Para aprender a ler, antes é preciso desenvolver a consciência de que as palavras são compostas por sons (fonemas). A capacidade de perceber, pensar e manipular os fonemas é consciência fonêmica.
O processo de alfabetização, ou seja, aprender a ler e a escrever, vai além de conhecer o princípio alfabético. Como ele é baseado nos fonemas, a consciência dos sons que compõem a fala é fundamental para aprender a escrita e a leitura.
[…] seja, entender a linguagem fala, escrita ou de sinais é mais fácil quando você tem o vocabulário receptivo. Em resumo, isso significa saber muitas palavras e […]
Algumas atividades são mais adequadas que outras quando se trata de ensinar os sons das letras. A primeira delas, é ensinar os alunos a identificar o som de cada fonema de nossa língua portuguesa.
Em seguida, é importante que a criança aprenda a discriminar os fonemas, ou seja, compreender as diferenças entre v e f, por exemplo. Somente quando elas adquirem essa compreensão, é que são capazes de identificar o nome de cada letra, e que esta difere do som que ela representa.
Pistas para discriminar os pares mínimos /f/-/v, /j /-/z / e /s/-/z/: na produção dos fonemas /v, /z/ e /z/, nossas pregas vocais vibram. Portanto, solicite aos alunos que produzam seus sons prolongando-os (por exemplo, vvvvvvvvv…), mas já colocando a mão na garganta para sentir o “motorzinho ligado”. Em seguida, explique que, quando ficar em dúvida sobre qual letra usar, basta lançar mão dessa estratégia!
4. Peça para completarem palavras com a letra inicial: para tanto terão que abusar das pistas táteis. No exemplo “__ ACA”, eles terão que prestar atenção se o motorzinho está ligado ou não, quando se pronuncia “vaca” ou “faca”.
Em suma, o método fônico é qualquer sistema de alfabetização que relacione fonemas e grafemas. Há diversas maneiras de aplicá-lo e as mais eficazes beneficiam todos os tipos de alunos, em especial quando aplicados de forma sistemática, e não casualmente.
Existem três deles, inclusive, que a criança precisa superar para aprender a ler. São eles a descoberta do princípio alfabético, ou seja, descobrir como são formadas as palavras; aprender a codificar, a relação para extrair os sons; e, aprender o princípio ortográfico.
Por outro lado, é necessário compreender que a aprendizagem do princípio alfabético também é fundamental, já que a alfabetização é um processo de aquisição e apropriação de um sistema de escrita.
Como o papel vai balançar quando disserem /p/ e /t, ao compreender que é possível “testar” antes de optar por uma das letras, a criançada vai parar para refletir quando tiver alguma dúvida. No entanto, tome cuidado para que não emitam nenhum dos fonemas associado a qualquer vogal, pois o som deles é seco e único (plosivo).
1. Atividade oral: solicite que cada aluno diga uma palavra que se inicie com o som trabalhado, já explorando as pistas táteis e auditivas (sentindo e mostrando, por exemplo, o “motorzinho” ligado). Registre tudo na lousa.
OLIVEIRA, João Batista Araujo e. Cartilhas de alfabetização: a redescoberta do Código Alfabético. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. [online]. 2010, vol.18, n.69 [cited 2021-05-10], pp.669-709.
A aprendizagem da leitura e da escrita requer que, além do conhecimento do princípio alfabético, a criança também conheça as diferenças que há entre o sistema oral e o escrito. Entenda melhor a importância do princípio alfabético e da consciência fonológica no processo de alfabetização, neste artigo.
Ensinar os sons das letras, portanto, nada mais é que desenvolver a consciência fonêmica. Para ser capaz de manipular os fonemas para formar novas palavras, as crianças aprendem primeiro a isolá- los, identificá-los e categorizá-los.
Com a evolução do aluno, o alfabetizador insere vocábulos mais complexos, com dígrafos, diferenças entre z e s, entre outras particularidades da nossa língua. É importante revisar as combinações já aprendidas, ampliando a capacidade leitora do aluno de forma gradativa.
Em seguida, a criança combina os sons que pronunciou de forma a gerar a pronúncia completa daquela palavra. O ideal é usar, no início, palavra simples com, no máximo, duas sílabas, até sentir a segurança de aplicar palavras maiores.
As atividades mais adequadas para aprender essas técnicas incluem:
As palavras que possuem os dígrafos xc, xs, sç, sc, ss e rr devem se separar como em CAR-RO, EX-CE-ÇÃO, DES-CER e PÁS-SA-RO. Se os dígrafos forem qu, gu, lh, nh e ch eles não devem ficar separados. Alguns exemplos são: GUIR-LAN-DA, NI-NHO e QUEI-JO. Quando se tratar de hiato cada vogal fica em uma sílaba diferente.
A língua portuguesa tem 12 fonemas vocálicos e 19 fonemas consonantais. Quando se trata das consoantes, a situação é mais complexa. A correspondência entre som (o fonema) e sua representação (a letra) às vezes é simples, mas também pode dar muita dor de cabeça.