O homem produz lixo diariamente, independente do que esteja fazendo. Com isso, geralmente, as pessoas fazem a coleta seletiva para que o volume de lixo diminua, agredindo menos a natureza. Mas e o lixo hospitalar, você sabe para onde ele vai? Esse tipo de lixo precisa de uma atenção e cuidados mais minuciosos, continue lendo e veja o motivo.
A ingressão ao PGRSS é obrigatória para todas as prestadoras de serviços à saúde. É responsabilidade destas indicar um profissional habilitado para a elaboração do documento, que precisa seguir os critérios estabelecidos pela ANVISA.
De acordo com um estudo feito pelo Hospital Albert Einstein, o maior risco ambiental do lixo hospitalar é representado pelo chamado lixo infectante. Ele caracteriza-se pela presença de agentes biológicos como sangue e derivados, secreções e excreções humanas, tecidos, partes de órgãos, peças anatômicas.
De acordo com dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), todo ano, hospitais, clínicas e laboratórios produzem em média aproximadamente 253 mil toneladas de resíduos hospitalares.
Além disso, não só os aterros, mas também as empresas que lidam com esses resíduos devem ser específicas. A entidade responsável pelo manuseio desse lixo deve ter certificação, bem como seus colaboradores precisam receber constantes treinamentos de segurança.
Para Amos Gborie, um dos diretores do Instituto Nacional de Saúde Pública da Libéria, “um dos maiores problemas que enfrentamos é que o lixo não é separado na enfermaria do hospital”, ou seja, os diferentes tipos de resíduos são colocados juntos no lixo, como agulhas e frascos. “Então, o gerenciamento adequado se torna um problema”, completa.
Ainda de acordo com o estudo feito pelo Hospital Albert Einstein, o lixo infectante deve ser separado do restante do lixo hospitalar. Sendo o treinamento de funcionários para esta função uma exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente no Brasil. No entanto, desconhece-se a efetiva separação e destinação de tal tipo de lixo pelos milhares de hospitais brasileiros, assim como pela maioria dos hospitais no mundo.
Segundo os últimos dados disponíveis, de 2019, 30% dos estabelecimentos de saúde no mundo não contam com sistema seguro. Nos países menos desenvolvidos, a proporção é de quase 60%. Para a OMS, é vital que os países dediquem mais atenção ao manejo sustentável.
Também chamado de resíduo hospitalar, esses materiais usados em hospitais, necrotérios, clínicas e postos de saúde devem receber um tratamento especial quanto à sua destinação devido ao risco que pode causar aos seres vivos e ao meio ambiente.
A esterilização, ao invés da incineração, é uma alternativa válida e importante. No entanto, o seu elevado custo faz com que seja pouco utilizada. A colocação deste lixo em valas assépticas é considerada uma opção igualmente válida, porém o espaço necessário para isso e a devida fiscalização limitam o seu uso. Infelizmente, a maioria dos hospitais faz o descarte do lixo hospitalar sem separar esses resíduos corretamente.
Em sua rotina você lida diariamente com diversos materiais descartáveis, que evitam a contaminação de pacientes e do ambiente. Mas, já parou para pensar como é feito o descarte de lixo hospitalar?
As cores das lixeiras de coleta seletiva ajudam a separar os resíduos por tipos. Mas você sabia que há uma cor para o lixo hospitalar? A cor branca representa a lixeira dos resíduos hospitalares e serviços de saúde. Confira mais sobre as cores na matéria a seguir:
O descarte desse grupo deve ser feito através de sacos brancos leitosos e impermeáveis, contendo um símbolo de risco infectante. Após encher ⅔ da capacidade ou se passar 24h desde o primeiro lixo descartado, ele deve ser recolhido pela empresa especializada e levado ao tratamento adequado.
Você sabia que a forma como a sua empresa de saúde descarta o lixo hospitalar pode impactar fortemente o meio ambiente? Confira mais informações neste artigo.
A Anvisa desenvolveu o Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS). Este documento aponta e descreve ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos observando suas características. Ele contempla os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
"Eles se esquecem que aqui tem seres humanos que dependem do lixo até para comer", diz José, 62, que trabalha há 15 anos no lixão em busca de recicláveis. Dali ele tira R$ 600 mensais. Outras 20 famílias fazem o mesmo.