A carta de alforria era um documento através do qual o proprietário de um escravo rescindia dos seus direitos de propriedade sobre o mesmo.
Nessa época, 1 saca de café era comprada por 12 mil-réis e um escravo comum era cotado a 350 mil-réis. Os escravos que eram hábeis em carpintaria, fundição maquinista etc., valiam 715 mil-réis. Em 1855, um escravo era cotado a 1 conto de réis e 75 mil-réis, ao passo que uma escrava valia 857 mil-réis./span>
Em seu amplo levantamento de preços de escravos saudáveis, em Minas Gerais, nos séculos XVIII e XIX, Laird Bergad informou que o valor médio de um cativo crioulo do sexo masculino, de 15 a 40 anos de idade, em 1789, era de 105$000 réis. Nesta mesma faixa etária e sendo do sexo feminino valia 88$000 réis.
O manual do IBGE define o significado atribuído ao termo como pessoas com uma mistura de cores de pele, seja essa miscigenação mulata (descendentes de brancos e negros), cabocla (descendentes de brancos e ameríndios), cafuza (descendentes de negros e indígenas) ou mestiça.
“Se alguém ferir seu escravo ou sua escrava com um bastão e morrer sob suas mãos, seja punido severamente, mas se sobreviver um ou dois dias, não seja punido, porque é seu dinheiro” (Êxodo)./span>
Um escravo era um bem que era possuído, despojado de todo direito. O dono possuía o direito sobre a sua vida e a sua morte. O termo "manus" simbolizava o domínio do dono sobre o escravo, do mesmo modo que o domínio do marido sobre a sua esposa.
No dia 15 de outubro de 1886, o Parlamento brasileiro aprovou a criação de uma lei que aboliu a aplicação da pena de açoites em escravos. ... Na prática isso significava que os escravos só poderiam ser condenados, a partir de então, às penas de prisão, prisão com trabalho, galés e de morte.
Nas relações entre senhores è escravo, a professôra Emília Viotti da Costa, resalta que dos escravos esperava-se humildade, obediência e fidelidade, em troca de autoridade e benevolência do senhor. O negro deveria ser poupado, para que o capital do senhor não fôsse delapidado.
Esses escravos, chamados de "ladinos" (negros já aculturados), entendiam e falavam o português e possuíam uma habilidade especial na realização das tarefas domésticas. Os escravos chamados "boçais", recém-chegados da África, eram normalmente utilizados nos trabalhos da lavoura.
Como se pode observar,o escravo era tratado como mercadoria, pois inspirada no Direito Romano,a lei portuguesa considerava-o "coisa do seu senhor",ou seja, classificava-o como "mercadoria"ou "peça". Podia ser vendido, alugado, emprestado, submetido,enfim, a todos os atos decorrentes do direito de propriedade.
Algumas formas eram: formação de quilombos, fugas ou suicídios, magia, assassinatos e sequestros de senhores, paralisações, sabotagens e roubos. Também havia a capoeira, que era considerada uma forma de resistência, diferente do fenômeno urbano do século 19./span>