1984, Londres. O Reino Unido está sob o regime socialista, sendo controlado com mão de ferro pelo partido. Há em todo lugar telas de TV, que servem como os olhos do governo para saber o que os cidadãos fazem. No intuito de controlá-los são exibidas constantemente imagens através destas mesmas telas, relatando as batalhas enfrentadas pela Oceania em outros continentes. Winston Smith (John Hurt) vive sozinho e trabalha para um dos departamentos do governo, manipulando informações de forma que as notícias sejam positivas para a população. Até que, um dia, ele passa a se interessar por uma colega, Julia (Suzanna Hamilton), que o leva até os arredores da cidade. Eles passam a ter um relacionamento, algo proibido pelo partido, que deseja eliminar a libido na população.
O mundo distópico de 1984, como será apresentado no resumo, também é controlado por totalitaristas. Entre as nações, prevalece uma guerra perpétua, além de uma forte vigilância governamental e manipulação pública.
No entanto, 1984 é, acima de tudo, um alerta sobre o poder que corrompe, formulado por um autor que viu a ascensão de vários regimes ditatoriais. Por outro lado, a obra deixa uma visão bastante negativa sobre aquilo que poderia ser o futuro da humanidade, caso ela viva em sociedades que misturam autoritarismo e tecnologia destinada à vigilância.
Winston Smith, um homem de meia-idade, representando o contraponto ao regime, é o personagem principal do romance. Ele fazia parte do Departamento de Documentação do Ministério da Verdade.
Ralph Gilbert Bettison e William Templeton assinaram o roteiro e tentaram transpor as páginas para o cinema. Integraram o elenco nomes como Edmond O’Brien, Jan Sterling e Michael Redgrave.
O governo é regido pelo Grande Irmão, um ditador e líder do Partido. Apesar de nunca ter sido visto pessoalmente, o Grande Irmão tudo vê e controla. No Estado já não existem leis e todos devem obedecer.
Adiantando um pouco a história, é preciso dizer que Winston e Julia foram desmascarados e presos. O grupo era uma farsa criada pelo partido. Eles foram torturados por O’Brien no tenebroso “Quarto 101”, considerado o pior lugar do mundo.
O objetivo do Partido não é eliminar os membros da resistência, mas sim conseguir convertê-los verdadeiramente, de modo a erradicar as ideias que eles defendem. Na verdade, após ser libertado, o protagonista está convertido, à custa do medo e da tortura.
Em 1999, a produtora holandesa Endemol batizou seu reality show, formato existente desde 1970, de Big Brother – o mesmo nome da mais sinistra entidade do livro.
O protagonista da narrativa é Winston Smith, um homem comum que trabalha para o Partido Externo, no Ministério da Verdade. Considerado um funcionário menor, o seu trabalho está relacionado com a propaganda política e a falsificação de documentos.
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As estatísticas eram manipuladas para que tudo parecesse bom, ainda que estivesse de mal a pior, o que de fato acontecia. Os jornais eram alterados e a história era reescrita.
Como resultado, surgiu o adjetivo “orwelliano", que descreve situações nas quais aqueles que estão no poder devassam a privacidade alheia, alegando ser uma questão de segurança.
Além do mais, quão seguras as pessoas podem estar sobre seus dados na Internet? A privacidade está realmente garantida? As redes sociais e o Google podem reter informações, imagens, textos e sugerir outros conteúdos que influenciam o comportamento do usuário.
Quando reencontra Julia, percebemos que ela também o denunciou no Quarto 101 e que o sentimento que os unia já não existe mais. Smith passa, assim, a ser um cidadão exemplar, cumprindo acriticamente todas as ordens e regras.
Quando crescido, não se matriculou em uma universidade como a de Oxford, o que poderia fazer. Antes, preferiu ingressar na Polícia Imperial da Índia, o que o permitiu conhecer a truculência do Império Britânico.
Neste caso, o ditador é o líder supremo do Partido, intitulado de Grande Irmão. Embora ele surja como um homem, nunca chegamos a ter certeza se aquela figura existe mesmo ou é apenas uma representação simbólica da autoridade governamental.
Julia é a heroína da história, uma mulher bem humorada com o mesmo espírito contestador de Winston. Quando se encontram, imediatamente se identificam e começa a brotar o amor. O casal pede transferência dos respectivos postos de trabalho e consegue trabalhar junto.
Com o passar do tempo, as ações do protagonista vão sendo monitoradas e seguidas pelo governo que começa a desconfiar dele. O'Brien, um dos antagonistas da história, é um colega de trabalho de Smith recrutado para vigiá-lo e conduzi-lo de volta à obediência.
Smith é o responsável por adulterar os registros dos antigos jornais e artigos de opinião, reescrevendo a História segundo os interesses do governo. O objetivo é criar “buracos da memória”, ou seja, apagar a verdade sobre determinados assuntos.
O protagonista Winston Smith é apresentado no primeiro parágrafo. Ele trabalha no Ministério da Verdade, é um dos funcionários responsáveis pela propaganda e reescrita do passado.
A prática foi semelhante à da União Soviética. Documentos históricos eram falsificados para moldar o passado em função dos interesses da tirania no poder. O Grande Irmão, como Orwell o descreve, foi inspirado em Josef Stalin, um dos maiores nomes do totalitarismo.