O município de São Caetano do Sul tem o maior índice de desenvolvimento humano no país, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgado nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Até então, muitas das análises realizadas tanto no setor público quanto privado tinham como foco indicadores econômicos que nem sempre levavam em consideração determinados fatores sociais que afetam os países.
Na comparação entre as Unidades da Federação, o Distrito Federal tem o IDHM mais elevado (0,824), sendo o único com índice na faixa de desenvolvimento humano muito alto (acima de 0,8). Alagoas e Maranhão são os Estados com menor IDHM do país, com índices de 0,631 e 0,639 respectivamente.
O IDH é um indicador bastante significativo para qualquer tipo de empresa. Afinal, ele auxilia a entender quais são os locais com alto potencial de crescimento para os próximos anos.
Se, de certa forma, esses fatores dificultam a elaboração de estratégias de mercado, ao mesmo tempo eles indicam a necessidade de pensar em ações que unam os ganhos empresariais à geração de oportunidades para a sociedade como um todo.
A cidade de São Caetano do Sul, no ABC paulista, tem o melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do país, segundo "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013" divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da ONU. A cidade atingiu IDHM de 0,862 e, nas duas últimas vezes em que o índice foi divulgado, em 1998 (referentes a dados de 1991) e em 2003 (com dados de 2000), São Caetano também aparece no topo da lista do país. Melgaço, no Pará, foi o município com pior desempenho (IDHM de 0,418). Na comparação entre estados, o IDHM é liderado pelo Distrito Federal, com 0,824. Em seguida, vêm São Paulo (0,783) e Santa Catarina (0,774). Alagoas (0,631) e Maranhão (0,639) apresentaram os índices mais baixos.
Afinal, regiões que possuem um IDH mais alto costumam ter uma população com maior poder aquisitivo, o que aumenta a probabilidade de consumirem bens ou serviços mais custosos.
O Brasil ocupa o 84º lugar na classificação de países com maior qualidade de vida. Embora tenham ocorrido iniciativas que melhoram seu desempenho neste indicador – tópico que abordaremos neste conteúdo -, ainda há desafios a serem superados.
Coreia do Sul, Chile e Índia são outros exemplos de lugares que melhoraram sua posição nesse ranking. Além dos aprimoramentos no atendimento à população, os incentivos à industrialização foram importantes para impulsionar seus indicadores econômicos.
Aliado a outras informações de mercado, ele se torna uma métrica de grande relevância para mapear oportunidades, contribuindo para o desenvolvimento de pessoas, companhias, cidades ou mesmo regiões inteiras.
No varejo, por exemplo, o dado auxilia a descobrir onde estão os lugares com maiores perspectivas de crescimento, possibilitando a elaboração de ações eficazes para abrir novas lojas, realizar vendas direcionadas ao público-alvo, e assim por diante.
Os municípios catarinenses de Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú e Rio do Sul registraram o maior IDHM Longevidade, com 0,894, e expectativa de vida de 78,6 anos. As cidades de Cacimbas (PB) e Roteiro (AL) tiveram o menor índice (0,672), com expectativa de apenas 65,3 anos.
Junto a isso, os conflitos internacionais e as mudanças climáticas também fazem com que haja um sinal de alerta para as relações econômicas e mercadológicas no país.
Assim como no restante do mundo, a pandemia do Covid-19 causou diversos impactos no território nacional, consequentemente gerando uma queda nos indicadores de Desenvolvimento Humano.
Além dos dados da PNUD, é possível saber também o Índice de Desenvolvimento Humano por Município (IDHM), informação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adaptando os indicadores globais às especificidades do país.
O Atlas 2013 é baseado no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que varia de 0 a 1 e é calculado a partir das dimensões longevidade, educação e renda.
Uma vez que ele está bastante associado ao acesso à educação, aos bens e serviços e ao poder de compra, isso acaba impactando na qualificação dos profissionais de cada região e também ao mercado interno dos países.
O relatório aponta ainda que apenas cinco dos 20 municípios brasileiros com os maiores índices são capitais. Florianópolis (SC) é a melhor colocada, em terceiro lugar, seguida por Vitória (ES), em quarto lugar, Brasília (DF), em nono lugar, e Belo Horizonte, na vigésima posição.
Ao todo, 1.933 municípios são classificados com um IDH alto ou muito alto, o que é possível observar em verde no mapa abaixo – enquanto os tons em amarelo mostram onde esse resultado é médio e, em vermelho, baixo ou muito baixo:
Tudo isso pode ser feito por meio de um cruzamento de dados de inteligência geográfica, facilitando o planejamento de estratégias de sucesso.
De acordo com o relatório, o país conseguiu avanços representativos no combate à desigualdade social. “O Brasil tem uma desigualdade amazônica, gigantesca, que está caindo. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo, continua sendo, mas houve uma melhora. Podemos antecipar um futuro melhor”, afirma o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.
Essa avaliação é divulgada anualmente, possibilitando às organizações acompanharem o crescimento ou diminuição da qualidade de vida ao longo do tempo, identificando desafios e oportunidades de atuação.
Por outro lado, novas tecnologias – como inteligência artificial, ferramentas 4.0, entre outras – são tendências que têm otimizado processos nas empresas e no setor público, potencializando o crescimento em diferentes setores.