Qual Foi A Tentativa Do Professor Amitai Etzioni Na Teoria Estruturalista?

Qual foi a tentativa do professor Amitai Etzioni na teoria estruturalista

Uma das virtudes do ESTRUTURALISMO, ou um dos seus maiores méritos, foi a importância dada para a ANÁLISE ORGANIZACIONAL. Em comparação com as teorias precedentes, a análise foi muito mais explícita e deu ênfase ao papel dos CONFLITOS inevitáveis que ocorrem nas ORGANIZAÇÕES, mas, considerou como um processo que contribui para o seu desenvolvimento.

Há uma relação entre estrutra de conformidadeobjetivos, sendo que a eficiência é determinada pelo grau de atingimento dos objetivos. Nessa relação, para se atingir a eficiência, pode-se, às vezes, modificar os objetivos e/ou a própria organização.

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Essa concepção antropológica implica a desnecessidade de heróis abnegados para viabilizar a comunidade. Viver em comunidade não pressupõe a crença na necessidade de um ser humano heroico, altruísta e disposto a sacrificar-se em nome do coletivo. A vida em comunidade assenta-se na condição social dos humanos, naturalmente seres de relação, vocacionados ao convívio social, necessitados de relações afetivas próprias da vida comunitária e, ao mesmo tempo, de autonomia individual. Os seres humanos de modo geral estão habilitados à vida em comunidades que combinam o bem comum com a autonomia individual.

Nosso objetivo ao elaborar este estudo é analisar o conceito de eficiência organizacional, de acordo com a perspectiva estruluralista-funcionnl. Primeiramente, procuraremos apresentar o ponto de vista estruturalista tal como divulgado na literatura. Posteriormente, analisaremos um modelo específico de eficiência organizacional, o modelo de Amitai Etzioni, que utiliza como base comparativa para o estudo das organizações suas estruturas de conformidade. A realização deste estudo só fará sentido na medida que for feita uma análise concomitante dos objetivos das organizações, evidenciando, assim, o alcance de um determinado grau de eficiência. Ainda com referência ao estudo dos objetivos deveremos tecer algumas considerações a fim de verificar até que ponto a mudança de objetivos nas organizações, bem como na sua própria estrutura, resultam na obtenção de maior ou menor eficiência.

TIPOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

<strong><strong>TIPOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES</strong></strong>

A despeito dessas reações mais ou menos violentas, a contribuição do estruturalismo à teoria das organizações parece indiscutível pela consolidação da incorporação iniciada pelos behavioristas, dos estudos de outros tipos de organizações, que não as empresas, bem como pela ênfase nova nas relações entre as partes da organização, tais como grupos e outros elementos formais e informais, os vários níveis hierárquicos, as recompensas e incentivos sociais e materiais, além do destaque dado às relações entre a organização e seu ambiente, que preparou o campo para a análise baseada na teoria geral dos sistemas abertos.

No oposto das organizações coercivas, encontramos organizações normativas de tão alto grau de envolvimento que chegam a caracterizar-se por envolvimento moral. Os exemplos típicos são as associações voluntárias, igrejas, escolas e organizações politicas que têm intensos programas ideológicos. Etzioni distingue três classes de organizações normativas: a primeira, entre as quais as igrejas, apresentam quase que exclusivamente padrão normativo; a segunda, entre as quais as escolas que apresentam um padrão secundário coercivo; e, finalmente, organizações como as profissionais, que apresentam um padrão secundário remunerativo.

TRÊS TIPOS DE INTERESSE

a) Consenso quanto aos valores gerais, que indica inclusão dos valores da sociedade em geral. Quando esses valores são compartilhados, é mais fácil obter consenso nos objetivos e meios, não sendo, porém, condição necessária;

Comunidade é uma combinação de dois elementos: (a) Uma rede de relações carregadas de afeto entre um grupo de indivíduos, relações que frequentemente se cruzam e se reforçam umas às outras (em vez de tão somente relações individuais, uma a uma ou encadeadas). (b) Uma medida de compromisso com um conjunto de valores compartilhados, normas e significados, e uma história e identidade compartilhadas – em resumo, com uma cultura particular (Etzioni, 2001b, pp. 142-43).

A concepção comunitarista está a meio caminho entre a visão otimista dos individualistas e a visão sombria dos social-conservadores: é a concepção dinâmica, cuja premissa central é a natureza social do ser humano. "O homem não é senão um ser social: o que ele é depende do seu ser social e o que ele faz de seu ser social é irrevogavelmente ligado ao que ele faz de si mesmo" (Etzioni, 1968, p. 2). Os achados científicos trazem inúmeras evidências em favor da tese comunitária que atesta que para existir o eu deve haver o nós. Como Taylor, opõe-se às teses atomistas, que conduzem ao individualismo e ao ativismo individual inconsequente, e elabora uma concepção que vincula a parte (o indivíduo) ao todo (a sociedade e suas estruturas). O homem é um ser de relação, ontologicamente condicionado pela existência com os outros. Sob as diferenças entre as pessoas, Etzioni vislumbra uma natureza humana universal.

O ESTRUTURALISMO E A ORGANIZAÇÃO

<strong><strong>O ESTRUTURALISMO E A ORGANIZAÇÃO</strong></strong>

B – Interesse/Envolvimento CALCULISTA: o indivíduo tem interesse na medida que seus esforços imediatos tenham uma compensação econômica instantânea ou alguma vantagem.

Em vista do contexto de sua obra, Etzioni dedica muitas páginas à desmistificação dos dogmas individualistas, expressos, por exemplo, no campo das políticas públicas pela defesa incondicional da autonomia individual e da privacidade. A privacidade é um valor fundamental da democracia; sem privacidade nenhuma sociedade é livre. Mas o que se tornou frequente nos Estados Unidos a partir dos anos 1960 é a defesa unilateral da privacidade, desacompanhada da preocupação com o bem comum, presente na cultura cívica, nas políticas sociais e nas doutrinas legais. Os imoderados campeões da privacidade (incluindo a American Civil Liberties Union – ACLU, de honorável trajetória em favor dos direitos civis) estiveram engajados não só em excessos retóricos, mas fizeram oposição a todas as políticas voltadas ao bem comum que tenham significado de algum modo a limitação da privacidade (exemplos: testes de teor alcoólico, de HIV, revistas íntimas e rastreamento da trajetória pessoal para exercício de certas funções, entre outras). A posição comunitarista pelo equilíbrio significa um grande cuidado com a privacidade, mas, ao mesmo tempo, avaliza políticas que em certos casos limitam a privacidade em nome da proteção do bem comum (Etzioni, 1999b; 2004).

Amitai etzioni and the communitarian paradigm: from the sociology of organizations to the responsive communitarianism

A cada vez, alguns poucos temas se sobressaem nos diálogos morais entre as pessoas e nos meios de comunicação de uma sociedade nacional, temas esses que constituem os megálogos. Os meios de comunicação são um importante espaço de constituição dos megálogos e exercem sobre aqueles expressiva influência, que, todavia, não deve ser sobrevalorizada a ponto de considerar que seguem necessariamente a voz da mídia.

A transposição de teorias de um país a outro é inviável, embora a globalização crie cada vez mais elementos comuns entre os continentes. No plano da análise política e social resta comprovar a fertilidade do pensamento etzioniano para o Brasil. Como lembram os sociólogos Robert Bellah (1999) e Hans Joas (2001), o discurso sobre comunidade nos Estados Unidos, no qual se inscreve Etzioni, deve ser lido à luz das peculiaridades daquele contexto. Joas (2001, p. 95) diz que "o discurso sobre 'comunidade' nos Estados Unidos tem sempre sido parte da comunicação dentro da sociedade liberal-democrática", enquanto na Alemanha "o debate é travado em uma sociedade fundamentalmente não liberal". Essa observação vale também para o Brasil. Nossa lógica política não é a de uma típica sociedade liberal-democrática, somos herdeiros não da tradição anglo-saxã e, sim, da cultura ibérica; nossa polarização não se dá entre republicanos e democratas, nem temos a experiência histórica das comunas, festejadas por Tocqueville. Aqui, o Estado precedeu a sociedade civil, o patrimonialismo e o clientelismo vêm de longa data, a participação dos cidadãos nos assuntos públicos mantém-se limitada e o grau de desigualdade econômica e social ainda é dos maiores do mundo.

Do ponto de vista da distribuição de bens, a boa sociedade assegura a todos um mínimo básico satisfatório, ou seja, um conjunto de bens básicos como alimento, habitação segura, vestimenta e assistência à saúde. Etzioni assina o compromisso da esquerda social-democrata: "ninguém pode ver-se completamente privado da assistência do Estado de bem-estar ou abandonado na rua, inclusive quando se negue a trabalhar, assistir aulas ou a desempenhar serviços comunitários" (Etzioni, 2001a, p. 57).

Sugestão de Leitura

Esquematicamente, o paradigma neoclássico tem como premissas centrais: (i) os indivíduos são movidos pelo autointeresse, tomando decisões com base na expectativa de maximizar seus benefícios; (ii) as escolhas dos indivíduos derivam de um cálculo racional, cujo núcleo é o autointeresse; (iii) as escolhas dos indivíduos são fundamentalmente escolhas pessoais; o indivíduo é a unidade de tomada de decisão.

O envolvimento pode ser entendido sob três aspectos: a) alienação, orientação negativa intensa; b) envolvimento calculista, orientação negativa ou positiva, mas de menor intensidade; c) envolvimento moral, puro ou social, alta orientação positiva. Tal orientação refere-se apenas ao sentimento dos participantes inferiores, constituindo, assim, um continuum sem nítidas divisões.

CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES

As comunidades têm um decisivo papel na construção da boa sociedade e para o bem-estar dos seres humanos. De Kant a Marx, lembra Etzioni, grande parte da filosofia social partilha a visão de que o predomínio da orientação instrumental nas relações sociais é uma das maiores ameaças ao bem-estar das pessoas. Os resultados de inúmeras pesquisas científicas comprovam tal entendimento ao mostrar que a saúde física e mental está associada à integração das pessoas em ambientes marcados por relações afetivas, ao passo que as doenças (psíquicas, alcoolismo, drogadicção etc.) são derivadas de situações de vida marcadas pelo isolamento e pela solidão. Os processos de fortalecimento das comunidades são o melhor meio de enfrentar esses males: terapias, tratamento para drogas e álcool e delinquência juvenil são mais eficazmente desenvolvidos por programas apoiados no fortalecimento da comunidade (Etzioni, 2001a).

Sills demonstrou, por seus estudos sobre a Fundação Nacional da Paralisia Infantil nos Estados Unidos, que há organizações que, quando estão prestes a atingir seus objetivos, vêem-se na contingência de decidir se devem reformulá-los e continuar sobrevivendo ou se devem aceitar sua dissolução. Nessas condições, o alcance dos objetivos pode levar à destruição da própria organização. Resta considerar em que condições ocorre uma e outra hipótese.

INTRODUÇÃO:

<strong><strong>INTRODUÇÃO:</strong></strong>

Cada um dos três MEIOS DE CONTROLE provoca um determinado PADRÃO DE OBEDIÊNCIA de acordo com o tipo de INTERESSE em obedecer ao CONTROLE. Há TRÊS TIPOS DE INTERESSE (ou de ENVOLVIMENTO) dos participantes da organização:

Os megálogos são o principal meio de transformação da cultura moral: "a melhor maneira de mudar a direção de uma sociedade é produzir um megálogo acerca da substância dos valores de seus membros e da intensidade dos seus compromissos com os valores que afirmam" (Etzioni, 2001b, p. 170). Entre as questões apontadas por Etzioni como temas relevantes para megálogos nas sociedades comunitárias estão as que afetam a reforma do Estado de bem-estar, como o enfrentamento da desigualdade, o equilíbrio entre centralização e descentralização e a construção de uma comunidade de comunidades.

Alguns estruturalistas de grande importância na teoria das organizações são Robert K. Merton, Phillip Selznick e Alvin Gouldner, que buscaram relacionar a burocracia com a escola das relações humanas, discutindo a relação entre a burocracia e o comportamento dentro das organizações (MOTTA, 1970).

Como a teoria estruturalista abordava o conflito nas organizações?

Resumo: Ao estudar organizações sob a visão estruturalista, realiza-se uma análise dos fatores que compõe o contexto organizacional e verifica-se a integração e interdependência desses fatores.

Qual a importância da gestão estratégica de pessoas?

Nesse aspecto, a gestão estratégica de pessoas é fundamental, pois tem como objetivo entender os colaboradores de uma empresa e alinhar os interesses deles com os da própria organização. Ou seja, sem essa gestão estratégica de pessoas nas organizações, as empresas podem sofrer muito com as fugas de talentos.

O que é a gestão estratégica de pessoas?

A gestão estratégica de pessoas é a nova abordagem utilizada pelas empresa e tem como objetivo entender os colaboradores e alinhar seus interesses com os da própria organização. Ela surge nesse cenário como peça fundamental para auxiliar as empresas.

Quais aspectos da gestão estratégica de pessoas?

De forma que a estratégia na gestão de pessoas passa por todo um ciclo do colaborador dentro da empresa, envolvendo ações tanto no recrutamento e seleção, quanto em saúde ocupacional, departamento pessoal, a própria comunicação interna e até mesmo a demissão e desligamento do funcionário.

Quais os pilares da gestão estratégica?

Se você tem interesse nesse assunto, conheça a seguir os 5 pilares da gestão estratégica de pessoas que você não pode perder de vista!

  1. Treinamento e desenvolvimento. O incentivo ao desenvolvimento pessoal e profissional tem ganhado cada vez destaque nas organizações. ...
  2. Comunicação. ...
  3. Liderança. ...
  4. Processos. ...
  5. Trabalho em equipe.

Como as empresas podem adotar uma gestão estratégica de pessoas?

A empresa é feita por quem trabalha nela. ... Realizar uma gestão estratégica de pessoas é ideal para dimensionar a força de trabalho, aumentar a produtividade, diminuir a rotatividade de empregados, garantir bons resultados, motivar equipes, integrar colaboradores e melhorar o ambiente de trabalho.

Como a área de gestão de pessoas pode efetivamente contribuir de forma estratégica com os objetivos da empresa?

Nesse sentido, a gestão de pessoas tem um papel importante. Seja reforçando as regras junto aos colaboradores ou controlando o seu cumprimento adequado, ela está efetivamente ajudando a empresa a atingir suas metas. Logo, está ajudando a concretizar a estratégia organizacional.

Qual é a relação entre o planejamento de carreira e a Gestão Estratégica de Pessoas?

Os novos papéis na gestão de pessoas É importante manter a motivação entre os colaboradores, promovendo o reconhecimento do trabalho realizado, criando Plano de Carreira, Plano de Remuneração e Benefícios. ... Sendo assim, ambas as partes passam a se conhecer melhor, fortalecendo a relação de parceria no trabalho.

Qual a principal finalidade do planejamento e gestão estratégica de pessoas?

O planejamento estratégico de gestão de pessoas procura reconhecer e entender o capital humano, para que suas capacidades sejam aproveitadas para o alcance das metas corporativas.

O que é planejamento e gestão de carreira?

Planejar a carreira é uma gestão estratégica que um indivíduo pode ter sobre sua própria vida profissional. Para isso, é importante estabelecer o tipo de trabalho que interessa, o nível hierárquico onde se quer chegar, o ambiente de trabalho mais agradável e as pessoas com quem se busca relacionamento profissional.

Qual o principal objetivo de um plano de carreira?

O plano de carreira serve, essencialmente, para incentivar os profissionais a explorar e coletar informações que apontem com clareza qual a situação em que se encontram.