Uma cena muito comum em desenhos ou filmes de comédia e aventura que usam florestas como cenário é aquela em que um personagem procura um cipó pra balançar e, quando se dá conta, está segurando é uma cauda de cobra. O susto impactante é a graça da cena. Será que na vida real é possível acontecer, confundir uma cobra com um cipó? Pior que é, tanto que tem cobras que já são até conhecidas assim, tendo o termo cipó no nome popular. Isso se dá porque tem espécies de cobras que possuem uma coloração que se assemelham muito a essas ramificações de árvores e há até mesmo aquelas cobras que usam isso como um meio de disfarce ao tocaiar suas presas.
Atualizado em: 29/06/2023 na categoria: Alimentação, Brasileiras, Cuidados, Diversos, Dúvidas, Espécies, Marrom, Não Peçonhentas, Peçonhentas
Costuma se defender e tende a se afastar mas se confrontada é extremamente agressiva e surpreendentemente veloz. O veneno da cobra marrom oriental pode causar diarreia, tontura, convulsões, insuficiência renal, paralisia e parada cardíaca. Porém, diferentemente da taipan costeira, essa espécie tende a iniciar sua defesa com picadas não fatais o que significa que a pessoa terá melhor chance de sobrevivência se procurar logo tratamento. A taxa de mortalidade não tratada na maioria dos casos de picada da cobra marrom comum é de 10 a 20% nas regiões onde ela predomina.
A Falsa-coral (à direita) diferencia-se da Coral verdadeira (à esquerda) pelo tipo de dentição. No caso da falsa-coral, pode ser opistóglifa, quando a dentição injeta veneno, mas por estar localizada na parte de trás da boca se torna muito difícil a inoculação do mesmo na vítima, ou áglifa, onde os dentes são maciços e não introduzem veneno.
A cobra marrom se alimenta de sapos, répteis, ovos, pássaros e, principalmente, ratos e camundongos. Em cativeiro, no entanto, elas podem apresentar comportamento canibal. Em especial, se a condição for de superlotação.
As cobras-cipó detém uma grande contribuição para o cenário de biodiversidade da fauna brasileira. Estão inclusas no regulamento de proteção à vida animal, estabelecido pelo IBAMA.
Em cativeiro, no entanto, os acasalamentos tendem a ocorrer no início de outubro. As fêmeas são capazes de armazenar os espermatozoides por diversas semanas após o ato sexual.
Agora que já conhecemos as demais serpentes do gênero Chironius (cobras-cipó), é chegada a hora de falarmos da nossa protagonista: a Chironius quadricarinatus, ou, como estamos chamando por aqui, cobra marrom com barriga branca.
A cobra cipó-marrom apresenta dentição opistóglifa, ou seja, possui uma presa especializada no fundo da boca. No entanto, não é venenosa. Por vezes, pode demonstrar um comportamento agressivo.
O veneno da picada da surucucu é laquético, sendo capaz de lesionar o sistema nervoso central, o sangue e as proteínas da vítima, além de causar vômitos, cólicas abdominais, perda temporária da visão e outros sintomas.
No Brasil (de acordo com informações do reptile database), a Chironius quadricarinatus é encontrada no bioma do cerrado, e está presente nos estados do Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.
Dois estudos recentes, realizados nos anos de 2011 e 2012 citam a presença deste Chironius sexcarinatus para os estados do Mato Grosso e Pará, respectivamente. Porém, para os dois casos há algumas discordâncias em relação às características da espécie, o que, indiretamente invalida a identificação.
É essencial ressaltar que a poluição causa consequências graves para o Meio Ambiente, interferindo no equilíbrio do ecossistema.
Os filhotes dessas cobras peçonhentas podem permanecer dentro dos ovos por quatro a oito horas. No entanto, a estimativa de vida dessa espécie ainda é desconhecida. Em cativeiro, o registro máximo é de 7 anos.
De acordo com relatos recolhidos pelo pesquisador Vanzolini no ano de 1981, acredita-se que haja outra espécie do gênero Chironius que seja sexcarinatus, ou seja, que apresente seis quilhas em destaque na região do dorso. Essa espécie teria sido vista no estado do Pará. No entanto, sua existência não foi totalmente confirmada e permanece confusa.
Essa espécie também da família elapidae é considerada a segunda das cobras com o veneno mais poderoso do mundo. A pseudonaja textilis também é conhecida como cobra marrom comum e também é nativa da Austrália, das regiões leste e central da ilha, e de Papua Nova Guiné, na região sul da ilha.