Anita Malfatti (1889-1964) foi um dos maiores nomes das artes plásticas brasileira. Precursora, vanguardista e uma das principais responsáveis pela renovação da pintura no nosso país, Anita é uma figura que merece ser conhecida de perto.
Há fortes indícios que o protagonista da obra seja o pintor Yasuo Kuniyoshi (1893-1953), um colega de Anita em Nova Iorque tanto na Arts Students League como na Independent School of Art.
Pintávamos na ventania, ao sol, na chuvarada e na neblina. Eram telas e telas. Era a tormenta, era o farol, eram as casinhas dos pescadores escorregando pelos morros, eram as paisagens circulares, o sol e a lua e o mar...
Justificativa: os moldes tradicionais da academia copiavam um cânone europeu, prezando pelo realismo e técnicas consideradas refinadas. Anita Malfatti causou uma polêmica porque suas pinturas, apesar de belas, não se compromissava com a realidade e buscava dar ênfase nas expressões e nas cores. Assim, ela também trouxe temas do seu cotidiano, nacionais, de forma que fosse uma arte legitimamente brasileira.
Entre 1915 e 1916 viveu também em Nova Iorque - financiada pelo tio - onde estudou na Arts Students League of New York e na Independent School of Art. Anita esteve igualmente estudando uma série de cursos livres em Paris entre 1923 e 1928 através de uma bolsa de estudos.
Anita Malfatti esteve na vanguarda de um movimento que quebrava com os paradigmas artísticos de sua época. A variedade de suas obras revela como ela continuou produzindo suas pinturas por muitos anos. Vale a pena conhecê-la mais profundamente para entender a história da arte brasileira.
As obras de Anita quebraram com o modelo tradicional e acadêmico de pintura, que valorizava o real. O estilo de pintura da artista era interpretativo, dando destaque para alguns traços, revelando expressões e colocando mais cores. Essas características mostravam sua relação com o expressionismo alemão, que aprendeu durante seus estudos. Tal ruptura com o modo canônico chamou a atenção dos artistas do modernismo. Conheça algumas dessas características:
Em O homem de sete cores há uma ênfase especial dada aos músculos, aos contornos exagerados do corpo despido, distorcido. Não há propriamente um enquadramento esperado e não se vê o rosto do homem.
A moça se formou professora antes de completar a maioridade. Com muito treino e estudo, Anita se tornou desenhista, gravurista, pintora, ilustradora e também professora, um dos maiores nomes das artes plásticas brasileira.
Anita nasceu com uma atrofia no seu braço direito e, por isso, aprendeu a usar com habilidade seu membro esquerdo. Seu talento, ao final, foi reconhecido até pelos seus maiores críticos, como Monteiro Lobato.
Assim, é notável como Anita foi capaz de fazer uma cisão com o modo de fazer arte nos moldes de sua época. No entanto, a obra da artista não se restringiu ao ponto alto da Semana da Arte Moderna. Ela ainda foi capaz de inovar e variar os estilos em suas pinturas, recebendo críticas até mesmo de alguns admiradores do modernismo.
A tela, que tem 61cm por 50.60 cm, foi pintada durante o período em que Anita viveu nos Estados Unidos e atualmente pertence à Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP).
O retrato traz uma única protagonista - jovem, expressiva -, que se destaca em primeiro plano. Já aqui Anita deforma as formas básicas da sua personagem. O fundo, abstrato, é feito a partir de pinceladas largas.
Três anos mais tarde, em 1917, incentivada por Di Cavalcanti, realizou uma icônica exposição individual tida como um marco do modernismo no Brasil. Na mostra apresentou suas 53 principais obras.
Em 1917, por incentivo de seus amigos, dentre eles Di Cavalcanti, fez uma exposição que chamou a atenção da crítica e foi um marco para o movimento modernista. Em 1922, participou da Semana da Arte Moderna – um ponto alto desse movimento que almejava produzir uma arte legitimamente brasileira.
Sua performance causou tanto rebuliço que chegou a motivar críticas célebres como a de Monteiro Lobato, que escreveu o artigo A propósito da exposição Malfatti destruindo as criações da pintora.
A tela, que tem 76 cm por 61 cm, foi pintada no período em que frequentou a Arts Students League of New York e pertence à Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros - USP (São Paulo).
Amante das artes, a jovem foi viver em Berlim entre 1910 e 1914 com o patrocínio do tio George Krug. Na Europa desenvolveu ainda mais a sua arte por ter frequentado durante um ano a Academia Imperial de Belas Artes. Durante a sua estadia na capital alemã conheceu a arte de vanguarda (o cubismo e o expressionismo).
Anita Malfatti foi uma das artistas que expôs seus trabalhos, totalizando 20 telas, na qual se destaca “O Homem Amarelo”. Além dela, outros artistas que se destacaram: Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Menotti Del Pichia e Di Cavalcanti.
Modernismo
Estilo artístico de Anita Malfatti Anita Malfatti foi uma artista do modernismo brasileiro, estilo de época inaugurado na Semana de Arte Moderna de 1922. Esse movimento realizou uma quebra com a arte tradicional, isto é, a arte acadêmica, com o intuito de criar uma arte independente e nacional.
Anita Malfatti causou uma polêmica porque suas pinturas, apesar de belas, não se compromissava com a realidade e buscava dar ênfase nas expressões e nas cores. Assim, ela também trouxe temas do seu cotidiano, nacionais, de forma que fosse uma arte legitimamente brasileira.
Também conhecida como Semana 22, o principal motivo era renovar e transformar o contexto artístico brasileiro, tanto na arte como na literatura. ...
Alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só ganhou sua importância com o passar dos anos, e o seu principal legado foi desprender a arte brasileira da reprodução de padrões europeus, dando início à construção de uma cultura essencialmente nacional.
O principal legado pode ser descrito como a libertação da arte brasileira em todos os seus aspectos, devido a ruptura com os padrões acadêmicos da arte na década de 20, o que criou uma nova identidade nacional.
A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação artístico-cultural que ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo entre os dias 11 a 18 de fevereiro de 1922. O evento reuniu diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição de obras - pintura e escultura - e palestras.
o evento terminou com gritaria, quando o Ronald de Carvalho declamou o poema " os sapos" de Manuel Bandeira , o público fez couro para atrapalhar.
A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda para o modernismo.
A Semana de Arte Moderna, que aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922. Além disso, esse evento é considerado o marco inicial do Modernismo brasileiro.
Conheça os principais autores do Modernismo no Brasil Pintura: Candido Portinari, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, dentre outros.
Milton Dacosta,A pintura desse artista, evoluída aos poucos, atingiu grandes patamares. Primeiramente se identificou com o Impressionismo, indo sequencialmente para o Expressionismo, Cubismo, Concretismo, e voltando para o Cubismo novamente, por opção definitiva.
Lasar Segall foi um pintor, escultor e gravurista que teve influência direta no impressionismo, expressionismo e modernismo.
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