Se você já é versado na internet e nos quadrinhos há muito tempo, já deve ter visto uma questão recorrente nas brigas de fãs: afinal, quem é melhor: a Marvel ou a DC? Pois bem, é difícil trazer uma resposta definitiva para isso – até porque, no fim do dia, não há uma editora melhor que a outra, e ambas têm suas próprias forças e limitações, dentro do escopo das histórias de super-heróis.
No entanto, o conceito de Universo Compartilhado em Histórias em Quadrinhos surgiu nas páginas da DC, com A Sociedade da Justiça da América em 1940. Depois da Era de Prata, a editora passou a focar nas histórias individuais de cada um deles. De maneira singular, a DC costuma estabelecer grandes nomes e mais tarde, quem sabe, integra-los em alguma super equipe.
Basta pensar no Homem-Aranha, que encapsula esse conceito de modo brilhante - ele é um estudante que não tem dinheiro, precisa lidar com o peso de suas responsabilidades e manter sua tia idosa segura, ao mesmo tempo em que luta contra o crime e toma, de vez em quando, atitudes consideradas "questionáveis".
Já a Marvel brinca muito mais com as próprias imperfeições dos heróis, que os levam muitas vezes a brigarem mais entre eles do que efetivamente contra grandes tiranos ou ameaças cósmicas. Exemplo disso são duas Guerras Civis e até a Invasão Secreta, que colocou uns contra os outros.
Provavelmente os dois lutadores mais poderosos são o ‘Protégé’ da Marvel e ‘A Presença’ da DC. A Presença é basicamente o Deus do Universo DC, enquanto Protégé é uma entidade cósmica que pode imitar os poderes de outras entidades.
Bem, tem gente que não sabe: a DC é a casa de Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Lanterna Verde, Liga da Justiça, etc. Já a Marvel tem como principais personagens Homem-Aranha, Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Capitã Marvel, Vingadores, entre outros.
Além disso, várias equipes se dividem em "subgrupos" que possuem ligação com a equipe central e podem interagir com outros times, mas nem sempre isso é necessário. Basta pensar em como os Vingadores, o Quarteto e os X-Men possuem, os três, suas "subdivisões juvenis": os Jovens Vingadores, a Fundação Futuro e os Novos Mutantes.
O escritor Geoff Johns até mesmo brincou com a possibilidade de um encontro entre a Marvel e a DC em uma “Crise Secreta”, na minissérie Relógio do Juízo Final.
Globalmente, a Casa das Ideias é mais lembrada em 51 países, enquanto a DC fica em melhor posição em nove países — com volume de informações da Marvel mais procurado em 85% do conteúdo avaliado pelo levantamento. A maior razão para isso seria o sucesso massivo da Marvel no cinema e, agora no streaming, com campeões de bilheteria e audiência, a exemplo dos filmes dos Vingadores e das séries WandaVision e Falcão e o Soldado Invernal.
Fonte: Game
Desde a década de 80, com a entrada de Alan Moore nas histórias do Capitão Britânia, temos a noção de que o "universo principal" da Marvel é um entre milhões de realidades em uma vasta teia que está em constante expansão. Não é à toa que o universo ganhou a alcunha de Terra-616, o que por si só já demonstra como, apesar de ser a realidade que mais vemos nos quadrinhos, não é o "ponto de partida" do Multiverso.
Enquanto a DC Comics sempre priorizou a magia e os seres sobrenaturais, a Marvel até trouxe alguns conceitos místicos - como toda a mitologia por trás do Thor e de Asgard -, mas seu foco maior sempre foi em tramas de ficção científica. Foi assim que se estabeleceram as bases de personagens como o Quarteto Fantástico, os X-Men e os Guardiões da Galáxia.
Não são apenas os heróis da Marvel que são figuras mais identificáveis e humanas, mas os vilões também! Ao longo dos anos, a editora optou por não seguir a risca o conceito de "mal absoluto", e boa parte dos antagonistas das histórias possuem motivações muito compreensíveis, como Magneto, por exemplo. Nesse sentido, a editora está sempre borrando o conceito de bem e mal nas suas histórias.
Além disso, o preço dos quadrinhos estava em U$ 3,99. Os preços dos quadrinhos foram subindo mais rápido do que a inflação brasileira e os leitores começaram a evitar a colecionar mais de uma série mensal. Então a DC anunciou cortes de preços em 2011 pra todos os seus quadrinhos, o que pegou a Marvel de surpresa.
A verdade é que a Marvel criou uma identidade visual sólida que é utilizada desde nos filmes de ação e aventura até os com pinceladas de horror, por isso, o estúdio falha na diversidade estética. Diferente da DC Studios, que já apresentou produções com intuitos específicos, públicos determinados e universos distintos. Tudo isso garantiu pôsteres que vão desde o colorido e divertido de Aves de Rapina até os tons alaranjados e sombrios de The Batman.
A Marvel é a casa de grandes feiticeiros e magistas. Doutor Estranho, Feiticeira Escarlate, Magia, até mesmo Tempestade já mostraram a extensão de seus poderes. Porém, esse universo parece ser pouco explorado nas páginas dos quadrinhos e do cinema. Já a DC tem uma grande diversidade de estilos mágicos.
Claro, há cenários fictícios nas histórias da Marvel, como o reino africano de Wakanda ou a Latvéria, por exemplo. Mas esses lugares existem em um mesmo universo que as cidades que conhecemos, o que torna todo esse universo mais verossímil, sem que cada herói tenha um próprio lar fictício, como Gotham, Metrópolis ou Star City.
“Oh, o Universo estava em risco”, você argumenta. Sim, então por que um dos únicos super-heróis sem nenhum super-poder do Multiverso salvou toda a existência? Aceitemos o fato: Batman é mais legal em Gotham City do que na Liga da Justiça.
Você já cagou nas calças? Alguma vez você já cagou tanto que, mesmo numa observação ignorante, qualquer um diria que você lotou suas calças com merda? Bem, a Marvel pensa que tem as maiores calças do mundo. Ela tem um monte de merda saturando suas calças e está trabalhando muito duro pra ter certeza de que isso aconteça.