A Caninha 51, cuja produção está com a família Müller desde 1959 e possui duas fábricas: uma em Pirassununga e outra no Cabo de Santo Agostinho, destilando 300 milhões de litros de aguardente por ano.
Uma das cachaças mais importantes da história nacional e uma das mais conhecidas pela população, a Cachaça 51 surgiu na década de 1950, época em que se vivam os chamados "Anos dourados". A comercialização da bebida se firmou no começo dos anos 1960 até que, em 1969, lançou-se a primeira garrafa de um litro da 51. O famoso slogan "51, uma boa ideia" foi um marco nos anos 1970, até que chegasse também a outros países, atravessando a barreira nacional.
A cachaça vem sendo produzida há mais de 500 anos por agricultores e empresários que mantêm a tradição de suas famílias e produzem ótimas bebidas. Do mesmo modo, a cada dia surgem novos engenhos, criados por empreendedores que enxergam na produção de cachaça um excelente negócio.
Apesar de conhecida no interior, a Pirassununga 51 só se tornou popular no fim dos anos 60, quando começou a ser comercializada em uma garrafa de vidro branca de 1 litro, similar a que é utilizada até hoje e que ganhou, entre o público, o apelido de “litro transparente”. Para garantir a demanda do mercado em expansão, que de São Paulo seguia para Goiás, Minas Gerais e Paraná, Guilherme Müller importou a mais moderna linha de engarrafamento da época.
Nos anos seguintes, a empresa expandiu, investiu na formação de equipes de vendedores e promotores, implantou novas estruturas organizacionais e escritórios comerciais em todas as regiões do Brasil e investiu em pesquisas de mercado para conhecer cada vez mais o seu consumidor. Na década de 90, a empresa mudou seu nome de Companhia Müller de Bebidas e deu início ao processo de exportação da marca 51, que no exterior foi batizada de Cachaça 51 e é reconhecida como um produto genuinamente brasileiro.
A expressão “uma boa ideia” representa algo para você? Para milhares de brasileiros, essa simples frase traduz o ato de encostar em um balcão de bar e pedir uma dose de cachaça, ou melhor, uma dose daquela cachaça que leva o número 51 grafado no rótulo. Foi deste modo que a cachaça Pirassununga 51 se tornou uma das bebidas mais famosas no Brasil e no mundo.
Desde que foi lançada, a Pirassununga 51 atribui aos seus consumidores uma qualificação especial, inserindo-os em um grupo de privilegiados que, ao pedir uma cachaça 51, têm sempre “Uma boa ideia”.
São produtores de cachaça e proprietários de engenho que se especializam na produção, mas que não conseguem completar as etapas do processo de criação e formalização de sua empresa e de sua marca de cachaça. Com isto, bons negócios se perdem e boas cachaças ficam “presas” às vendas clandestinas.
A atual Rua da Quitanda, no centro de São Paulo, era o Beco da Cachaça em 1822. O local era reduto de vendedores e compradores de cachaça. Mas, algum tempo depois, em 1847, a Câmara Municipal criou diversas burocracias para venda e consumo, e quem não seguia as regras podia até mesmo ir preso.
51 Ouro é obtida através de matérias-primas selecionadas e com os mesmos rigorosos processos de qualidade da Cachaça 51. 51 Ouro é um destilado sofisticado, com sabor e aroma inigualáveis, para quem sabe apreciar um produto mais que especial! Pode ser consumida pura ou nos mais diversos e sofisticados coquetéis.
A mais brasileira das cachaças é feita para ser degustada e apreciada em doses, drinks e até mesmo em receitas gastronômicas. Cada etapa do seu processo produtivo é feito cuidadosamente pela 51, desde o preparo do solo, passando pela escolha da cana até a destilação.
A tradicional cachaça 51 ou caninha 51 começou sua história pelas mãos dos irmãos Piccolo em 1951, em Santa Cruz das Palmeiras, interior de São Paulo. Os irmãos compravam a bebida de pequenos alambiques da cidade de Pirassununga, engarrafavam e vendiam na região. Existem diversas lendas sobre a origem do nome da cachaça 51. Alguns dizem que a bebida tem esse nome porque seus produtores eram supersticiosos e armazenavam a melhor aguardente da safra sempre dentro do mesmo barril, o de número 51. Outros, que 51 era a quantidade de doses que um mendigo de Pirassununga conseguiu tomar em um único dia. Existem ainda os que dizem que os irmãos Piccolo eram palmeirenses fanáticos e inicialmente colocaram o nome da cachaça de “Palmeiras 51“, em homenagem ao título da Taça Rio que o clube conquistou nesse ano. Porém, a verdade, é que o produto tem este nome porque foi lançado no ano de 1951.
O ardor causado pelo contato dos ferimentos com a cachaça teria dado o nome de “aguardente” para esse mesmo derivado da cana de açúcar. Essa seria a explicação para o descobrimento dessa bebida tipicamente brasileira.
É um tipo de aguardente boliviano chamado cocoroco, que possui 96% de teor alcoólico. Essa é a concentração máxima de álcool que pode ser obtida por meio da destilação (tentar destilar álcool 96% resulta apenas em mais álcool 96%).
Desde 1978, a Cachaça 51 se tornou um clássico na lembrança dos brasileiros com o slogan "51 - uma boa ideia". A boa ideia, na verdade, foi da ex-publicitária Magy Imoberdorf, atualmente artista plástica, que criou o slogan. "Nos primeiros cinco anos, eles não sabiam que era uma mulher que tinha bolado a frase", conta.
A graduação alcóolica da cachaça vai de 38% a 48% e a vodka fica na média de 40%. A cachaça possui uma legislação que determina com precisão alguns padrões de qualidade e fabricação que ela precisa cumprir para ser uma cachaça.
O empresário Luiz Augusto Müller, dono de 33% do capital da empresa e herdeiro da companhia fundada por seu pai (Guilherme Müller Filho, que morreu em 2005), luta na Justiça contra o irmão e acionista majoritário (com fatia de 42%), Benedito Müller, a ex-cunhada Regina Beatriz Berreta, a sobrinha Sarah e até a filha ...
Atualmente a marca é exportada para mais de 55 países, como Chile, Portugal, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Itália, Suíça e Japão com o nome oficial de Cachaça 51. A 51 é a quarta bebida destilada mais vendida e consumida do mundo. No maior mercado consumidor do país, a Grande São Paulo, a Pirassununga 51 chega a ser responsável por mais de 50% do total consumido.