Quais As Caractersticas Do Romance De 1930?

Quais as caractersticas do romance de 1930

As características comuns aos romances de 30 são a verossimilhança, o retrato direto da realidade em seus elementos históricos e sociais, a linearidade narrativa, a tipificação social (indivíduos que representam classes sociais) e a construção ficcional de um mundo que deve dar a ideia de abrangência e totalidade.

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Após grande mobilização intelectual dos primeiros modernistas no Sudeste do país, procurou-se atingir equilíbrio e estabilidade, que, aos poucos, refletiram em diversas obras. Entre elas estão O quinze, de Rachel de Queiroz (1930); O país do Carnaval, de Jorge Amado (1931); Menino de engenho, de José Lins do Rego (1932); São Bernardo, de Graciliano Ramos (1934); e Capitães da areia, de Jorge Amado (1937).

Na Geração de 1930, a literatura passou a se voltar mais à realidade social brasileira, e sua prosa dividiu-se em três vertentes. … Os representantes românticos desta fase cultuavam a prosa urbana, que mostrava os conflitos sociais e a relação entre o homem e o meio, e o homem e a sociedade.

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Por outro lado, mesmo com os romances mais pitorescos e menos brutais, os leitores aprenderam, como nos ensina Alfredo Bosi (História concisa da literatura brasileira), que o velho mundo dos homens poderosos não acaba tão facilmente: as estruturas das oligarquias regionais se mantêm através do poder e da força, e é contra eles que se tem de lutar. Como nos conta Jorge Amado, ao final de Capitães da areia:

O projeto literário do romance da geração de 1930 foi claro: revelar como uma determinada realidade socioeconômica influenciava a vida dos seres humanos. … A maioria dos autores do período se baseou no conhecimento pessoal da realidade nordestina para desenvolver esse projeto.

Esta nova literatura em prosa será antifascista e anticapitalista, extremamente vigorosa e crítica. Os livros didáticos a chamam com vários nomes: "Romance de 30" (porque é o início cronológico da nova literatura); romance neo-realista (porque essas obras conseguiram renovar e modernizar o realismo/naturalismo do século 19, enriquecendo-o com preocupações psicológicas e sociais) ou romance regionalista moderno (porque escapa das metrópoles e vai ao Brasil regional, preso ainda a antinomias dos séculos anteriores).

Videoaulas

Esses romances foram fundamentais para o amadurecimento da consciência crítica e social do leitor brasileiro. Com eles, encontramos formas de compreensão do homem em várias faixas da sociedade brasileira e do determinismo que o persegue em situações adversas. É injusto pensarmos que esses romances mostraram apenas as "mulatas gabrielas" para o mundo exterior. As formas de narrar o cotidiano ficaram mais complexas e tensas.

A data de 1930 é marcante porque consolida a renovação do gênero romance no Brasil, ou seja, traz novos rumos à prosa. Depois de tanta arruaça intelectual dos primeiros modernistas no Sudeste do país, procura-se atingir equilíbrio e estabilidade, que, aos poucos, vai aparecendo em obras e mais obras: O quinze, de Rachel de Queiroz (1930); O país do Carnaval, de Jorge Amado (1931); Menino de engenho, de José Lins do Rego (1932); São Bernardo, de Graciliano Ramos (1934); e Capitães da areia, de Jorge Amado (1937).

Contexto histórico do romance histórico

<strong>Contexto histórico do romance histórico</strong>

Reflexo de manifestações de interesse por uma prosa regional consistente e participativa originariamente do Nordeste, o Romance de 30 se consolidou como um dos momentos mais autênticos da literatura brasileira. O episódio será discutido, nesta quinta-feira (26/8), a partir das 17h, em mais um evento online do ciclo de debates da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e Biblioteca Salomão Malina, nas atividades de pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna.

Outra forma como é chamado o momento literário de 1930 é romance regionalista moderno, porque escapa das metrópoles e vai ao Brasil afora, preso ainda a costumes dos séculos anteriores.

Os romances de Rachel de Queiroz, Jorge Amado, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos e outros escritores criaram um estilo novo, completamente moderno, totalmente liberto da linguagem tradicional, nos quais puderam incorporar a real linguagem regional, as gírias locais.

Destaques

Unindo ideologia e análise sociológica e psicológica a novas técnicas narrativas, o romance de 30 constitui um dos melhores momentos da ficção brasileira. Você vai tomar contato com a ficção de 1930 por meio da leitura de um fragmento de uma das mais importantes obras da época: Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos.

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Resumo sobre romance histórico

A adesão ao socialismo impôs aos escritores da época, às vezes de forma radical, fórmulas de compreensão do homem em sociedade. Os romancistas, imbuídos do sentimento de missão política, queriam mostrar as tensões que transformavam ou destruíam os homens - aliás, um tema universal e sempre vivo na literatura.

E a poesia, perguntará você? Deixou de ser feita nesses anos duros da seca? De jeito nenhum.. Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário e Oswald de Andrade, Cecília Meireles, Cassiano Ricardo, Murilo Mendes e outros poetas continuavam sua longa carreira lírica modernista.

De todos os nomes para essa época, o melhor parece ser o do título deste artigo. Por quê? Porque os romances de Rachel de Queiroz, Jorge Amado, José Lins do Rego, Érico Verissimo, Graciliano Ramos e outros escritores criaram um estilo novo, completamente moderno, totalmente liberto da linguagem tradicional, nos quais puderam incorporar a real linguagem regional, as gírias locais.

Obras do romance histórico

Entretanto, alguns intelectuais de várias regiões começaram a manifestar-se: a verdadeira arte moderna devia retratar criticamente um Brasil mais abrangente, que mal se conhecia, cujas desigualdades sociais fossem retratadas com vigor num realismo próprio do século 20. A arte literária, segundo vários intelectuais, devia sair dos "salões aristocráticos de São Paulo", quer dizer, devia abandonar o contato apenas com o urbano, influenciado pelas vanguardas europeias.

Algumas obras sociológicas fundamentais surgem nessa mesma época, como Casa-grande & Senzala (1933), de Gilberto Freyre, e Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda. De todos os nomes para essa época, o melhor parece ser o do título deste artigo.

Leia, por exemplo, um trecho de Vidas secas, de Graciliano Ramos:

Quais os objetivos dos romances de 1930?

Os escritores dessa geração estavam preocupados em denunciar as desigualdades e injustiças sociais no país, sobretudo na região do Nordeste. Assim, eles criaram uma literatura ficcional crítica e revolucionária, cujo tema era a vida rural, agrária.

Quais os principais representantes da prosa modernista?

Na prosa, os destaque são: Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado, Érico Veríssimo e Dyonélio Machado. Esse grupo ficou conhecido como geração de 30....Autores da Segunda Fase do Modernismo no Brasil

  1. Murilo Mendes. ...
  2. Jorge de Lima. ...
  3. Carlos Drummond de Andrade. ...
  4. Cecília Meireles. ...
  5. Vinícius de Moraes.

Quais os principais autores da segunda fase do Modernismo poesia e prosa brasileiro?

Graciliano Ramos (1892 – 1953); Érico Veríssimo (1905 – 1975); José Américo de Almeida (1887 – 1980); José Lins do Rego (1901 – 1957);...Principais autores e suas obras da segunda fase do modernismo

  • Alguma Poesia (1930);
  • Brejo das Almas (1934);
  • Sentimento do Mundo (1940);
  • A Rosa do Povo (1945).

Quais são os principais autores de romances regionalistas surgidos na segunda fase do Modernismo?

Os principais autores regionalistas são: José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos.

Qual foi o marco inicial da arte moderna?

O Modernismo tem início no Brasil a partir da Semana de Arte Moderna de 1922, que aconteceu em São Paulo, no centenário da Independência.

O que marca a primeira fase do Modernismo?

A primeira geração modernista ou primeira fase do modernismo no Brasil é chamada de "fase heroica" e se estende de 1922 até 1930. Lembre-se que o modernismo foi um movimento artístico, cultural, político e social bem amplo.