Qual Era A Origem Dos Francos?

Qual era a origem dos francos

Os francos formavam uma das tribos germânicas que adentraram o espaço do Império Romano a partir da Frísia como federados e estabeleceram um reino duradouro na área que cobre a maior parte da França dos dias de hoje e na região da Francônia na Alemanha, formando a semente histórica de ambos esses países modernos.

O que eram os condados e as marcas do Reino dos Francos?

Não se sabe ao certo quando os franceses deixaram de se considerar francos. Pelo menos até o século XIII, os reis franceses da dinastia capetíngia se denominavam ainda como francos. O primeiro registro de Rei da França que se tem notícia está em um documento do Rei Felipe II, de 1204.

A morte de Clotário I levou a uma nova rodada de conspirações, guerras civis e assassinatos, alimentados pela rivalidade entre a Rainha Brunhilda da Austrásia (*c.543 +613) e a Rainha Fredegunda da Neustria (+597). O conflito durou décadas e passou a guerras entre os filhos e netos dessas rainhas até 613, quando a Rainha Brunhilda foi finalmente derrotada e executada pelo Rei Clotário II (rein. 584-629), o filho de Fredegunda. Clotário II reuniu a Francia e adotou o antigo título de Clovis, “Rei de Todos os Francos”, porém sua vitória teve um pesado custo. Para assegurar sua posição, ele foi forçado a oferecer maciças concessões à nobreza. O Édito de Paris de 614, codificou os tradicionais direitos da aristocracia e descentralizou o poder para as mãos das elites regionais. O poder do prefeito do palácio (grosseiramente equivalente a um primeiro-ministro) também foi elevado e, em 617, esses prefeitos passaram a ser indicados para o cargo de maneira vitalícia e tinham a permissão de legislar nos próprios reinos. Como a intelectual Susan Wise Bauer observa, Clotário II fez um “acordo do Diabo” com essas concessões, assegurando seu próprio poder às custas da autoridade da coroa merovíngia (251).

De estudante para estudante

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Carlos Magno empreendeu ações políticas que marcaram o auge do Reino dos Francos. Entre os diferentes povos responsáveis pela invasão do Império Romano do Ocidente, os francos destacam-se por estabelecer um governo centralizado na Europa, entre os séculos V e IX.

O filho de Clotário II, Dagoberto I (rein.623-639), governou como o último rei merovíngio a exercer uma significativa autoridade real. Apesar dos merovíngios continuarem a reinar por mais de um século após a morte de Dagoberto, a autoridade possuiriam foi gradualmente reduzida pelos prefeitos do palácio, os quais logo se tornaram o verdadeiro poder por trás do trono. O declínio do poder merovíngio levou o cronista Einhard a se referir aos últimos governantes merovíngios como “rois fainéants” ou reis que nada

Conteúdo

Em 25 de dezembro de 800, ele foi coroado Sacro Imperador Romano pelo Papa Leão III (pont. 795-816). Provavelmente uma tentativa do papado em implantar controle sobre Carlos Magno, a coroação serviu, também, para reforçar o prestígio carolíngio e o poder franco na Europa Ocidental e Central. O Império de Carlos Magno, posteriormente conhecido como Império Carolíngio, estendia-se do Norte da Espanha à Hungria e era amplamente dominado pelos francos. Coincidiu com um período de atividade cultural conhecida como Renascença Carolíngia, quando se viu um aumento na produção na literatura, nos escritos, na música, na jurisprudência e nos estudos escriturais.

Os francos formavam uma das tribos germânicas que adentraram o espaço do Império Romano a partir da Frísia como federados e estabeleceram um reino duradouro na área que cobre a maior parte da França dos dias de hoje e na região da Francônia na Alemanha, formando a semente histórica de ambos esses países modernos.

Os francos constituíam um povo germânico, com origem ao longo do Rio Reno inferior e que se dirigiram para a Gália durante a Era da Migração, onde se fixaram e criaram um dos mais poderosos reinos na Europa após o fim do Império Romano do Ocidente. A influência que tiveram, com ápice sob o reinado de Carlos Magno (*742 +814), ajudou a definir o mapa da Europa a partir da Idade Média.

Sobre o autor

Sobre o autor

Como sua religião, a língua franca, também, teve início como germânica antes de sua gradual romanização. A língua original era um dialeto do Oeste da Alemanha, diferente tanto do gótico, ou do Leste da Alemanha, e do antigo nórdico, ou do Norte da Alemanha (James, 31). Quando os francos se fixaram na Bélgica e no Nordeste da Gália, eles se mesclaram com as populações galo-romanas, com consequentes alterações linguísticas para ambos os grupos de pessoas. No norte da Bélgica, na Holanda e Alemanha, onde a presença dos francos foi mais significativa, as pessoas passaram a falar línguas influenciadas pelo germânico, as quais evoluíram para o holandês antigo e o flamengo. Na moderna França e Sul da Bélgica, onde os francos não exibiram, posteriormente, uma presença permanente, floresceram as línguas românicas como o valão e o francês arcaico. Esta barreira linguística, definida pelos primeiros assentamentos dos francos, ainda é visível hoje em dia.

O Império Carolíngio organizou-se em unidades político-administrativas chamadas condados e marcas. A maior parte das terras imperiais estava dividida em condados, cujos administradores — os condes — eram diretamente nomeados pelo imperador e a ele ligados pelo juramento de fidelidade.

Índice

Pepino morreu em 768, época em que as terras francas foram divididas entre seus filhos, Carloman I (rein. 768-771) e Carlos, este último melhor conhecido como Carlos Magno (rein. 768-814). Os dois irmãos governaram conjuntamente como co-reis até a morte de Carloman em 771, quando Carlos Magno tornou-se o único rei dos francos. De sua corte em Aachen, Carlos Magno governou com o apoio da aristocracia franca e da Igreja medieval, muito embora estivesse quase sempre em campanha. Em 774, ele conquistou os lombardos e assumiu o título “Rei dos Francos e dos Lombardos”. Realizou campanhas contra os bascos nos Pirineus, os sarracenos na Espanha e os avaros na Hungria. Essas conquistas aconteceram com grande dificuldade, como exemplificado pelas Guerras Saxônicas, nome dado à penosa conquista de Carlos Magno da Saxônia, que durou, intermitentemente, de 772 a 804. Apesar da longevidade do conflito, Carlos Magno venceu e incorporou a Saxônia ao seu reino e converteu, à força, os saxões pagãos ao cristianismo. Quando de sua morte em 814, Carlos Magno havia dobrado o tamanho do reino franco.

Porém a morte do general romano Flavius Aetius, em 454 d.C., assinalou a desintegração da autoridade romana na Gália, permitindo a grupos francos, como os salianos, a ascenderem ao poder. Ao oferecer proteção e trabalho à população galo-romano local, situações que não poderiam ser garantidas por Roma, os salianos foram capazes de solidificar o poder que tinham no Nordeste da Gália. Sob o reinado de Childerico I (rein. 458-481), o primeiro rei da Dinastia Merovíngia, os salianos se estabeleceram como o mais poderoso dos pequenos reinos francos espalhados por toda a Gália e, quando da morte de Childerico em 481 d.C., as bases estavam lançadas para seu filho e sucessor, Clovis I, para conquistar a Gália e unir todos os francos sob seu governo.

Quando Carlos Magno morreu em 814, seu império (muitas vezes considerado a fase inicial do Sacro Império Romano) teve como herdeiro seu único filho sobrevivente, Luiz, o Piedoso (rein. 813-840). Três anos após a morte de Luiz em 840, o império foi dividido em três distintos reinos para impedir uma guerra civil entre seus filhos. Estes reinos eram Frância Leste, Frância Média e Frância Oeste. Estes reinos persistiram até o declínio da Dinastia Carolíngia no ponto em que a Frância Leste se tornou o Reino da Germânia, o Reino da Frância Oeste veio a ser o Reino da França e a Frância Média passou a ser os Reinos da Itália e da Lotaríngia. Embora o termo “francos”, após esse ponto continuasse a ser usado, não mais tinha uma definição étnica, mas foi usado para se referir mais amplamente aos Católicos Europeus Ocidentais. Durante as Cruzadas, por exemplo, os Cristãos Ortodoxos Orientais e os muçulmanos referiam-se aos cruzados da Europa Ocidental e central como “francos” e “latinos”.

Lista de exercícios

Antes uma fraca confederação de tribos germânicas situadas ao longo do Reno Inferior, os francos atingiram o auge do poder e influência tanto que, durante certo tempo, seu nome tornou-se sinônimo de Europeus Ocidentais. Apesar de terem sido vistos, inicialmente, pelos romanos como “bárbaros” não civilizados, os francos avançaram para influenciar o desenvolvimento da Europa, linguisticamente, juridicamente, culturalmente e religiosamente e mesmo substituíram os próprios romanos como os novos imperadores no Ocidente, após a coroação de Carlos Magno. Certamente os francos desempenharam papel significativo na Idade Média Inicial e no nascimento de alguns estados europeus.

Os francos mantiveram a indústria e a manufatura dos romanos e dos germânicos, bem como a arte e a arquitetura. Após a morte de Clóvis, o reino foi dividido entre seus quatro filhos, o mais velho, Teodorico I, controlou a margem oeste do Mar do Norte até a região dos Alpes.

Os povos francos eram constituídos por um grupo de tribos germânicas que habitavam o baixo e o médio Rio Reno por volta do século III d.C. Os francos foram a organização política mais poderosa da Europa Ocidental após a queda de Roma. ... O reino dos francos foi responsável por redesenhar a Europa.

Quais fatores motivaram a aliança entre Clóvis e a Igreja Católica?

Resposta. O principal fator foi a esposa de Clóvis, Clotilde, oriunda de uma família católica. Clotilde persistiu para que Clóvis se convertesse para o catolicismo, e depois de muita insistência, Clóvis acabou tornando-se cristão, unindo cada vez o poder monárquico com o religioso.

Qual a influência da Igreja e dos militares na administração?

Influência da Igreja Católica Através dos séculos, as normas administrativas e princípios de organização pública foram-se transferindo das instituições dos Estados para as instituições da nascente Igreja Católica e para as organizações militares.

Qual é a importância da Igreja na Idade Média?

A Igreja Católica teve papel preponderante na formação do feudalismo; além de grande proprietária de terras, estruturou a visão de mundo do homem medieval. ... Tal fato a tornou herdeira da cultura clássica, pois no universo medieval a Igreja Católica monopolizava o conhecimento.

Qual foi a importância social e política da Igreja na Idade Média?

Além de se destacar pela sua presença no campo das ideias, a Igreja também alcançou grande poder material. Durante a Idade Média ela passou a controlar grande parte dos territórios feudais, se transformando em importante chave na manutenção e nas decisões do poder nobiliárquico.