O jacu, Penelope obscura, é uma ave de grande porte, natural da Mata Atlântica. Ela mede cerca de 68 a 75 cm e pesa em torno de 1kg. Seu nome, em tupi, significa “o que come grãos”.
Para garantir que os produtos cheguem aos clientes prontos para uso, os grãos são muito bem lavados, secos, selecionados e torrados. Então, é completamente seguro consumir o café do jacu.
Esforços direcionados são feitos para garantir que a maior quantidade possível de grãos seja encontrada durante a colheita. Afinal de contas, o jacu vai ao banheiro onde bem entende.
Assim, a produção do café é limitada por depender que a ave venha comer os grãos de livre e espontânea vontade. Ademais, a colheita e seleção dos grãos nos dejetos também é manual.
Os grãos de café são então torrados com cuidado para realçar o sabor único do café jacu. O processo de torrefação pode levar mais tempo do que o normal para evitar danificar os grãos delicados.
O princípio dessa história remete à Fazenda Camocim, na cidade de Domingos Martins, interior do Espírito Santo, em meados de 2000. Nos dias de hoje, a relação entre o lugar e os jacus é extremamente amigável, mas nem sempre foi assim.
Com certeza, muita gente do seu círculo de amizades não conhece o café do jacu! Então compartilhe agora mesmo com seus amigos em suas redes sociais essa história curiosa e fascinante.
Com o café do jacu a história é diferente. Afinal, a digestão das aves é bem mais rápida, o que permite que os grãos mantenham a acidez mais alta. Como resultado, o produtor tem um café encorpado, ácido e doce.
O proprietário da fazenda, o empresário Henrique Sloper, ao pensar em uma solução para acabar com o seu problema, que não fosse o extermínio da ave, lembrou-se de um caso parecido que ocorreu na região das ilhas de Sumatra, na Indonésia.
Tudo mudou quando os produtores perceberam que a digestão do animal expelia o grão inteiro e concedia ao café características excepcionais. Dessa forma, é possível prepará-lo normalmente e obter um café diferente de qualquer outro.
Você provaria um café produzido a partir das fezes de um animal? Por mais estranho que pareça, é isso mesmo que você está lendo. O café do jacu, referência no mundo todo, é um produto brasileiro, produzido com base nos grãos eliminados nos dejetos do pássaro homônimo natural da Mata Atlântica.
Ao contrário do que o nome possa supor, o Café do Jacu é uma bebida peculiar e valiosa, semelhante ao Kopi Luwak em termos de processo de produção, que envolve grãos que passaram pelo sistema digestivo de um animal, resultando em um café caro e exclusivo. No entanto, diferentemente do Kopi Luwak, que usa a civeta (Paradoxurus hermaphroditus), o Café do Jacu é produzido com grãos que passaram pelo trato digestivo de uma ave chamada Jacuaçu (Penelope obscura), encontrada na Mata Atlântica.
Não é só café! É um café com história e cultura. Algo que é nosso, valorizando sempre a tradição e a expertise brasileira na produção do grão! Vale a pena experimentar.
Custa caro? Depende. Quando comparado com o preço de um café comum, de mercado, é caro. No entanto, diversos fatores sobre o café jacu justificam o alto preço da iguaria. A seguir, vamos entender alguns deles.
Além do Kopi Luwak, existe um café chamado Black Ivory que é produzido a partir dos grãos encontrados nas fezes de um elefante, na África.
Basicamente, os três cafés passam pelo mesmo processo no sistema digestivo de algum animal. No entanto, apesar de todos figurarem entre os cafés mais caros do mundo, eles não são a mesma coisa.
Como o jacu é uma espécie ameaçada de extinção, ele não pode ser preso e nem reproduzido em cativeiro. Sendo assim, toda a produção desse café depende que a ave coma naturalmente os grãos. Isso torna a produção limitadíssima e justifica o preço bastante elevado do produto, que pode custar cerca de 30 vezes mais que o café tradicional. O ponto é que certamente vale a pena desembolsar essa quantia para apreciar uma iguaria especial e preciosa como essa.
Portanto, o Café Jacu Bird também passou a ser produzido a partir das fezes de animais. A diferença se dá pelo animal, uma espécie de pássaros natural da Mata Atlântica, típica da região capixaba: o Jacu – daí, o seu nome.
Produzido pela Fazenda da Terra, de Minas Gerais, o café mais caro do Brasil se chama “Laurina Maceração Carbônica” surgiu como um produto experimental, por isso a pequena produção: apenas duas sacas de 120 kg. O preço altíssimo da saca se dá pela origem do café, um nanolote raríssimo no Brasil.
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café: Arábica
Basicamente, existem dois tipos de grãos que podem ser usados na produção de café: o Arábica (Coffea arabica) e o Robusta (Coffea canéfora).
Para saber se um café é realmente bom, é preciso avaliar características-chaves que determinam o nível de qualidade do grão. Atributos como aroma, doçura, acidez e corpo, quando bem avaliados, conseguem mostrar defeitos que comprometem a bebida, como o amargor, por exemplo.
Separei alguns pontos a se considerar quando o assunto é variedade de café e produtividade....Variedades de café: genética
No país, existem diferentes regiões que produzem o grão. Antes de falar um pouco sobre cada uma delas, porém, é fundamental conhecer os dois tipos principais: robusta (ou conilon) e arábica. Mesmo que existam mais de 60 espécies do grão, essas duas são as mundialmente cultivadas e comercializadas.
Confira abaixo algumas das principais variedades de café arábica.
As variedades de café arábica produzem café fino, de aroma e sabor mais apreciados no mundo e alcançam os maiores preços no mercado. As cultivares mais indicadas para plantio: Mundo Novo, Catuaí Amarelo, Catuaí Vermelho, Acaiá e Icatu. São adaptadas a regiões de temperaturas amenas e altitude elevada.
Atualmente o sistema de plantio adensado de café, compreende espaçamentos que resultam numa população cafeeira variando de 5 mil a 10 mil plantas por hectare, com tendência de adoção cada vez maior.
3,8 m
As regiões que apresentam temperatura média que varie entre 18°C e 22°C são as mais recomendadas para o cultivo do café. A variedade “robusta” tolera até 24°C. Já as regiões mais frias ou com temperaturas abaixo dos 18°C não são propícias para esse cultivo, mesmo que as baixas temperaturas durem poucos dias por ano.
48,4 hectares
O pé de café se desenvolve melhor em locais bem iluminados pela luz do sol e com temperaturas amenas. Já o solo deve ser úmido, bem drenado e fertilizado, para que a planta se desenvolva de forma adequada. O ideal é que o solo tenha profundidade mínima de 1 metro.
Um pé de café dá seus primeiros frutos 5 anos depois de ter sido plantado. Ele produz em média 2,5 kg de "cerejas" por ano. Esses 2,5 kg darão 0,5 kg de café verde, que corresponde à cerca de 0,4 kg de café torrado.
São mais de 20 mil pés de café, que devem render 300 sacas.
Encontra-se como custos de implantação das variedades CATUAI 81 e IAPAR 59, R$ 2.
QUANTO CUSTA IMPLANTAR E MANTER O CAFEZAL De acordo com os números relativos a cada ano, conclui-se que, ao final de quatro anos e meio, o produtor terá gasto, por hectare, R$ em área irrigada.
O plantio da cultura ocupa uma área de 50 hectares e a expectativa dos produtores é de colher 60 toneladas em 2020, com uma produtividade média de 60 sacas por hectare, resultado acima da média para a agricultura familiar.