Essa situação pode acontecer devido às variações hormonais comuns de acontecer durante a gestação ou ser resultante do medo de ser mãe pela primeira vez, por exemplo. As adolescentes são as que tem maiores chances de sofrer com a depressão durante a gravidez, especialmente se já teve crise de ansiedade ou depressão anteriormente.
Foi verificado também, em um estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria e Neurociência de uma Universidade em Londres, que os bebês de mulheres que tiveram depressão durante a gestação apresentavam maiores níveis de cortisol circulantes, que é o hormônio relacionado ao estresse, e que eram mais hiperativos e reativos ao som, luz e frio do que os bebês de mulheres que não apresentaram qualquer alteração psicológica na gravidez.
Além disso, não é aconselhado tomar remédios naturais porque podem prejudicar o bebê, inclusive a erva-de-são-joão, normalmente usado contra depressão, é contraindicada nessa fase.
Para dificultar ainda mais o diagnóstico, muitos dos sinais de uma depressão - como alterações no sono, nos níveis de energia, na fome e na libido - são semelhantes aos sintomas tradicionais de uma gravidez.
A maior parte dos estudos recentes defende não só que uma mulher que tomou antidepressivos durante a gravidez pode amamentar como uma mulher que ainda se encontre medicada pode fazê-lo. Isto porque a maioria dos antidepressivos não são excretados no leite materno e são estes os que são prescritos nesta situação. Além disso, a amamentação, pode servir para reforçar os laços entre mãe e bebé e ajudar a ultrapassar a depressão.
Neste momento, ter ao seu lado alguém de quem goste e que a apoie pode ajudar. Alguém em quem você confie e que permaneça consigo mesmo na escuridão. Alguém que continue a olhar em frente quando isso for difícil para si.
Assim, para diminuir o risco de alterações provocadas pelo uso de antidepressivo, é normalmente recomendado que mulheres que nunca fizeram uso desse tipo de medicação, faça uso de antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da serotonina, como a sertralina, fluoxetina ou citalopram, já que são considerados mais seguros durante esse período.
Ela se sente culpada, claro. Todos esperam que esteja imensamente feliz, em êxtase. Por isso, muitas gestantes silenciam, e não contam aos médicos ou familiares que estão se sentindo tristes, infelizes. Isso leva a um subdiagnóstico nessa fase. O risco de não se tratar a doença é enorme. Gestantes com depressão tendem a não seguir corretamente as orientações do pré-natal. Não se alimentam nem dormem bem, têm mais chance de fumar e beber.
Se você já teve uma depressão ou estados de humor depressivos antes de engravidar, talvez já esteja familiarizada com antidepressivos. Pode sentir-se preocupada por manter essa medicação durante a gravidez. Recomendamos-lhe que converse sobre isso com o seu médico o mais brevemente possível.
O diagnóstico da depressão na gravidez é feito pelo médico a partir da observação dos sinais e sintomas apresentados pela mulher. A partir do momento que é feito o diagnóstico, é possível iniciar o tratamento que muitas vezes é feito por meio de psicoterapia.
Além disso, as mulheres com depressão no último trimestre de gestação tem maior necessidade de epidural, parto com fórceps e os recém-nascidos tem mais necessidade de internamento na neonatologia.
Tirando raras exceções, o momento da descoberta de uma gravidez marca o início de um período de cerca de nove meses de felicidade. Mas nem sempre é assim. Seguramente já ouviu falar de depressão pós-parto, mas sabia que é possível enfrentar uma depressão durante a gravidez?
Dois risquinhos no teste. Positivo. A gravidez que era tão desejada, que foi planejada e pensada em todos os detalhes possíveis agora é real. Mas a conta não fecha: o que você sente e achava que sentiria quando descobrisse o bebê dentro da barriga não são a mesma coisa. Os primeiros sintomas de gestação são duros demais e a maior alegria do mundo, que você imaginou sentir, não vem nunca. Pelo contrário: parece que tudo é só um buraco vazio. Quando ele parece estar preenchido com algo, é de uma tristeza sem fim.
Está grávida e não consegue sentir nenhuma alegria e felicidade neste momento? Há muitas mulheres que se sentem assim durante a gravidez. Com frequência, as causas desse estado são estritamente físicas!
Não se culpabilize por não sentir a felicidade que acha que deveria sentir por estar grávida e não preste atenção às críticas. Todas as gravidezes são diferentes. Também não ache que a depressão vai passar ou que não vale a pena consultar um médico porque não há nada a fazer uma vez que está grávida. Procure ajuda de um profissional de saúde, pelo seu bem-estar e pelo bem-estar do seu bebé.
A doença atinge de 10% a 20% das mulheres grávidas, e algumas delas podem ter de tomar medicação como forma de tratamento. Segundo Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês, embora não exista um antidepressivo que possa ser indicado para a gestante com 100% de segurança para o bebê, em casos graves é fundamental o médico avaliar o risco-benefício daquela medicação. É preciso lembrar que, assim como qualquer remédio na gravidez, o uso dos antidepressivos também requer muito cuidado. Se você já fazia uso deles antes mesmo de saber que estava esperando o bebê, converse com o seu médico para que ele avalie a continuação do tratamento. Para Alexandre Pupo Nogueira, nessas situações, o melhor são tratamentos alternativos, como relaxamento, produtos fitoterápicos.
Há muitas pessoas que, de alguma maneira e devido à sua constituição biológica, apresentam uma pré-disposição para a depressão. Esta pré-disposição pode ser genética ou um desequilíbrio cerebral químico de neurotransmissores como a serotonina e a noradrenalina.
ℹ️ Estes medicamentos, normalmente, são tomados apenas durante algum tempo. Os antidepressivos não criam dependência (ao contrário das benzodiazepinas, por exemplo). Por isso, não precisa de ter receio de ficar dependente.
O uso de antidepressivo só é recomendado pelo médico após as 12 primeiras semanas de gravidez e quando a mulher apresenta 7 a 9 sintomas de depressão, no entanto o uso desse medicamento só deve ser feito se for verificado que não há riscos para o bebê. Isso porque alguns antidepressivos podem resultar em malformação no feto, aumentar o risco de parto prematuro e dificultar o crescimento normal do bebê.
A prevenção da depressão na gravidez precisa ser multidisciplinar. É extremamente importante que a grávida faça o acompanhamento pré-natal com o obstetra e siga todas as recomendações do médico pensando na saúde física e mental dela e na integridade do bebê. Mas, muito além disso, é fundamental que essa mulher seja acolhida pela comunidade dela. A rede de apoio, mais do que nunca, é essencial para mostrar para essa mãe que ela não está sozinha (por mais que a maternidade seja, sim, um local solitário). A prática de exercícios físicos, aliada a uma alimentação saudável e psicoterapia, também ajudam a evitar o surgimento de um quadro de depressão na gravidez.
Contudo, quando estes sintomas se tornam mais severos e persistem por muito tempo, sem que haja períodos de maior ânimo ou tranquilidade, é possível que se trate de uma depressão pré-natal.