A dismenorreia é uma dor muito forte que pode surgir alguns dias antes ou durante a menstruação, sendo acompanhada por outros sintomas como náuseas, vômitos, dor de cabeça ou dor nas pernas, por exemplo.
A dismenorreia primária é a cólica que surge antes ou durante a menstruação causada pela liberação de prostaglandinas, que são substâncias inflamatórias produzidas pelo revestimento do útero, fazendo com que os músculos e os vasos sanguíneos do útero se contraiam, causando dor forte que pode estar acompanhada de outros sintomas como náusea, vômito ou dor de cabeça.
A cólica menstrual é provocada quando há a liberação de prostaglandina, substância que faz o útero contrair para eliminar o endométrio. O principal sintoma é dor em cólica no baixo ventre.
Tratamentos não farmacológicos incluem a acupuntura e aplicação pélvica de calor, ambos estudados neste âmbito com resultados de equivalência a alguns analgésicos. Neste contexto, como tratamento caseiro ou natural, pode fazer a aplicação pélvica de calor, colocando, por exemplo, toalhas húmidas quentes sobre a pelve (“fundo da barriga”). Este procedimento pode resultar em algum alívio e até complementar a terapêutica com medicamentos.
O tratamento variará em função da causa do problema e da gravidade do mesmo. Se, mês após mês, sentes dores menstruais muito fortes e, se além disso, essas dores menstruais se manifestam uma semana antes do período, existe a forte possibilidade de sofreres de dismenorreia secundária.
Além disso, deve-se evitar bebidas alcoólicas ou com cafeína (como café, chocolate, chá preto e refrigerantes), e aumentar o consumo de proteínas (como salmão ou atum) e vegetais, além de diminuir o consumo de sal e de alimentos ricos em sódio, como os embutidos e enlatados.
A dismenorreia pode manifestar-se não apenas como uma dor isolada, mas também associada a um conjunto de sintomas variados que engloba outros problemas, como náuseas e vómitos (89%), fadiga (85%), diarreia (60%), dores de cabeça (45%), dores na zona inferior da coluna, bem como tonturas, dores nas pernas, ansiedade, irritabilidade, dor nos seios, depressão e inchaço. Em alguns casos, para além dos sintomas, ocorre a expulsão de coágulos de sangue ou moldes endometriais durante o período. Por conseguinte, esta disfunção pode mesmo representar uma deterioração do estado físico, psíquico e anímico nas mulheres que sofrem da mesma de forma periódica.
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A dismenorreia é mais comum na adolescência, podendo começar desde a primeira menstruação e continuar ou diminuir ao longo da vida, mas também pode surgir na idade adulta, geralmente devido a algumas doenças como endometriose ou mioma. Dependendo da intensidade da dor, a dismenorreia pode impedir atividades normais no dia a dia da mulher, como trabalhar ou estudar.
Dismenorreia é o termo clínico para nos referirmos à menstruação dolorosa ou dores menstruais. É um problema comum, e, em algum grau, a maioria das mulheres sente alguma dor ou desconforto durante uma menstruação espontânea. Por ser tão comum, é frequentemente desvalorizada, mas por vezes merece avaliação, por interferir com o bem-estar da adolescente ou mulher.
A maioria destas medicações (AINES) são de venda livre em farmácia, e são todas, de uma forma geral, eficazes no tratamento dos sintomas. Podem ser iniciadas assim que os sintomas se apresentem ou assim que se preveja que vão começar (primeiros indícios da menstruação).
Tanto a dismenorreia primária como a secundária podem ser tratadas. Deve consultar o seu médico assistente ou médico especialista em Ginecologia quando ocorram dores menstruais de intensidade superior ao habitual ou que durem mais do que dois ou três dias.
O tratamento cirúrgico para a dismenorreia primária foi tentado com resultados pouco satisfatórios e efeitos secundários importantes, pelo que não será uma opção para a maioria das mulheres.
Se existir uma patologia ginecológica, esta deve ser diagnosticada e tratada. Se a dismenorreia for primária, o ginecologista, em função das preferências, optará por alterações higiénico-dietéticas, exercício físico, analgésicos e/ou tratamento hormonal, entre outros.
A dor pode variar bastante de intensidade entre mulheres, mas quando dores fortes prejudicam o bem-estar e interferem no dia-a-dia, uma de várias doenças pode ser a causa deste problema. Os casos de dores muito intensas, atípicas (ver dismenorreia primária, abaixo), merecem avaliação pelo médico ginecologista. O seu médico despistará outras causas para as dores (doenças) e delineará o melhor tratamento.
A pílula pode ajudar a controlar a dor. Os anticoncetivos melhor estudados neste contexto são os combinados (pílula com estrogénio e progestativo), mas todos poderão ser úteis. Não existe necessidade em efetuar intervalos na toma dos comprimidos, ou seja, a pílula pode ser tomada todos os dias sem interrupção. Isto pode levar a que não hajam perdas de sangue no intervalo sem comprimidos/anel vaginal, diminuindo ainda mais as dores.
A dismenorreia primária aparece habitualmente pouco depois da menarca (primeira menstruação). Mais de 80% das mulheres que sofrem deste problema iniciaram dores até 4-5 anos após a primeira menstruação. A dor está relacionada com contrações uterinas frequentes e descoordenadas, iniciadas pela libertação de compostos (prostaglandinas) aquando a descamação endometrial durante a menstruação. Isquemia (falta de oxigénio nas células) causada pelo aumento da pressão uterina acima da pressão arterial piora os sintomas.
A dismenorreia é caracterizada por dor uterina importante durante o período menstrual, podendo ser primária ou secundária (decorrente de causas orgânicas).
A dismenorreia pode ser primária ou secundária. Primária, quando a causa é o aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio, e secundária, quando resultante de alterações patológicas no aparelho reprodutivo (endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical etc.).
O tratamento da dismenorreia primária difere do da secundária, afinal, se tratam de causas diferentes. Geralmente são utilizados medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs). Conforme vimos, sua eficiência tem relação com a regulação da síntese de prostaglandinas.
Vários alimentos possuem boas doses de vitaminas e minerais que, por sua vez, ajudam a diminuir a produção de prostaglandina tipo 2 e reduzem a inflamação. Amêndoas, castanhas, espinafre, couve, agrião, linhaça, sementes de abóbora, sementes de girassol, chia, gergelim, melão e sardinhas são boas pedidas.
Dismenorreia é o termo clínico para nos referirmos à menstruação dolorosa ou dores menstruais. É um problema comum, e, em algum grau, a maioria das mulheres sente alguma dor ou desconforto durante uma menstruação espontânea.
A prostaglandina é uma substância hormonal produzida a partir do estímulo da progesterona, o hormônio que predomina na segunda fase do ciclo reprodutivo feminino, depois que ocorre a ovulação. O excesso de prostaglandina durante o período menstrual provoca fortes contrações do útero, que é um músculo.
De acordo com Oliveira, o problema ocorre porque o tecido endometrial que não é liberado junto a menstruação aparece em outros lugares do corpo e, nesse caso, se instala no ligamento uterossacro — ligação entre o útero e o osso sacro, localizado atrás do útero, ao final da coluna, na curvatura das costas para o bumbum.
A menstruação pode trazer desconfortos como inchaço abdominal, retenção de líquidos, mudanças de humor, indisposição, náusea, mal-estar geral, dor de cabeça, nas costas e cólicas, o que, em alguns casos, chega a atrapalhar as atividades do dia a dia. Esses sintomas costumam durar cerca de 24 horas.
"Isto acontece porque o sistema de inervação do útero pode se comunicar com sistemas próximos a ele e a mulher ter uma dor correlata na lombar e nas pernas, por exemplo", explica. Dependendo da intensidade da cólica, a mulher pode ter sua rotina alterada e isso deve ser informado na consulta médica.
A bolsa de água quente pode ser uma forte aliada. O calor emitido estimula a irrigação, relaxando a musculatura e amenizando o impacto das contrações do útero. Movimentos suaves no abdômen e nos pés podem amenizar a cólica. Alivia a tensão muscular, melhora a circulação sanguínea e, consequentemente, diminui a dor.
A endometriose é uma doença que pode atingir qualquer órgão do corpo da mulher. Algumas endomulheres queixam dores na região do nervo ciático que fica entre a lombar e as nádegas), bem como dores nas pernas, que irradiam para as pernas e ou queimação, cãimbras, dentre outros sintomas.
A endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (o tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas no período menstrual, movimentam-se no sentido contrário, ou seja, para fora do útero, caem nos ovários ou na cavidade abdominal, e podem causar sangramento e dor, além de ...
7 dicas para viver melhor com endometriose
"Quando tenho crises da endometriose, geralmente fico dois dias acamada. A dor é pulsante. Parece que tem uma mão torcendo dentro do útero. Depois da crise, a sensação que fica no corpo é de mais dor por ter sentido tanta dor ", conta a jornalista Juliana Andrade, 24.
Quando confirmada a doença, o protocolo de tratamento para endometriose no sistema público de saúde consiste na prescrição de um medicamento de alto custo, a goserelina, fornecido gratuitamente pelo SUS mediante a comprovação da doença. Nos casos mais graves, a cirurgia por videolaparoscopia é ofertada.
Os principais riscos causados pela endometriose são: A obstrução intestinal, que pode levar à perfuração e à infecção generalizada (sepse) A obstrução urinária, que, por sua vez, pode acarretar dilatação dos rins seguida de perda de função do órgão, infecção local e eventual sepse.