O aleitamento materno é uma das prioridades do Governo Federal. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe. Depois dos 6 meses, a amamentação deve ser complementada com outros alimentos saudáveis e de hábitos da família, mas não deve ser interrompida.
Se a mulher se queixa de dores nas mamas, muitas vezes pode estar relacionada a pega incorreta do bebê devido seu posicionamento incorreto. O posicionamento correto da criança facilita o ato de sucção, diminuindo lesões mamárias, ingurgitamento, mastite, auxilia na regulação da produção de leite e várias outras vantagens que venham a promover um desenvolvimento saudável do bebê.
É importante que as mães tenham entendimento que o aleitamento materno é importante, sendo essencial para o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido, para que ele possa ter de fato um desenvolvimento saudável, ao mesmo tempo em que, o leite materno tem todos os nutrientes necessários, assim como os linfócitos e imunoglobulinas, pois estes são importantes, pois proporciona ao bebê combater infecções, além de proteger de outras doenças crônicas (NABATE et al., 2019).
O leite humano é essencial para todos os bebês, em especial para a saúde e sobrevivência de bebês prematuros e de baixo peso (com menos de 2.500gr), que estão internados nas unidades neonatais do Brasil e não conseguem sugar o peito de suas próprias mães.
Mesmo em regiões mais secas e quentes, não é necessário oferecer água para os bebês com menos de seis meses, pois o leite materno possui toda a água necessária para a hidratação. Em dias quentes, a criança poderá mamar com mais frequência para matar a sede.
O leite materno permite a criança crescer de forma saudável, assim possibilitando um excelente desenvolvimento, possui nutrientes suficientes, contém linfócitos e imunoglobulinas, estes responsáveis para a imunização à criança, onde combate e protege de infecções, como também doenças crônicas.
A taxa da mortalidade infantil no Brasil vem crescendo novamente. No ano de 2016, a taxa de mortalidade foi de 14 mortes por mil habitantes. De acordo com o Ministério da Saúde, o aumento da última taxa nacional de mortalidade ocorreu em 1990. As mortalidades infantis são mais atingidas nas regiões pobres, os fatores que contribuem esta mortalidade são: ausência de assistência e de orientação às mulheres grávidas, essa deficiência na assistência hospitalar direcionado aos recém-nascidos também contribuem para o aumento de mortalidade.
O objetivo da iniciativa é informar a população sobre a importância do aleitamento materno e incentivar mulheres a amamentar até os 2 anos ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses da criança, mesmo em casos de Covid-19. A publicidade será veiculada em sites, redes sociais e páginas da internet no período de 30 de julho a 15 de agosto.
PAULA, Francielle Morais de; SOUZA, Neury Ely Justiniano de. Atuação do enfermeiro na promoção do aleitamento materno: revisão integrativa. Anais do 9º Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017.
Na abertura do evento, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, enfatizou o papel do Ministério no incentivo ao aleitamento materno. "Cabe a gente, como Governo Federal, fortalecer cada vez mais essa iniciativa para que todas as mães possam amamentar. Amamentar é preciso. Só assim teremos uma geração mais forte e resistente", disse Câmara.
O Brasil também conta com 222 bancos de leite humano e 219 postos de coleta. Com essa ampla rede, em 2020, cerca de 181 mil mulheres doaram mais de 226 mil litros de leite materno e até junho de 2021, 92 mil doadoras já arrecadaram 111,4 mil litros.
Desde 1981, o Ministério da Saúde coordena estratégias para proteger e promover a amamentação no Brasil. Atualmente, a Pasta repassa R$ 18,2 milhões para os Hospitais Amigos da Criança por ano, que cumprem os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno. Hoje, o país tem 301 Hospitais Amigos da Criança em todos os estados e Distrito Federal.
A mãe precisa ser orientada quanto à forma adequada para amamentar o seu bebê, a orientação é tão fundamental, que está permite orientar as mães a forma correta de posicionar o bebê, assim não sofrendo dores nas mamas e até mesmo sangramentos (FIGUEIREDO et al., 2018).
Percebe-se que, o aleitamento exclusivo até os seis meses de vida é fundamental para a saúde do bebê, como para a mãe, mas inúmeros entraves que impossibilita o oferecimento do leite materno para o bebê. É de fato que a mãe precisa se conscientizar sobre a importância do leite materno, mas é relevante também que haja orientações sobre esta importância no pré-natal e pós parte, um acompanhamento mais próximo, com orientações corretas são uma grande alternativa para estimular as mães sobre o aleitamento materno (FIGUEIREDO et al., 2018).
Em muitos casos a mulher pode apresentar fissuras mamarias devido o aleitamento materno, como forma de prevenção é crucial a orientação profissional em relação aos cuidados com a mama, como buscar manter as mamas sempre secas depois do aleitamento, ofertar as primeiras mamadas no peito menos acometido, manter os seios expostos a luz solar para fortalecer os tecidos areolar e mamilar (OLIVEIRA et al., 2017).
Uma dificuldade que pode ser mencionada para a questão da amamentação, é sobre as mães retornarem aos seus trabalhados após a licença-materna, uma vez que, esta licença é inferior quanto ao tempo que se exige para o aleitamento materno uso exclusivo até os seis meses de vida (BARBOZA et al., 2020).
Foi feita uma leitura analítica dos artigos encontrados e isso culminou numa melhor organização dos assuntos de acordo com sua importância e a sintetização destas que objetivou a fixação das ideias essenciais para a solução do problema do estudo. Diante do quadro exposto, o próximo passo consiste em discutir o posicionamento desses autores em relação a temática abordada.
Todas as mães têm o direito de amamentar seus filhos. No trabalho, em casa e até quando estão privadas de liberdade, elas têm direito a alimentar o seu filho no peito. O aleitamento materno é também um direito da criança. Segundo o artigo 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do governo, das instituições e dos empregadores garantir condições propícias ao aleitamento materno.
Portanto, a assistência da equipe de enfermagem no aconselhamento para a amamentação segura ajuda a mãe a tomar melhores decisões diante dessa situação inovadora. A nutriz começa a ouvir e naturalmente ela vai despertando o interesse pela amamentação preventiva, aumentando, também, sua autoestima e o cuidado com o filho será ainda maior. Este aprendizado depende, em grande parte, destes profissionais de saúde, que precisam ter um conhecimento profundo sobre o dia a dia desse aleitamento materno e o contexto sociocultural ao qual elas pertencem. Além disso, é natural, por se tratar da primeira gestação, existir dúvidas, medos e anseios, além disso, existem alguns mitos e crenças relacionados ao aleitamento materno que sempre são mencionados, principalmente pelo público mais velho, com o objetivo de destituir as crenças fixadas pelo senso comum que contribuem de forma distorcida na amamentação.