O Staphylococcus aureus causa somente 2 por cento dos casos de pneumonia adquirida fora do hospital, mas, em contrapartida, provoca entre 10 e 15 por cento das pneumonias que se adquirem nos hospitais. Este tipo de pneumonia tende a desenvolver-se em pessoas muito jovens ou de idade avançada e em indivíduos debilitados por outras doenças;
Em Portugal, a vacinação pneumocócica está recomendada em indivíduos que apresentam risco acrescido de doença invasiva pneumocócica, como por exemplo, doença pulmonar crónica (enfisema, asma, bronquiectasias, fibrose quística, doença intersticial pulmonar), doença hepática crónica, insuficiência renal crónica, fístulas de liquido cefalorraquidiano, implantes cocleares, diabetes mellitus, asplenia ou disfunção esplénica, imunodeficiência primária, infecção por HIV, receptor de transplante, doença neoplásica, imunossupressão, síndrome de Down, síndrome nefrótico.
Caso clínico 1 - Pneumonia lobar no lobo superior direito (veja imagem de raio x de pulmão). Trata-se de um tipo de pneumonia unilateral, afetando apenas o lobo superior do pulmão direito.
As pneumonias atípicas são pneumonias causadas por microrganismos diferentes dos denominados tipicamente bactérias, vírus ou fungos. Os mais frequentes são Mycoplasma e Chlamydia, dois microrganismos semelhantes às bactérias;
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (2003) recomenda como primeira opção no caso de pneumonia ligeira sem factores modificadores um macrólido (Eritromicina, claritromicina e azitromicina) e como segunda opção doxiciclina ou fluoroquinolona (levofloxacina e moxifloxacina). Quando existam factores modificadores aí as opções recaem na associação macrólido e amoxicilina/ clavulanico ou fluoroquinolona e como segunda opção a associação amoxicilina/ clavulanico com a doxiciclina.
Se recorrer ao seu médico com sintomas de uma infeção pulmonar pode não ser sinónimo de que está a padecer de pneumonia, mesmo que estes coincidam com tal patologia. Se após o exame médico restar alguma dúvida, pode ser realizado um exame de sangue (Proteína C Reactiva - PCR) para auxiliar na tomada de decisão relativamente à necessidade do uso do antibiótico ou eventualmente a realização de uma radiografia torácica.
A pneumonia hospitalar, ou nosocomial, é causada por bactérias presentes no ambiente dos hospitais, afetando principalmente pessoas em uso de ventilação mecânica, um procedimento para facilitar a respiração, e que pode favorecer a entrada de bactérias naturalmente presentes na boca e no nariz para os pulmões.
A causa mais comum de pneumonia viral ou vírica é a provocada pelo vírus Influenza A (O vírus Influenza é o causador da gripe e é classificado em A, B e C), que ocorre predominantemente nos meses de inverno.
Alguns indivíduos infetados por outros vírus, nomeadamente o vírus da varicela e da mononucleose (vírus Epstein-Barr), podem desenvolver um quadro de pneumonia, embora raramente ocorra em indivíduos saudáveis.
É importante marcar consulta com um pneumologista ou ir ao posto de saúde quando surgem sintomas sugestivos de infecção respiratória, como tosse intensa, dificuldade para respirar e cansaço, especialmente se forem acompanhados de febre.
Os agentes causadores deste tipo de doença são muito heterogéneos e denominam-se atípicos: Mycoplasma pneumoniae, chlamydia psittaci, chlamydia pneumoniae, vírus do trato respiratório (influenzae, adenovírus, VSR, parainfluenzae vírus), outros vírus (Varicela zóster, Epstein Barr, citomegalovírus, metapneumovirus), bactérias (Legionella, F. Tularensis, Y. Pestis, B. anthracis), Ricketsia (C. Burnetti – Febre Q).
O doente deve, ainda, informar o seu médico caso não se comece a sentir melhorias 3 dias após o início da toma dos antibióticos ou se em qualquer momento, sentir que o seu estado se está agravar.
Esse tipo de pneumonia é causada pela infecção de microrganismos menos comuns, como o Mycoplasma pneumoniae e a Legionella pneumophila, que é transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas da saliva. Entenda mais sobre a pneumonia atípica.
Os sintomas devem começar a melhorar logo que inicie a toma dos antibióticos, todavia essa melhoria verificar-se-á mais rapidamente em algumas pessoas do que noutras, dependendo da gravidade da pneumonia.
O diagnóstico da pneumonia deve ser feito por um clínico geral, ou pneumologista, através da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, do histórico de saúde e da auscultação dos pulmões, para verificar se existem ruídos durante a respiração.
Os agentes atípicos apresentam crescimento intracelular, dificultando assim o seu diagnóstico pelos meios habituais e são resistentes aos antibióticos Beta-lactamicos (frequentemente utilizados como tratamento de primeira linha da pneumonia).
As pneumonias podem gerar complicações inerentes à propagação da infeção, como sepsis, abcesso pulmonar (morte de parênquima pulmonar), cavitação pulmonar, empiema (pus na cavidade torácica) ou devido ao processo de cicatrização/inflamação crónico (Bronquiectasias, fibrose), podendo provocar, desta forma, lesões irreversíveis.
Não. É necessário um agente externo, como uma bactéria ou um vírus, para que exista a doença. O que ocorre é que, no frio, as pessoas ficam mais tempo em lugares fechados com aglomerações, o que facilita a transmissão do micro-organismo irritante de uma pessoa para outra.
A psitacose (febre do papagaio) é uma pneumonia rara causada pela Chlamydia psittaci, uma bactéria que se encontra principalmente em aves como papagaios, periquitos e rolas.
A maior parte das pneumonias desenvolvem-se na comunidade onde o doente está inserido, sendo por tal motivo designada por pneumonia adquirida na comunidade ou pneumonia comunitária.
Dever-se-á ministrar antibióticos ao doente tão rapidamente quanto possível após o diagnóstico. Por norma, estes devem ser ministrados durante as primeiras 4 horas após a admissão.
Habitualmente, para as pneumonias causadas por fungos são necessários medicamentos antifúngicos. Indivíduos jovens e saudáveis geralmente são tratados com sucesso na maioria das vezes.
Como tratar: O tratamento é feito com pomadas antifúngicas, como Miconazol, Clotrimazol ou Itraconazol, e pode durar semanas a meses. Quando há uma infecção grave, ou quando as unhas estão muito afetadas, pode ser necessário o uso de medicamentos em comprimido, como Fluconazol, Itraconazol ou Terbinafina.
O fluconazol deve ser administrado como dose única diária. A dose recomendada de fluconazol para candidíase de mucosa é de 3 mg/kg uma vez por dia. Uma dose de ataque de 6 mg/kg pode ser utilizada no primeiro dia para alcançar os níveis de equilíbrio (steady state) mais rapidamente.
O que é e para que serve cetoconazol? Qualquer medicamento a base de cetoconazol deve ser utilizado para os cuidados e tratamentos de infecções e lesões na pele causadas por fungos.