É hábito de nós cristãos começarmos o nosso dia, nossas orações e afazeres com o sinal da cruz. Com certeza, você já fez esse sinal muitas vezes, mas, talvez, o faça sem saber o que está fazendo, ou ainda, nunca parou para pensar sobre seu real significado. Vejamos, então, do ponto de vista histórico e teológico, os verdadeiros significados do sinal da cruz.
Em suma, o sinal da cruz jamais pode ser feito de maneira supersticiosa, pelo contrário, deve ser colocado em seu devido lugar a partir de seu significado teológico. Visto todos esses belíssimos significados do sinal da cruz, a partir de agora, com certeza, nós o faremos de maneira diferente, isto é, com mais fé e devoção.
No inicio do dia, no início de uma oração, e também no começo das tarefas de importância, o cristão se coloca sob o “sinal da cruz”, e então começa a sua ação em “nome do Pai e do Filho e do Espírito”. A invocação nominal de Deus trino, por quem as pessoas estão rodeadas de todo lado, é capaz de santificar as coisas que as pessoas empreendem, ela concede a bênção, e ainda fortalece as pessoas em dificuldades e em tentações.
A data 14 de setembro representa dia especial em que há celebração da exaltação da Santa Cruz, o símbolo maior de cada cristão. No entanto, há dúvida sobre o significado desse sinal aos católicos. E a razão do sinal da cruz ser traçado sobre a testa, peito, e coração, como ainda os momentos em que se deve fazê-lo.
+ A cruz no peito é para livrar das más ações. A cruz no peito, à altura do coração, indica-nos que o Evangelho, acima de tudo, deve ser vivido, pregado e testemunhado por todos os que acreditam na ressurreição de Cristo.
Diz ainda o Catecismo da Igreja Católica que, “quando o cristão começa seu dia, suas orações e suas ações com o sinal da cruz – “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”, ele dedica a jornada à glória de Deus e invoca a graça do Salvador, que lhe possibilita agir no Espírito como filho do Pai. O sinal da cruz nos fortifica nas tentações e nas dificuldades”. (Catecismo, n. 2157).
Ele nasceu aproximadamente em 160 d.C e faleceu em 220 d.C. Em um dos escritos dele, denominado “De Corona Militis”, é encontrada com clareza esta prática, que tem descrição por ele do seguinte modo: “Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, lavamo-nos e iniciamos as refeições, quando vamos nos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persegnamo-nos a testa com esse sinal”.
Conforme explicação de padre Paulo, o "pequeno sinal da cruz" passou a ser feito da testa ao peito, do ombro esquerdo para o direito, com os dois dedos. Passados os anos, com a intenção de simbolizar a Santíssima Trindade, os cristãos traçavam o sinal da cruz com três dedos e dois recolhidos, lembrando as duas naturezas de Cristo. A riqueza deste sinal fez com que este se estendesse por toda a Idade Média, inclusive no Ocidente.
Porém, a tradição ensinou as pessoas a este e mais costumes que fazem demonstração de devoção ou respeito. Assim, não é pecado se a pessoa passa em frente à igreja e não faz o sinal da cruz. E, se fizer, vai ser uma bela demonstração da manifestação da própria fé e do amor.
Essa forma de fazer o sinal da Cruz também tem um significado teológico profundo. O sinal da Cruz começa com a mão direita da cabeça até o peito, aceitando que nosso Senhor Jesus Cristo desceu do alto (isto é, do Pai) à Terra, pela Sua santa Encarnação.
Os primeiros registros da prática devocional do sinal da cruz estão no escrito De corona militis de Tertuliano. O texto diz: "Em cada caminhada e movimento, em cada entrada e saída, no vestir, no calçar, no banho, no estar à mesa, no acender as luzes, no deitar, no sentar, no lidar com qualquer ocupação, marcamos a testa com o sinal da cruz" (3,4. PL 2, 80A).
O que significa para o cristão fazer o sinal da Cruz? O apóstolo Paulo, quando termina a sua segunda carta aos Coríntios (13,13), escreve: “Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês”.
Limitei-me a citar poucos versículos do Novo Testamento que apontam para essa nossa fé. Porém, todas as mensagens de Jesus e dos apóstolos expressam essa fé, e a Igreja a confessa continuamente. No simples gesto do sinal da Cruz, acompanhado pelas palavras “Em nome do Pai etc.”, nós manifestamos e reforçamos essa mesma fé, que é específica dos cristãos.
Assim, na certeza de que a força de Deus acompanha todos nas suas provações diárias, é ideal fazer o sinal da cruz um gesto da profissão de fé, e de fortalecimento, com atenção para sempre que o traçar, o coração esteja cheio de devoção.
O gesto de fazer o sinal da cruz remonta aos primeiros cristãos. Inicialmente, era feito tocando a testa, o peito e ambos os ombros, simbolizando a crença na Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Quando dizemos: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, neste momento professamos a fé na Santíssima Trindade. O sinal da cruz que fazemos, que começa na cabeça, depois desce para o estômago, logo em seguida eleva a mão para o ombro direito; depois, seguida também para o esquerdo, indica duas realidades. A primeira: quando fazemos o gesto, a começar na cabeça e descendo ao estômago, estamos declarando nossa fé na Encarnação de Jesus por meio do ventre de Maria Santíssima. Segunda: este mesmo sinal, se você observar, é feito em forma de cruz no nosso corpo, “assinala a marca de Cristo naquele que vai lhe pertencer e significa a graça da redenção que Cristo nos proporcionou por sua cruz”. (Catecismo, n.1235).
Quando recordamos que na Cruz Jesus nos amou até o extremo, se nosso pequeno gesto do sinal da Cruz é consciente, estaremos continuamente reorientando a nossa vida na boa direção, pois carregar a Cruz é o que Jesus pede para segui-Lo.
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