existem exemplos de tetos vivos que os proprietários deixam a natureza “tomando conta”, ou seja, a vegetação nasce e morre conforme seu ciclo natural, sem interferência humana.
Na construção do telhado verde a escolha das espécies é determinante para a manutenção dele. A arquiteta urbanista Hilla comenta que o maior cuidado que se deve ter é com as escolhas e o tratamento da vegetação, a exemplo do que se faz para tratar um jardim convencional.
O campus de Brasília do Instituto Federal de Brasília (IFB) é um dos primeiros do País a receber o projeto do ecotelhado, se tornando inclusive um prédio modelo em construção ecológica e sustentável entre os órgãos do Governo Federal com sede na cidade.
Telhado verde, terraço jardim, cobertura vegetal, ecotelhado, telhado ecológico, são vários os nomes dados para esse sistema construtivo tão utilizado pelos admiradores da arquitetura sustentável.
Depende apenas de detalhes. Existem alguns pontos que devem ser observados para que o projeto seja implantado de forma eficiente. “É preciso analisar a resistência da estrutura do telhado ou da laje em questão, bem como a impermeabilização com membrana resistente a raízes e ao trânsito, a garantia de reserva de água para as plantas e o acesso fácil ao local”, explica Feijó.
Imagem 45: Outro design moderno de arquitetura com cobertura verde para proporcionar um ar mais natural ajudando no controle do clima interno e no isolamento acústico também.
O verde da fachada contrasta com o vermelho da primavera, que tomou conta de toda a varanda. Do lado esq., eugênias-americanas e lantanas roxas. Do outro lado, no vaso de barro, triális. A escada foi feita com dormentes da Loja do Barba. Projeto da paisagista Paula Galbi (Foto: Felipe Gombossy / Divulgação)
Em algumas partes do imóvel é possível trocar o telhado convencional e optar pelo uso do jardim na parte superior. O valor em si pode sair bem mais em conta se fosse colocar a estrutura de madeira e as telhas.
Imagem 15: Perceba como o telhado verde fica mesclado com materiais naturais como madeiras, pedras, troncos e integra com a topografia do lugar se conectando com a paisagem.
Desde da Idade Média a cobertura viva era largamente usada. Existem registros de usos dessa técnica em ruínas de construções na Escandinávia (Suécia e Noruega) e também na Finlândia.
Como vimos, embora haja desvantagens quanto à implantação do Telhado Verde, suas vantagens para o meio ambiente e para sociedade são maiores e mais decisivos. Estas e outras ações contribuem com a população e com o bem estar das próximas gerações. Não são apenas gastos, mas projetos de investimento para o futuro!
Imagem 48: Outra proposta para espaços pequenos é este projeto de ecotelhado florido, você pode usar uma diversidade de plantas para criar um charmoso jardim.
O sistema sustentável inclui a retenção da água chuva, que além de regar as plantas na primeira camada, pode ser usada para outros fins. Só aqui já há uma economia interessante a se considerar para um imóvel comercial, por exemplo.
“Não se trata apenas de criar uma espécie de horta no telhado de concreto e plantar o que bem entender. Há muita tecnologia por trás do telhado verde", afirma Hilla.
São coberturas que utilizam camadas impermeabilizantes para compor uma cobertura viva e vegetada. Um jardim suspenso ou uma jardineira que exerce o papel de telhado nas edificações.
Conhecidos tradicionalmente como Telhados de Turfa (relva) ou Telhado de Céspede. Eram estruturados com madeiras roliças e cascas da árvore Bétula (Vidoeiro), que eram resistentes e impermeáveis.
Sendo estes, respectivamente o mais profundo que possibilita plantas com raízes mais profundas e invasivas, vegetação de maior porte, até o mais superficial, que é o mais comum devido ao tipo de vegetação utilizada e também pela complexidade da execução.
Acima da placa contensora, é a vez da camada do sistema de drenagem da água. Em cima dela, o tecido permeável permite a colocação da terra, que vai absorver a água da chuva que cai na primeira camada, a da planta ou grama. Falando assim até parece fácil, mas cada detalhe é planejado para se ter um resultado eficiente e bonito.
Imagem 33: Você pode utilizar uma infinidade de plantas, para essa forração verde e brincar com as diferentes texturas de vegetação para obter o resultado que mais combine com o seu projeto.