O Que A Fase Alfabtica?

O que a fase alfabtica

Emília Ferreiro, uma psicóloga e pesquisadora, estudou por vários anos a teoria de Piaget. Ela buscava entender como um determinado sujeito aprende. O principal foco de suas pesquisas era descobrir se para aprender a escrever, o indivíduo utiliza dos mesmos recursos ativos e criativos estudados por Jean Piaget.

Dessa forma, com atividades que promovem a reflexão a respeito das palavras e do que elas são “compostas”, os alunos poderão avançar para uma hipótese silábica. “A partir do momento que a criança compreende que a escrita representa a fala, ela está começando a desenvolver a consciência fonológica [veja o miniglossário a seguir], percebendo que a escrita representa os sons”, explica Mazé Nóbrega, formadora de professores e consultora pedagógica desta reportagem.

Nesse post, vamos abordar os níveis de escrita na alfabetização em cada fase e a importância de compreender e acompanhar a criança nessa etapa. Esse é o post de hoje. Boa leitura!

Esse nível é a transição do nível silábico para o alfabético. No nível silábico alfabético que é a fonetização da escrita. Tem início quando a criança percebe que existe uma relação entre o que se fala e o que se escreve. Nesse estágio a criança escreve as palavras utilizando em algumas sílabas apenas uma letra para corresponder e em outros casos a sílaba inteira.

Por isso, nos anos 80, houve uma grande revolução sobre qual o conceito utilizado na hora de aprender a escrever. Em sua primeira obra, a autora relatou que antes mesmo de entrar para alguma escola, a criança já inicia o aprendizado da escrita.

Nível alfabético – reprodução dos fonemas

Nível alfabético – reprodução dos fonemas

Nesse nível a criança se apropria do processo de escrita e já compreende a relação das emissões sonoras com as letras para representá-las através da escrita. Depois que a criança alcançar esse nível os desafios enfrentados serão com a ortografia.

No decorrer do processo a criança passa por vários níveis de escrita na alfabetização. Segundo Emilia Ferreiro e Ana Teberosky no livro sobre: “Psicogênese da Língua Escrita” a criança traz consigo um repertório e passa por um processo que deve ser levado em consideração durante o desenvolvimento da linguagem escrita.

O segundo passo é em relação ao método. “Não há um método único que resolva tudo. Os professores têm de lançar mão de todas as estratégias possíveis”, aponta Isabel Frade, presidente da Associação Brasileira de Alfabetização (ABAlf) e pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Como estimular as crianças nas fases da alfabetização?

“Magda Soares tinha as casinhas em que as crianças colocavam as sílabas que iam aprendendo de forma significativa. Não para formar as famílias silábicas, mas para saber que aprenderam o BA e o PA, por exemplo. Até que tinham todas as sílabas na ordem que aprenderam”, completa Isabel. 

O nível pré-silábico é o primeiro dos quatro níveis de escrita. Nele a criança inicia seu processo de distinção entre desenho e escrita. Nesse período, ela ainda não conhece direito o alfabeto, mas já percebe que a escrita representa o que ela diz, mesmo que ainda se expresse por meio de rabiscos e desenhos.

Leia esta reportagem para entender outros termos e explicações importantes a respeito do processo de alfabetização.

Como começar o processo

<strong>Como começar o processo</strong>

Essas propostas sempre surgem em contextos sociais de escrita, assim como Magna e Caroline fazem. “Tudo tem de ser contextualizado. Eu apresento o todo. Por exemplo, eu trabalhei a cantiga Galinha do vizinho. Cantamos duas ou três vezes até eles memorizarem a letra. Depois, fui para algumas partes [focando em palavras que começavam com determinada letra]”, lembra Ermita. A estratégia pode ser utilizada com textos de outros gêneros que tenham sido compartilhados com as crianças.

A avaliação diagnóstica é o passo inicial para qualquer discussão a respeito de práticas docentes, especialmente quando falamos de alfabetização. 

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Cada fase é uma etapa. É importante também compreender que a criança passa por um processo na fase de alfabetização. Por isso, é fundamental acompanhar a criança em cada estágio.

Entre os desafios encontrados, Magna destaca o próprio desenvolvimento da consciência fonêmica [habilidade que consiste em conhecer e manipular intencionalmente a menor unidade fonológica da fala, o fonema]. “As crianças não precisam da minha voz, e elas também podem falar para escrever. Quando ganham confiança para fazer isso e aprendem a dividir a palavra em sílabas, elas conseguem transmitir isso para a escrita e avançar”, observa.

Na fase de alfabetização, a criança passa por quatro níveis de escrita. Confira agora quais esses níveis e como a criança se desenvolve neles.

“É um pontapé inicial, a forma que entendem hoje que se dá a escrita”, destaca. Posteriormente, ela questiona o que eles escreveram e assume o papel de escriba. Os alunos têm então a oportunidade de comparar e refletir sobre a escrita e perceber que ela se faz por meio das letras. 

O trabalho centrado em textos não quer dizer que o professor não vá passar por todas as sílabas ou letras. Essas aprendizagens devem ser garantidas e sistematizadas para acompanhar o que as crianças já sabem e o que ainda precisam trabalhar – mapeamento que ajuda a direcionar a escolha dos textos e das atividades seguintes. 

Nível silábico-alfabético: relacionando sílabas e letras

“As crianças propõem o que pode ser, como uma padaria ou um supermercado. Como vivemos em uma sociedade em que a palavra está sempre presente, pensamos em quais placas precisamos ter. Então temos essas escritas mais orgânicas”, finaliza.

Livro – Metodo Dom Bosco de Educacao de Base

Caso ainda houver dificuldade, uma estratégia é dar pistas ou propor que procurem palavras de referência na sala – no caso de haver no mural uma lista de nomes e uma das alunas chamar MAria, por exemplo, já vão encontrar mais uma palavra. 

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Nessa fase a criança conhece o valor sonoro de algumas ou todas as letras e consegue agrupá-las formando sílabas.  Estando nesse nível não quer dizer que a criança já saiba ler e escrever corretamente. Ainda escrevem: Xinelo, Coziha, caza, etc

Nessa fase, pode também ser dividida em dois níveis: o primeiro, silábico sem valor sonoro, onde a crianças representa cada sílaba por uma letra qualquer, sem nenhuma relação com o som que ela representa. O segundo é o silábico com valor sonoro onde em cada sílaba é representada por uma vogal ou consoante que expressa o som correspondente.

Quais as características da leitura crítica ou reflexiva?

Leitura crítica ou reflexiva – é quando o leitor concentra-se nos aspectos mais relevantes do texto, sendo capaz de separar as idéias secundárias da idéia central. Essa é uma fase que requer reflexão que pode ser obtida por meio da análise, comparação, diferenciação, síntese e julgamento das idéias do autor da obra.

O que é fazer uma leitura crítica?

A leitura crítica envolve a apresentação de um argumento fundamentado que avalia e analisa o que foi lido. Ser crítico, portanto, no sentido acadêmico, significa avançar seu entendimento e conhecimento.

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Leitura interpretativa. É a interpretação sobre um determinado texto,frase ,livro ,dentre outros.

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A leitura interpretativa possibilita ao aluno: Captar o conteúdo implícito do texto. ... Decodificar e interpretar o texto. Analisar o conteúdo profundo do texto.

O que é tipo de leitura?

A leitura pode ser em silêncio ou em voz alta, assim como ter certos enfoques particulares, como a rapidez na procura por uma informação ou a captação e compreensão daquilo que se lê, diversificando-se os tipos de leitura, dependendo do foco ao qual esteja destinado e inclusive do assunto que é tratado.