A angiografia é utilizada para obter informações diagnósticas sobre os vasos sanguíneos que transportam sangue para várias partes do corpo, particularmente se algum vaso estiver bloqueado por um coágulo de sangue ou estreitado por causa de aterosclerose.
A causa mais comum de hemorragia no espaço subaracnóideo é o traumatismo craniencefálico. A hemorragia subaracnóidea espontânea (HSA) é o sangramento que acontece no espaço subaracnóideo devido a qualquer etiologia que não seja o traumatismo craniencefálico. A principal causa de HSA é a ruptura de aneurismas intracranianos que, além de ser responsável por mais de 75% dos casos, é também motivo de alta morbidade e mortalidade.
A ressonância magnética (RM) tem sensibilidade e especificidade comparáveis às da TC para o diagnóstico de HIC na fase aguda, porém, devido ao custo mais elevado, é geralmente reservada para acompanhamento dos pacientes, ou realizada quando há suspeita de etiologia não hipertensiva (cavernomas, angiopatia amilóide, neoplasias)51.
Para esse procedimento, o médico insere um cateter fino em uma artéria na virilha e o insere através da área a ser avaliada. Quando o cérebro é avaliado (angiografia cerebral), o cateter é inserido na aorta e, em seguida, nas grandes artérias que transportam sangue para o cérebro (carótidas e artérias vertebrais).
Outros - Outros fatores, menos estabelecidos, também foram apontados como relevantes para o risco de HIC. Dentre estes, são citados: obesidade, perfil lipídico e fatores genéticos, tais como a mutação no gene que codifica a subunidade α do fator XIII da coagulação34. O real efeito do perfil lipídico sérico sobre o risco de HIC ainda é controverso e necessita de melhor avaliação por meio de estudos com desenho mais apropriado35.
Esses sinais de alerta de hemorragia subaracnóidea podem surgir no espaço de alguns minutos a algumas semanas antes da ruptura. As pessoas devem informar ao médico imediatamente qualquer cefaleia incomum.
A freqüência exata de aumento sintomático da PIC em pacientes com HIC é desconhecida. Pacientes com hemorragias pequenas provavelmente não necessitam de medidas específicas para controle da PIC. Por outro lado, pacientes comatosos com sinais de hipertensão intracraniana podem se beneficiar de medidas, como elevação da cabeceira a 30 graus, analgesia, sedação, doses moderadas de manitol a 20%, solução salina hipertônica e hiperventilação para atingir PaCO2 entre 28 e 32 mmHg. Entretanto, não há evidências definitivas sobre o benefício do uso destas terapias para pacientes com HIC até o momento81-84. Um estudo que avaliou o uso de corticosteróides (dexametasona) em pacientes com HIC não mostrou benefícios e revelou um aumento no risco de infecções85.
Além do efeito de massa pelo hematoma, a presença de hidrocefalia pode contribuir substancialmente para o aumento da PIC em pacientes com AVC hemorrágico. Assim, uma derivação ventricular externa pode ser necessária durante o período crítico de elevação da PIC, não devendo esta exceder sete dias devido ao risco de infecção. Não existem, entretanto, estudos que comparem diferentes tipos de drenagem entre si, ou com o tratamento conservador para a hidrocefalia relacionada a HIC73.
Vasoespasmo: O vasoespasmo é uma contração (espasmo) dos vasos sanguíneos. Ocorre em cerca de 25% das pessoas, geralmente cerca de 3 a 10 dias após a hemorragia. Os vasoespasmos limitam o fluxo sanguíneo ao cérebro. Em seguida, os tecidos cerebrais podem não receber oxigênio suficiente e podem morrer, como no acidente vascular cerebral isquêmico. Um vasoespasmo pode causar sintomas semelhantes aos do acidente vascular cerebral isquêmico, tais como fragilidade ou perda da sensibilidade de um lado do corpo, dificuldade em usar ou compreender linguagem, tontura e falta de coordenação.
15) Em pacientes com HIC sintomática associada ao uso de trombolíticos, sugerimos a administração de plasma fresco congelado, crioprecipitado e plaquetas (Nível de evidência 4, grau de recomendação C).
Outros procedimentos clínicos e cirúrgicos para HIC estão sendo atualmente testados em estudos multicêntricos, tais como: craniectomia descompressiva e hipotermia (HyDeH trial), cirurgia minimamente invasiva (MISTIE Trial), drenagem precoce de hematoma lobar (STICH II trial), drenagem da hemorragia intraventricular por infusão contínua de TPA (CLEARIVH trial), entre outros. É provável que nos próximos anos, com o desenvolvimento das técnicas neurocirúrgicas e com a possibilidade de intervenção cirúrgica ainda mais precoce, a aplicabilidade do tratamento neurocirúrgico seja revista100.
Hipertensão arterial - A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o principal fator de risco para HIC, estando presente em 70 a 80% dos pacientes com este tipo de AVC11. O tratamento anti-hipertensivo é capaz de levar a uma redução de aproximadamente 41% do risco relativo de AVC (incluindo HIC) para uma redução de apenas 10 mmHg da pressão arterial sistólica ou 5 mmHg da diastólica15.
13) Em pacientes com HIC associada ao uso de heparina, sugerimos que sulfato de protamina deve ser utilizado para reverter o efeito da heparina (Nível de evidência 2, grau de recomendação B).
Medicamentos para aliviar a dor (analgésicos) do tipo opiáceos (mas não ácido acetilsalicílico ou outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, que podem piorar o sangramento) para controlar as cefaleias intensas. Os laxantes são administrados para evitar esforço durante as evacuações. Esse esforço exerce pressão nos vasos sanguíneos do interior do crânio e aumenta o risco de ruptura de uma artéria enfraquecida.
O aspecto do sangramento na RM depende de diversas variáveis técnicas e biológicas, tais como: intensidade do campo magnético, seqüências utilizadas (T1, T2, e T2* eco-gradiente) e idade do hematoma52. Como regra geral, o hematoma hiperagudo é isointenso em T1, hiperintenso em T2 e hipointenso em T2*. Após o sétimo dia, ocorre degradação de hemoglobina em metahemoglobina que aparece hiperintensa em T1 e T2. Na fase crônica, o sinal baixo da hemossiderina é mais bem visualizado em T2 ou T2*.
Nas pessoas com um aneurisma, um procedimento cirúrgico é realizado para isolar, obstruir ou reforçar as paredes da artéria enfraquecida, reduzindo assim o risco de vir a ocorrer uma hemorragia fatal. Esses procedimentos são difíceis e, independentemente do procedimento utilizado, o risco de morte é elevado, sobretudo no caso das pessoas que se encontram em estado de estupor ou de coma.
Pacientes com HIC de localização atípica ou com idade abaixo de 45 anos (independentemente da presença de HAS) devem ser submetidos ao estudo angiográfico para investigação de causas secundárias como MAV, aneurismas, fístulas, trombose de seio venoso e vasculites. A angiografia por cateter é o método de escolha para identificação de malformações arteriais de alto fluxo, quando o hematoma pode atrapalhar a identificação pela angiografia por TC53-56. Angiografia por TC ou RM com uso de gadolínio são alternativas menos invasivas com boa sensibilidade quando comparadas à angiografia convencional. Estas técnicas são usualmente escolhidas para investigação de trombose de seio venoso como causa de HIC54-56.
As possíveis sequelas são as mais variadas possíveis, já que praticamente qualquer estrutura cerebral pode ser atingida. Mais frequentemente, notam-se déficits motores, déficits na fala e déficits cognitivos.
O aneurisma se dá quando há uma dilatação anormal de alguma artéria do nosso corpo. Geralmente, cresce de maneira gradual e silenciosa, ou seja, sem sintomas. Por isso, o acompanhamento médico periódico adequado é de extrema importância. Muitas pessoas podem conviver com essa disfunção a vida inteira.
Quem tem maior risco de aneurisma Ainda não é conhecida a causa específica para o desenvolvimento de um aneurisma, porém, pessoas que fumam, têm pressão alta, sofrem de aterosclerose ou já tiveram uma infecção em uma artéria, possuem maior risco de ter esse problema.
Tradicionalmente, o tratamento do aneurisma cerebral se faz através da colocação cirúrgica de um clipe metálico entre o vaso normal e o aneurisma, excluindo-se desta forma a passagem de sangue para o interior do saco aneurismático.
Segundo o diretor do francisca mendes, a cirurgia é muito cara, complexa e o Sistema Único de Saúde (SUS) não paga todo o tratamento. A maior parte dos gastos é feita pelo estado. Cada cirurgia custa, em média, R$ 34 mil devido à utilização de espirais de platina, micromolas e os demais materiais.
A embolização é a injeção de elementos ou substâncias com intuito de bloquear ou diminuir o fluxo de sangue que chega às células cancerígenas no fígado. A embolização é uma opção para pacientes cujos tumores não podem ser removidos cirurgicamente.