Ácidos graxos essenciais são componentes importantes da sua dieta, pois o corpo humano não consegue produzi-los sozinho. Eles desempenham várias funções vitais em seu corpo. Abaixo, você encontrará informações sobre o que são, para que servem e as fontes de ácidos graxos essenciais.
Para as bases de dados da BVS foram utilizados os seguintes unitermos: "fatty acids, essential", "wound healing", "wounds", "wound", "wounds and injuries", "dressings", " dressings, occlusive", "bandages", "linoleic acids", "linoleic acid", "linolenic acid", "linolenic acids", "alpha-linolenic acid" e "gamma-linolenic acid".
Os ácidos graxos insaturados têm uma ou mais ligações duplas, são líquidos à temperatura ambiente e têm baixo ponto de fusão. Entre os ácidos graxos insaturados estão os ácidos graxos monoinsaturados e ácidos graxos poli-insaturados.
Diante da busca de artigos nacionais nas bases de dados selecionadas, percebe-se a escassez de estudos publicados que utilizaram ácidos graxos essenciais (AGE) no tratamento de feridas. Esse fato não surpreende, pois outros autores(1,8) já sinalizaram essa questão embora essa substância seja amplamente utilizada no Brasil para a prevenção e tratamento de feridas.
O cuidado com feridas é realizado principalmente pela equipe de enfermagem, sendo o enfermeiro líder de equipe, porém não é exclusivo desta área profissional, uma vez que, o cuidado de feridas deve ser implementado numa visão interdisciplinar.
Os abacates são uma boa fonte de óleos monoinsaturados e também contêm um amplo espectro de outros nutrientes. Eles são um alimento de alto teor calórico – apenas metade de um abacate contém cerca de 161 calorias –, então vale consumir com moderação.
Chamou a atenção a falta de informações sobre a metodologia da grande quantidade de estudos que foram excluídos, o que leva a refletir o porquê dos hiatos metodológicos encontrados nos trabalhos. Uma possibilidade pode ser a restrição de páginas por artigo, imposta pelos periódicos publicados, levando os autores a sintetizarem ao máximo os dados ou pode ser a não valorização da metodologia em detrimento dos resultados, pelos autores(10).
Este panorama chamou a nossa atenção, uma vez que os AGE são amplamente utilizados em nosso meio para o tratamento de feridas, tais como úlceras de pressão, úlceras neuropáticas (pé diabético), deiscências cirúrgicas, úlcera venosa de estase, úlcera arterial. Dessa forma, esta pesquisa pretende analisar as bases científicas para o uso de AGE no tratamento de feridas.
Detaca-se, neste estudo, que a concentração de AL foi alta (65%) fato que pode ter contribuído nos resultados positivos da cicatrização das feridas. Concentração essa não utilizada ou omitida nos estudos analisados nessa pesquisa. Outra característica omitida no estudo foi a composição do AL, pois estes foram provindos de sementes de girassol e nada mais é descrito sobre eventuais elementos adicionados ou não a essa substância. Observou aumento da velocidade cicatricial com a aplicação tópica de óleo de girassol, acelerando a formação de tecido de granulação, em relação à aplicação tópica de vaselina. O referido autor pode ter chegado a esse resultado, talvez pelo fato de seu grupo controle estar sendo testado com uma solução que, sabidamente, não possui atividade cicatrizante (vaselina) e, portanto, poderia ter incluído outro grupo utilizando solução salina embebida em gaze e mantida úmida.
O primeiro estudo(20) teve o intuito de avaliar a evolução de feridas cutâneas em ratos tratadas com Agarol® (composto de óleo mineral, fenolftaleína e ágar-ágar), e Trigliceril® (produto constituinte do AGE). Foram divididos 25 ratos aleatoriamente em 03 grupos, Grupo C (controle): 9 animais, os quais foram submetidos à troca diária de curativo seco e oclusivo após limpeza com solução de NaCl a 0,9%, Grupo A (Agarol®) : 9 animais, os quais foram submetidos à troca diária de curativo com aplicação de Agarol® após a limpeza com solução salina isotônica de NaCl e Grupo T (Trigliceril®): 9 animais, os quais foram submetidos à troca diária de curativo com aplicação de Trigliceril® após a limpeza com solução salina isotônica de NaCl. Em todos os animais as feridas foram protegidas com curativo oclusivo. Os grupos foram avaliados por um período de 14 dias. No terceiro dia de pós-operatório, o uso do Agarol® e do Trigliceril® não mostrou evidências de alterações histológicas no processo de cicatrização. No sétimo dia, porém, pôde se observar que as feridas tratadas com Agarol® tiveram uma reação inflamatória menor do que as tratadas com Trigliceril®; estas por sua vez, se mostraram semelhantes ao grupo controle. Além disso, no sétimo dia a reação inflamatória do tipo aguda estava presente somente no grupo tratado com Trigliceril®; ao décimo quarto dia, entretanto, todos os grupos apresentaram-se semelhantes. Quando analisado o tecido de granulação no sétimo dia, observou-se que foi mais evidente no grupo tratado com Agarol® comparado tanto com o grupo controle como com o grupo T. Ainda, o grupo controle comparado ao grupo T teve maior quantidade de tecido de granulação, ou seja, o Trigliceril® pareceu condicionar a diminuição da quantidade de tecido de granulação, enquanto que o Agarol® teve efeito contrário. A neovascularização no grupo A em relação ao grupo C não apresentou diferença significante, o mesmo ocorreu entre os grupos A e T. Quando se comparou, entretanto, o grupo T com o grupo C, o primeiro apresentou menor neovascularização; isto leva a acreditar que o Trigliceril® retardou o processo de neovascularização. No décimo quarto dia não foi verificado interferência destas substâncias no processo de cicatrização.
O uso de ácidos graxos essenciais (AGE) no tratamento de feridas, embora largamente difundido no Brasil, é controverso. Esta pesquisa objetivou identificar e analisar as evidências científicas disponíveis para a utilização do AGE no tratamento de feridas. Trata-se de estudo descritivo, realizado por meio de revisão sistemática da literatura, nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde e da PubMed, de 1970 a 2006. Foram inicialmente identificadas 503 referências. Após os testes de relevância I e II foram incluídos na análise 11 artigos, que mostram evidências de recomendação nível II e III para o uso de AGE em queimaduras e mediastinite, entre outros. A maioria dos estudos ainda se refere a uso em animais. Publicações relevantes ainda são escassas.
É importante manter um equilíbrio adequado entre o consumo de ácidos graxos ômega-6 e ômega-3, uma vez que ambos desempenham funções importantes em seu corpo. Um desequilíbrio pode contribuir para problemas de saúde, como inflamação crônica. Converse com um profissional de saúde ou nutricionista para garantir que você esteja obtendo a quantidade adequada desses ácidos graxos essenciais em sua dieta.
Por outro lado, é relevante esclarecer que o grande número de exclusões nesta pesquisa se deu pela identificação de vários problemas encontrados nos artigos como: o produto AGE não estava sendo utilizado para o tratamento de ferida, embora tenha se utilizado as palavras chave fornecidas pelas bases de dados como similares; a metodologia não estava claramente descrita; havia falta de esclarecimentos sobre o modo de avaliação de variáveis descritas e também nos resultados, a forma de realizar o tratamento da ferida não estava claramente descrita ou estavam faltando informações como, por exemplo, sobre a limpeza, a forma de realizar a troca dos curativos e da cobertura secundária.
Os ácidos graxos essenciais são tipos de gorduras que o corpo humano precisa, mas não pode sintetizar por conta própria. Portanto, eles devem ser obtidos por meio da alimentação. Os dois principais ácidos graxos essenciais são o ácido linoleico (um tipo de ômega-6) e o ácido alfa-linolênico (um tipo de ômega-3).
Esse tipo de gordura é raro na natureza, mas tem sido amplamente utilizado em alimentos processados. As gorduras trans são criadas pela adição de moléculas de hidrogênio às gorduras insaturadas para torná-las estáveis em armazenamento. As gorduras trans geralmente não são saudáveis.
Ao todo, nessa base de dados, obtivemos 210 referências, que foram colocadas em ordem alfabética por sobrenome do autor, o que permitiu identificar 148 repetições, que foram devidamente excluídas, totalizando assim 62 artigos para aplicação do Teste de Relevância I.