Já os forasteiros, eram compostos por portugueses e migrantes dos outros locais do Brasil que foram atraídos ao território pelas jazidas auríferas que lá se encontravam. Eles foram apelidados pejorativamente de “emboabas” pelos paulistas.
Ana Cristina Peron é formada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestranda em História na mesma universidade. Também é redatora do Curso Enem Gratuito e do Blog do Enem.
Em 1709, os bandeirantes restantes se renderam sob a promessa de que suas vidas seriam poupadas. No entanto, eles foram traídos. Cerca de 300 paulistas foram assassinados às margens do rio das Mortes no episódio que ficou conhecido como Capão da Traição. Foi assim que terminou a Guerra dos Emboabas.
Foi em 1709 que a Coroa decretou a separação das capitanias de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Por conta da intervenção de Portugal, em conjunto com o governador do Rio de Janeiro, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, Nunes Viana foi derrubado de seu posto e expulso do local das minas.
Outra preocupação da coroa foi a de estabelecer limites à entrada na região das minas. Nos primeiros tempos da atividade mineradora, a câmara de São Paulo reivindicou junto ao rei de Portugal que somente aos moradores da Vila de São Paulo, a quem se devia a descoberta do ouro, fossem dadas concessões de exploração do metal. Os fatos se encarregaram de demonstrar a inviabilidade do pretendido, diante do grande número de brasileiros, sobretudo baianos, que chegava à região das minas.
A notícia da descoberta do ouro foi espalhada rapidamente e logo surgiu um grande movimento migratório em direção às minas. Pessoas de várias partes da colônia iam para Minas Gerais – especialmente da região açucareira que estava em declínio. Muitos portugueses também vieram para o Brasil tentar a sorte.
Apesar da derrota dos bandeirantes, a Coroa concluiu que eles eram peça importante na continuidade e expansão da atividade mineradora. Afinal, eram os bandeirantes que encontravam novas minas. Além disso, a metrópole também se utilizava dos paulistas na repressão de grupos indígenas e quilombos.
Os confrontos entre os potentados criavam constantes situações de violência, como a verificada entre Manuel Nunes Viana e Jerônimo Pedroso, em razão do sumiço de uma espingarda, fato que se tornou uma das motivações para o desencadeamento da
a) do avanço do café na região do Vale do Ribeira e em Minas Gerais. Portugal, no início do século XVIII, percebeu a importância do café como a grande riqueza da colônia, passou então a enviar mais escravos para essa região e a controlá-la com maior rigor.
Os bandeirantes de São Paulo, que foram aqueles que descobriram primeiro o ouro, achavam que o direito de explorar tais regiões fosse somente deles, já que foram os pioneiros a descobrir. Do outro lado, estava a Coroa Portuguesa, que via as jazidas como uma ótima forma de melhorar a vida do país europeu. Foi justamente essa diferença de pontos de vista que tornou a região de Minas Gerais em um verdadeiro palco para uma guerra que duraria cerca de dois anos, a Guerra dos Emboabas.
Emboaba: nome indígena que significa “o estrangeiro”, atribuído aos forasteiros pelos paulistas, primeiros povoadores da região das minas. Com a descoberta do ouro em fins do século XVII, milhares de pessoas da colônia e da metrópole vieram para as minas, causando grandes tumultos. Formaram-se duas facções, paulistas e emboabas, que disputavam o governo do território, tentando impor suas próprias leis.
Os paulistas, alegando terem descoberto as minas, queriam a exclusividade da exploração. Os forasteiros, entretanto, passaram a exercer bastante influência, controlando o comércio e tendo o lucro. Entre os emboabas, um nome de destaque foi Manuel Nunes Viana, que contrabandeava o ouro. A Coroa, visando controlar essa situação, determinou algumas medidas, como a cobrança do quinto para a população, mas Nunes Viana continuou liderando o contrabando.
A palavra emboaba significa “forasteiros” ou “estrangeiros”. Ela tem origem em buaba, que em tupi significa “ave de patas emplumadas”. Os imigrantes que chegavam em Minas Gerais começaram a ser chamados assim pelos paulistas pelo fato de usarem botas de canos longos.
Ao longo dos dois anos foram registrados uma série de conflitos, sendo que o mais expressivo deles foi aquele que ficou conhecido como “Capão da Traição”. Só neste episódio os portugueses, sempre com o objetivo de afirmarem a soberania enquanto colonizadores, mataram mais de 300 bandeirantes paulistas.
Por outro lado, os emboabas, sob a liderança do português Manuel Nunes Viana, que era um comerciante afortunado, colocaram a liderança dos bandeirantes em cheque e acabaram derrotando-os.
Os forasteiros se instalaram em comunidades dentro do território que era habitado pelos paulistas. Por meio destes locais, frequentemente vigiavam todas as ações dos bandeirantes. O líder organizou diversas expedições com o intuito de fragilizar a resistência paulista.
d) da chegada dos bandeirantes à região das minas gerais. Os bandeirantes descobriram o tão desejado ouro, e a Metrópole se viu obrigada a impedir a corrida do ouro; para tanto, criou leis impedindo o trânsito indiscriminado de pessoas na região, deixando os bandeirantes como os guardiões das minas.
Os participantes da Guerra dos Emboabas foram os vicentinos, formados pelos bandeirantes paulistas e os forasteiros, compostos por portugueses e migrantes de outras regiões do Brasil.
À época, a população era basicamente dividida em dois grupos inimigos: os paulistas e os emboabas. Emboaba é uma palavra tupi que significa “pássaros de pés emplumados, e era um termo usado pejorativamente para designar forasteiros por usarem botas.
A Guerra dos Emboabas foi um confronto travado de 1707 a 1709 pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro na região do atual estado de Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs os desbravadores vicentinos e os forasteiros que vieram depois da descoberta das minas.
O conflito se deu entre os senhores de engenho de Olinda e os comerciantes portugueses de Recife, em uma disputa pelo poder local. A guerra recebeu esse nome devido a participação dos comerciantes portugueses, que eram chamados pejorativamente de mascates.
substantivo masculino e feminino [História] Alcunha dada, nos tempos coloniais, a portugueses e brasileiros (procedentes de outras regiões) que buscavam ouro ou pedras preciosas. [Por Extensão] Nome dado aos portugueses; português, galego. [Por Extensão] Designação geral atribuída aos estrangeiros; forasteiro.
1 Hist Alcunha pejorativa dada pelos descendentes dos bandeirantes paulistas, no tempo do Brasil colonial, aos brasileiros de outras origens, aos portugueses ou outros estrangeiros que eram atraídos pelo ouro e pelas pedras preciosas do país. 2 por ext , pej Que ou aquele que é português; galego.
Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir, os paulistas queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro que haviam encontrado, uma vez que este, estava nas terras em que viviam. Entretanto, os forasteiros pensavam e agiam diferentemente; estes, por sua vez, eram os chamados emboabas.
Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa 1 Vendedor ambulante de objetos manufaturados, tecidos, joias etc.; bufarinheiro.
Os mascates eram caixeiros-viajantes que vendiam diversos bens de consumo entre as diferentes cidades e vilas brasileiras durante o período da colonização, sendo importantes figuras na integração das economias locais e constituindo uma baixa-burguesia ascendente no país.
Significado de Bufarinheiro substantivo masculino Vendedor ambulante de bugigangas.
Mascataria