Qual O Conceito Chave Da Resilincia?

Qual o conceito chave da resilincia

Resiliência é a capacidade que tem uma pessoa ou um grupo de se recuperar perante a adversidade e ultrapassá-la para continuar a seguir com a sua vida. Em certas ocasiões, as circunstâncias difíceis ou os traumas permitem desenvolver recursos que se encontravam latentes e que o indivíduo desconhecia até então.

Por ser uma habilidade, é algo que vamos desenvolvendo

Da mesma forma, a instabilidade do fenômeno resiliência, ao longo do ciclo vital, constitui-se em um desafio sempre presente no processo de pesquisa. Não há dúvidas de que tanto as pessoas resilientes como as não resilientes mostram flutuação em sua maneira de enfrentar e responder às adversidades, em diferentes etapas de sua vida e, sendo assim, seria ilusório esperar um padrão estável e unificado de respostas. Principalmente nos dias de hoje em que, cada vez mais, ressurge o caráter provisório da natureza do sujeito que não mais é visto como uma identidade fixa, essencial ou permanente. Sujeito este que se transforma continuamente a partir de suas interações e que, por esta razão, não poderia ter a mesma resposta diante de todas as situações que vivencia, ao longo de sua vida. De acordo com Hall (2000), é importante considerar que o sujeito assume diferentes identidades em diferentes momentos de sua vida e que nem sempre estas identidades são coerentes e convergentes, mas são capazes de o impulsionar em diferentes direções, criando um repertório diverso de possíveis respostas às várias situações. Sendo assim, a instabilidade do fenômeno resiliência coloca em destaque justamente uma das características mais genuínas do ser humano, isto é, a sua capacidade de se reconstruir, ao longo de sua vida, de se renovar a cada nova experiência, sem, contudo, deixar de ser o que era anteriormente.

Como, para esses autores, estudar resiliência representa entender como crianças apresentam bom desenvolvimento após superar adversidades, neste momento histórico, em que a sociedade americana sentia que seu futuro estava ameaçado pelos riscos que sua infância corria, tornava-se importantíssimo entender como se poderia escapar às ameaças e aos riscos. E aí, os estudos da resiliência se multiplicaram.

Dentre os fatores de proteção Cyrulnik (2001) aponta o temperamento da criança - flexível, confiante e capaz de buscar ajuda exterior -; o contexto afetivo no interior do qual a criança vive seus primeiros anos - um clima familiar que aporte a segurança necessária para que desenvolva a confiança em si mesma e nos outros. Segundo o autor, esses fatores têm um caráter complementar, uma vez que, isoladamente, eles não garantem uma evolução resiliente. Uma criança que vive em condições de risco, mesmo tendo um temperamento que favoreça as interações com outras pessoas e o ambiente, poderá seguir uma evolução resiliente em uma família ou em uma sociedade, mas em outra não.

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A partir desse entendimento dos conceitos da resistência dos materiais, caso se quisesse transpor de forma mais fidedigna o conceito de resiliência da física para a psicologia ou as ciências humanas estudarem, ao se focalizar a resiliência das pessoas, os estudos deveriam investigar o quanto as pessoas poderiam suportar de pressão, ou de estresse, antes de apresentarem abalo psicopatológico irreversível. Já se os estudos quisessem observar como as pessoas se abalam, se transformam sob uma pressão e se recuperam posteriormente, eles estariam investigando a elasticidade (psicológica) humana. Com isso, parece que, se o termo/conceito de resiliência usado pela psicologia foi originado na física, na resistência dos materiais, ele foi transposto de maneira imprecisa, pois se relaciona mais com o conceito de elasticidade do que de resiliência dos materiais.

Infante, F. (2005). A resiliência como processo: Uma revisão da literatura recente. In A. Melillo, E. N. S. Ojeda e cols. Resiliência: Descobrindo as próprias fortalezas. (V. Campos, Trad., pp. 23-38). Porto Alegre: Artmed.

Outros fatores de proteção incluem: os cuidados responsáveis e constantes dirigidos à criança; as expectativas positivas nela depositadas; as relações de apego seguro; a coesão entre os membros da família, a existência de pelo menos um adulto verdadeiramente interessado na criança, capaz de bem cuidá-la e protegê-la, mesmo na ausência de responsabilidade dos pais, assim como a sensibilidade materna que, juntamente com o suporte social são, segundo Silva (2003), capazes de reduzir substancialmente os problemas emocionais e comportamentais, principalmente para crianças que crescem em ambientes com maiores desvantagens.

Os fatores e características de uma pessoa resiliente

Vamos a um exemplo trivial. Digamos que você tenha estabelecido a meta de emagrecer 3 quilos, em 15 dias. Para tanto, buscou orientações com um nutricionista, se matriculou numa academia, reformulou a “decoração interna” da geladeira. Muita disciplina e força de vontade envolvidas!

Ungar, M. (2005). A thicker description of resilience. The International Journal of Narrative Therapy and Community Work, (3-4), 89-96. Recuperado em 4 março 2009, de www.resilienceproject.org/index.cfm?fuseaction=text.8str_cmID=148

Profissionais resilientes se adaptam com mais facilidade a mudanças, concentram-se na solução de problemas, conseguem administrar melhor as emoções e os humores, são inovadores e também autoconfiantes.

Este já é um termo antigo e se resume a uma habilidade que nem todos têm. Saiba o que significa resiliência e se você possui essa capacidade.

Este já é um termo antigo e se resume a uma habilidade que nem todos têm. Saiba o que significa resiliência e se você possui essa capacidade.

Os autores relacionaram tais condições sócio-históricas com o florescimento das pesquisas sobre resiliência, pois, segundo eles, foi investigando os riscos aos quais a infância estava submetida que o citado fenômeno foi observado. Isso porque se tornou particularmente importante entender como crianças ameaçadas em seu desenvolvimento poderiam alcançar sucesso ou demonstrar competência.

Silveira, D. R. (2006). O sentido da resiliência: A contribuição de Viktor Emil Frankl. Dissertação de Mestrado não-publicada, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Junqueira, M. F. P. S., & Deslandes, S. F. (2003). Resiliência e maus-tratos à criança[Versão eletrônica]. Cadernos de Saúde Pública, 19(1), 227-235. Recuperado em 10 outubro 2006, de www.scielo.br/pdf/csp/v19n1/14923.pdf

Resilience: conceptions, associated factors and related problems with the construction of this knowledge

Dando ênfase à idéia de processo, Cyrulnik (2001) considera que resiliência traduz um conjunto de fenômenos articulados entre si, que se desenrolam, ao longo da vida, em contexto afetivo, social e cultural, podendo ser metaforicamente comparado à arte de navegar em meio à tempestade. É, pois, uma história que se constrói, quotidianamente, desde o início da vida, a cada ação, a cada palavra, num longo processo que se inscreve em um contexto específico e se reconstrói de forma coletiva, ao longo do tempo, na qual o ambiente e tudo que o compõe são co-autores. A realidade em que o sujeito vive pode ser ameaçadora, colocando em risco a qualidade de seu viver e fazendo-o sofrer, mas ele consegue encontrar recursos que o ajudam a avançar e prosseguir. Para este autor, a resiliência se refere muito mais à evolução e à história de um sujeito, do que a ele mesmo. É, portanto, o caminho construído que é resiliente.

A pobreza crônica, segundo Garmezy (1993), favorece o acúmulo de estressores que, muitas vezes, persistem ao longo dos anos, produzindo uma cadeia de riscos cujos efeitos são capazes de reduzir e/ou destruir as possibilidades de resposta positiva da criança pobre às adversidades cotidianas que vivencia, colocando-a, cada vez mais, em desvantagem. Esta cadeia geralmente começa com a inadequada nutrição e supervisão médica para a mãe durante a gravidez, segue com a desnutrição e as doenças ligadas à inacessibilidade de cuidados de saúde adequados; as dificuldades e limitações na fase de escolarização e pode culminar com o desemprego crônico, ou mesmo o sub-emprego com salários insuficientes, na idade adulta.

La construcción del concepto de resiliencia en psicología: cuestionando los orígenes

Yunes, M. A. M., Mendes, N. F., & Albuquerque, B. M. (2005). Percepções e crenças de agentes comunitários sobre resiliência em famílias monoparentais pobres. Texto e Contexto: Enfermagem, 14(No. Especial), 24-31.

O que importa não é o final feliz, mas o percurso. É a trajetória que revela e desenvolve a personalidade. E até aperfeiçoa os superpoderes!

Quais são os fatores relacionados à resiliência?

A resiliência – capacidade de enfrentar obstáculos da vida – é composta de sete fatores, sendo eles: administração das emoções, controle dos impulsos, otimismo, análise do ambiente, autoeficácia e alcançar pessoas.

Quais são os principais fatores para o desenvolvimento da resiliência?

Os fatores de resiliência A capacidade de fazer planos realistas e tomar medidas para realizá-los. Uma visão positiva de si mesmo e confiança em seus pontos fortes e habilidades. Habilidades em comunicação e resolução de problemas. A capacidade de gerenciar sentimentos e impulsos fortes.

Qual a importância da resiliência emocional?

Uma pessoa resiliente é mais equilibrada emocionalmente, porque aprende a ver as coisas sobre outra perspectiva mais prática e otimista. Além disso, busca maneiras de liberar as angústias do dia a dia meditando, praticando exercícios físicos, se dedicando a um hobby ou fazendo terapia.

O que é resiliência e qual é sua importância para nossa vida pessoal e profissional?

Na área do desenvolvimento pessoal, o conceito de resiliência é utilizado para caracterizar a atitude de adaptação à mudança, superação de problemas e dificuldades ou a capacidade de resistir à pressão de situações adversas, sem que isso cause impacto psicológico, emocional ou físico.

O que é uma fé resiliente?

A resiliência é entendida como capacidade para superar situações adversas e a experiência de alavancando, como algo a mais que uma pessoa possui para ser resiliente.