Os primeiros grupos de milícias formados por policiais militares e outros agentes de segurança pública que se têm registro no Brasil, foram criados durante a ditadura militar (1964-1985). Eles tinham como justificativa o combate ao avanço do crime organizado e do tráfico de drogas nas grandes metrópoles.
As milícias cariocas já controlam 25,5% dos bairros do Rio de Janeiro, em um total de 57,5% do território da cidade. As três principais facções criminosas do tráfico de drogas —Comando Vermelho, Terceiro Comando e Amigos dos Amigos— possuem juntas o domínio de outros 34,2% dos bairros e 15,4% do território.
Comando Vermelho
Como o tráfico começou Em 1938, começo da ditadura varguista, outro decreto proibiu a produção, o tráfico e o consumo de entorpecentes, e a “toxicomania” se tornou doença passível de internação compulsória. Dois anos depois, o novo Código Penal fixou pena de reclusão de até cinco anos aplicada também a usuários.
O tráfico internacional de drogas, em alta escala, começou a expandir-se a partir da década de 1970, tendo tido o seu ápice na década de 1980. Esse desenvolvimento está estreitamente ligado à crise econômica mundial. ... As penas oriundas da repressão às drogas são mais danosos que os efeitos das drogas em si.
A maconha é conhecida como a primeira droga que chegou ao Brasil, trazida por escravos angolanos que vinham nas caravanas portuguesas que colonizaram o Brasil.
O psicanalista Sigmund Freud, que usava a droga em si próprio, foi o primeiro a promover amplamente a cocaína como um tônico para curar a depressão e a impotência sexual. Em 1884, publicou um artigo intitulado “Über Coca” (Sobre a Coca) que promovia os “benefícios” da cocaína, chamando-a de substância “mágica”.