O que vem na sua cabeça quando falamos de romance? Um casal, um jantar à luz de velas, beijos apaixonantes e todas essas cenas que estamos acostumados a ver no cinema, na televisão, nos anúncios… Enfim, por todo lugar. Somos uma sociedade obcecada por amor, mais especificamente, em achar um par ideal, com quem viveremos todos os cenários clichês possíveis, e um “felizes para sempre” — o famoso romance. Mas o que chamamos de amor romântico, ao contrário do que se pensa, não dá para ser resumido apenas em um relacionamento a dois, ou em uma emoção, e muito menos pelo que observamos na mídia.
A resposta está, como sempre, na educação e no conhecimento, no incentivo ao respeito e a comunicação, e é claro, na priorização da diversidade e da inclusão. Ao aprendermos mais sobre onde erramos, promovendo atitudes melhores, e chamando quem está de fora para participar da conversa, conseguimos desafiar ideais negativos que nos ensinam erroneamente o que é amar.
Neste período, as escolhas individuais começam a ser cada vez mais valorizadas. A partir disso, os desejos e sentimentos dos noivos passam a ser levados em conta para a realização dos casamentos.
Já o best seller Os sete maridos de Evelyn Hugo mostra como lidar com o amor romântico diante de uma sociedade extremamente preconceituosa.
O amor romântico, por sua vez, acontece quando as pessoas se relacionam na realidade. Isso acaba gerando uma série de decepções, pois o par romântico não irá corresponder ao amor inventado.
Além disso, o amor romântico frequentemente aparece como uma justificativa legítima para que as pessoas cometam atos de forma imprudente. Mudanças profundas e repentinas na personalidade também costumam ser facilmente explicadas pelo amor romântico.
Entretanto, há uma passagem bastante emblemática para a história do amor na literatura ocidental. Quando Dante chega ao paraíso, ele encontra Beatriz. A personagem foi criada a partir de uma mulher real, que de fato foi casada com Dante. Ela é sua companhia constante neste espaço, considerado como perfeito pela religião católica.
Dessa forma, o amor romântico recíproco é visto como uma relação onde os dois envolvidos conseguem crescer juntos. Além disso, o desenvolvimento do amor romântico está ligado ao companheirismo, à fraternidade e à solidariedade.
Embora o modelo de relacionamento romântico seja uma construção social, ele pode, sim, ser válido para algumas pessoas. Mas está longe de ser uma obrigação para todo mundo ou um pré-requisito para ser feliz.
A maioria dos contos de fada termina com um “felizes para sempre”, mas esses contos de fada quase sempre têm um protagonista vindo de uma família fraturada. Pelo menos um dos pais morreu, está desaparecido, ou há uma madrasta ou padrasto maus. Os contos de fada implicam que o amor romântico leva a casamentos felizes, mas mesmo assim as famílias retratadas são partidas. O paradoxo do amor nos contos de fada é que todo mundo é feliz para sempre, mas ninguém aparece feliz. O “felizes para sempre” do amor é sempre enfatizado, mas nunca mostrado.
Souberam, então, que Psique estava destinada a se casar com alguém que não era humano. Psique deveria ser levada até o alto de um morro, onde encontraria seu futuro marido. Apesar da preocupação dos pais, Psique se resignou e foi até o local indicado.
O conceito que temos hoje de amor romântico surgiu na Idade Média, na literatura e na cultura europeia. O “amor cortês”, como era chamado, enfatizava a devoção, admiração e reverência por uma mulher que era nobre e inalcançável. Diversas formas de expressões artísticas, incluindo o Romantismo, “cantavam” esse ideal, e falavam sobre um amor puro e transcendental, que inspirava um amante a ser alguém melhor. No entanto, assim como na Antiguidade, esse conceito não se traduzia nas formações de relacionamentos da realidade.
11) Uma capacidade surpreendente de empatia com os traços positivos do OL, enquanto que os traços negativos são vistos como “adoráveis”, até quase serem percebidos como traços positivo.
O século 18 marca o início da época de ouro das histórias de amor romântico na literatura. O romantismo, movimento cultural e artístico, surge justamente neste período. Trata-se de uma visão de mundo que está diretamente ligada à ideologia burguesa.
Caiu um pingo de cera no rosto de Eros, que despertou cheio de dor e de mágoa pela traição da esposa. Ele decidiu, então, cumprir a advertência que tinha feito na primeira noite. Eros abandonou Psique e, dessa forma, ela perdeu o marido e o direito de ficar no palácio.
O amor cortês consistia em idealizar a mulher, com gestos e palavras poéticas. Não havia qualquer pretensão de concretizar o sentimetno, ou seja, fazer sexo. O amor cortês era cheio de regras de conduta. Não por acaso, eram elaborados tratados com regras específicas.