Quando O Autismo Foi Considerado Uma Doença?

Quando o autismo foi considerado uma doença

Você sabia que autismo não é uma doença mental? Embora muitas pessoas ainda pensem que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma enfermidade, nada verdade não é. Essa confusão acontece porque relacionam o fato do transtorno ser desde o nascimento da criança até o fim da vida.

1994

Agora, a nova versão da classificação une todos esses diagnósticos no Transtorno do Espectro do Autismo CID – 11: [sob o código 6A02], as subdivisões passaram a ser apenas relacionadas a prejuízos na linguagem funcional e deficiência intelectual.

Entretanto, só, após de sua descrição em 1943 por Leo Kanner nos Estados Unidos e Hans Asperger em 1944 na Áustria é que ela passou a ser considerada como um transtorno mental.

O que pode ser considerado autismo?

O que pode ser considerado autismo?

– Transtorno é quando a saúde está alterada, mas não está associada a uma doença. Geralmente, está ligada à saúde mental e envolve casos relacionados ao cérebro. O termo é usado para descrever anormalidades ou comprometimentos de ordem psicológica e mental.  Destacam-se o Transtorno Bipolar,  o Transtorno Obsessivo Compulsivo e o Transtorno de Personalidade.

Esse é um motivo mais do que justo para que eles recebam a devida orientação parental e saibam como lidar com os comportamentos desafiadores no dia a dia. Até porque é cientificamente comprovado que a presença da família e a educação dos pais traz resultados mais efetivos para a intervenção da criança no TEA.

Disability, autism and neurodiversity

Ele era visivelmente inteligente, fazia cálculos matemáticos com facilidade, mas de forma um tanto estranha. Se a mãe lhe perguntava: quanto é 10 menos 4? – Ele desenhava um hexágono.

O objetivo deste estudo foi revisar historicamente os conceitos do Autismo Infantil e da síndrome de Asperger. Por meio de revisão de literatura os autores buscaram mostrar as modificações, ao longo do tempo, das concepções teóricas e das descrições clínicas destes quadros.

1965

1965

Barbara, que tinha 8 anos quando chegou ao Johns Hopkins, dominava um vocabulário oral medíocre aos dos anos, mas era muito boa na soletração, na leitura e na escrita.

Até a década de 80, alguns autores encontravam-se reticentes quanto ao uso deste diagnóstico(21-22). No entanto, outros passaram a defender a validação da síndrome de Asperger como entidade nosológica, demonstrando que, com a distinção dos quadros, o suporte às famílias bem como o direcionamento terapêutico, seriam mais eficazes e abrangentes(23-25). Pelo menos dois critérios foram considerados imprescindíveis para o diagnóstico diferencial: o período de aquisição da fala e a idade de identificação do diagnóstico.

Esses referenciais para a hipótese etiológica foram, de certo modo, precursores de duas abordagens teóricas distintas para o estudo do Autismo Infantil, ainda hoje motivo de controvérsias.

2007

Autismo não é uma doença, e nem existe cura para “sair do espectro”. Mas, ao contrário disso, existem muitas possibilidades de desenvolvimento e para que cada criança conquiste autonomia e independência de acordo com suas singularidades.

De acordo com o último Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), o Transtorno do Espectro do Autismo “é definido pela presença de déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, atualmente ou por história prévia”. Além disso, apresentam padrões restritos e repetitivos de comportamento. Por isso, apresentam comportamentos sensoriais incomuns, interesses restritos, fixos e intensos.  No dia a dia, essas mudanças e situações novas geram medo, ansiedade, irritabilidade e podem causar crises e choros.

O termo foi usado pelo médico suíço Eugen Bleuler em 1912 para descrever o comportamento de algumas pessoas posteriormente diagnosticadas como esquizofrênicas, as quais eram desapegadas de tudo, exceto de seu mundo interno.

2013

Em 1975, a Union of the Physical Impaired against Segregation (UPIAS) publica um texto seminal, Fundamental Principles of Disability, que lançará as bases do chamado " modelo social da deficiência" (social model of disability). A novidade teórica fundamental é a divisão entre " lesão" (impairment) e " deficiência" (disability). Enquanto a primeira remete à condição física da pessoa, a deficiência por sua vez faz referência a um vínculo imposto por uma sociedade sobre o indivíduo com alguma lesão: Nossa posição acerca da deficiência é bastante clara e coerente com os princípios acordados. Na nossa opinião, é a sociedade que desabilita pessoas com alguma lesão física. A deficiência é algo imposto sobre a lesão. A propósito, nós somos desnecessariamente isolados e excluídos de uma participação completa na sociedade. Por isso, pessoas com deficiências constituem um grupo oprimido na sociedade1. A dicotomia " lesão/deficiência" (impairment/disability) é construída de maneira análoga à dicotomia " sexo/gênero" , sendo o primeiro um atributo biológico e o segundo, uma construção social2.

Em 1944, Asperger(2) propôs em seu estudo a definição de um distúrbio que ele denominou Psicopatia Autística, manifestada por transtorno severo na interação social, uso pedante da fala, desajeitamento motor e incidência apenas no sexo masculino. O autor utilizou a descrição de alguns casos clínicos, caracterizando a história familiar, aspectos físicos e comportamentais, desempenho nos testes de inteligência, além de enfatizar a preocupação com a abordagem educacional destes indivíduos.

O autismo foi reconhecido como um transtorno de desenvolvimento e incorporado ao DSM em 1980 como um distúrbio que afetava múltiplas áreas de funcionamento do cérebro. E, apenas em 1993, que a síndrome foi adicionada à Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde.

O que o autismo não é?

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o autismo não é uma doença e sendo assim, também não tem cura. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro que afeta a forma como uma pessoa percebe o mundo e se socializa.

1988

A síndrome do autismo foi descoberta simultaneamente, na década de 1940, por dois médicos de origem austríaca, que trabalhavam separadamente: Leo Kanner, erradicado nos Estados Unidos, e Hans Asperger, que permaneceu na Europa durante o período da Segunda Guerra Mundial.

Como um dado anedótico, nesse momento o Movimento Gay tinha uma grande vitória sobre a psiquiatria ao conseguir que tiraram o homossexualismo do DSM, pois antes de 1980 era considerada uma doença mental.

O que é TEA doença?

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e ...

É possível curar o autismo?

O autismo não tem cura, mas é tratado por meio do acompanhamento de diversos especialistas, como psicoterapeutas e fonoaudiólogos, em um processo que costuma ser árduo para o paciente e familiares.