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O sal das minas não servia apenas para preservar carne. Permitiu a sobrevivência de peças de vestuário e ferramentas durante milénios. Os investigadores encontraram picaretas de bronze com cabos de madeira e...
Uma característica incomum dos deuses celtas era que alguns eram vistos como um trio, talvez representando três aspectos diferentes da mesma divindade. Um exemplo da trindade são as três deusas mães, as Matronas, que representam individualmente os conceitos semelhantes de força, poder e fertilidade. Dos numerosos deuses locais e regionais, muitos associavam-se a elementos de interesse principal da vida cotidiana, como guerra, soberania, identidade tribal, cura, caça e proteção de grupos específicos, como mães e crianças. Houve uma influência grega e romana na religião celta a partir do século 2 a.C., quando os locais sagrados celtas, que anteriormente eram meras clareiras cercadas por obras de terraplenagem, começaram a usar templos de pedra maiores. Da mesma forma, alguns deuses greco-romanos foram incorporados ao panteão celta.
Os celtas antigos foram vários grupos tribais que viveram em partes da Europa ocidental e central no final da Idade do Bronze e durante a Idade do Ferro (c. 700 a.C. até c. 400 d.C.). Designadas como “Celtas” por escritores da antiguidade, essas tribos migravam frequentemente, ocupando, assim, territórios desde Portugal até a Turquia.
Como observado acima, as culturas proto-célticas na Europa ocidental e central já haviam estabelecido laços comerciais com as culturas mediterrâneas, e isso continuou com os celtas. Estanho da Grã-Bretanha, âmbar do Báltico e cavalos da Europa oriental e dos Bálcãs também eram importados e utilizados ou repassados para o sul. Os produtos celtas comercializados incluíam sal, escravos, ferro, ouro, tecido de lã e peles. Esses produtos eram trocados por vinho (em grandes quantidades), prata, produtos manufaturados de luxo (como jarros de bronze, cerâmica grega refinada e vasos etruscos de bronze), seda e os materiais preciosos para uso em objetos de arte e joias, mencionados na seção anterior.
Meio século antes da batalha de Alésia, os celtas sacrificaram animais e até seres humanos no topo deste monte na região ocidental da Suíça. Em grande sofrimento, pediram ajuda aos deuses, segundo a hipótese proposta pelos arqueólogos que ali trabalham. Aproximadamente em 100 a.C., os romanos alargaram a sua área de influência e os germânicos pilharam a região. Seria Le Mormont um campo de refugiados celtas? © MUSÉE CANTONAL D‘ARCHÉOLOGIE ET D‘HISTOIRE, LAUSANNE.
Heuneburg cresceu e transformou-se num entreposto comercial de longa distância através das passagens alpinas de passagem para Itália. No sentido inverso, as mercadorias e as ideias viajaram para norte – por exemplo, o conhecimento especializado necessário para construir a muralha da cidade com tijolos de barro. Nunca se vira nada assim na Europa Central, nem em vastas regiões de Itália. A muralha tinha 750 metros de comprimento e quatro metros de altura e estava revestida com reboco calcário branco. Tinha torres, um caminho de ronda e duas portas.
A batalha decisiva travou-se no Verão de 52 a.C., em Alésia, na região oriental de França, onde o líder celta Vercingetórix se barricara com dezenas de milhares de guerreiros. César e as suas tropas construíram um gigantesco anel de fortificações – estruturas de madeira e trincheiras – que cercavam eficazmente o seu alvo. Só então, numa época de grande angústia, Vercingetórix conseguiu unir grupos celtas isolados e rivais. Uma força com cerca de 20 mil guerreiros de toda a Gália acorreu a socorrê-lo. Seguiu-se uma batalha feroz, mas os celtas acabaram por se render às tropas romanas, tacticamente superiores e bem treinadas. César descreveu a derrota celta com quatro palavras sucintas: “Vercingetorix deditur arma proiciuntur” ou “Vercingetórix rendeu-se, as armas foram depostas”.
Entre os tesouros artísticos celtas contam-se os jarros com bicos (em cima, exemplar descoberto em Dürrnberg). O seu estilo foi inspirado pelos jarros etruscos, mas alterado de maneira a agradar ao gosto celta.
Holger Wendling conduz ao longo de uma estrada rural pelos montes baixos, apontando para a esquerda e para a direita. O director do Departamento de Investigação de Dürrnberg do Museu Celta Hallein, sabe exactamente onde as pessoas viviam – em aldeias e explorações rurais. Dürrnberg é estudado há décadas. Sendo um centro do comércio de sal, Dürrnberg vendia o produto a toda a Europa Central. Era uma “espécie de zona económica especial de mineração e outras indústrias”, diz Wendling.
A derrota celta não foi apenas uma vitória militar romana. Antes do início do século I a.C, os romanos tinham fundado províncias no Sul de França, fortalecendo os laços económicos com determinadas zonas da Gália. O comércio de vinho e de outros produtos aumentou. Algumas aldeias celtas centrais floresceram como entrepostos comerciais mesmo após o final das Guerras da Gália. O progresso revelou-se tão lucrativo para os comerciantes romanos como para os celtas.
Um fedor insuportável pairava sobre Le Mormont. O odor a carcaças e cadáveres a apodrecer emanava das valas abertas. Os mortos tinham sido decapitados e os cavalos, vacas e ovelhas sacrificados.
O termo ‘celtas’ é comumente usado para referir-se a povos que viveram na Europa da Idade do Ferro, ao norte da região do Mediterrâneo, antes da conquista romana, após escritores antigos darem esse nome a eles. No entanto, é uma classificação problemática. Isso porque esses povos não faziam parte de um estado unificado; ao contrário, pertenciam a uma multidão de tribos, muitas delas sem contato direto entre si. O termo permanece útil por sua conveniência, mas disfarça as relações complexas entre diferentes tribos da Europa ocidental e central, a sobreposição de algumas características culturais no tempo e no espaço e o isolamento e a singularidade de outras características semelhantes. A Idade do Ferro europeia certamente foi um período vivo, com interações culturais, relações comerciais, guerras e migrações.
A extracção mineira exigia muita mão-de-obra e dependia do investimento da abastada classe dirigente. O sal era usado para outras finalidades, além da preservação da carne. Também conservou artefactos deixados para trás pelos celtas. No interior da montanha, os arqueólogos descobriram sapatos de cabedal com atacadores bem preservados, bem como excrementos humanos. Uma análise fecal mostrou que os mineiros consumiam leguminosas e cereais e que muitos padeciam de parasitas como lombrigas e fascíolas hepáticas. Apesar disso, algumas pessoas viviam até aos 80 anos. Aproximadamente em 1573, mineiros da época descobriram restos de dois seres humanos nos poços.
Além de dar acesso a recursos escassos, o comércio acarretou consequências secundárias. Transmitiram-se ideias em arte, religião e tecnologia. Os celtas utilizavam sepulturas horizontais e cunhavam suas próprias moedas, por exemplo. Houve, também, um aumento na competição entre as tribos celtas para adquirir os recursos necessários para o comércio. O mundo celta estava expandindo seus horizontes e a criação de uma elite cada vez mais rica teria consequências no resto do continente, já que os celtas começavam a cobiçar os territórios centrais de seus parceiros comerciais ricos e vice-versa.
Regiões inteiras foram abandonadas, talvez não devido a mortes epidémicas, como alguns investigadores propõem, mas porque as pessoas perderam os seus meios de sobrevivência.
No entanto, como descobriu Sabine Hornung, arqueóloga e professora na Universidade de Saarland, o mesmo não se passou em todo o lado. A fortaleza do monte de Otzenhausen, na região ocidental da Alemanha, começou por ser um povoado de pequenas dimensões. Por volta de 100 a.C. aumentou de tamanho, tornando-se um grande centro, mas 50 anos depois, entrou em declínio e poderá ter sido abandonado. Hornung crê que os seus moradores talvez partissem devido à fome causada pelos romanos ou perdido a sua ligação ao progresso devido à localização geográfica marginal do povoado, no território oriental do Treveri celta.
Mudanças económicas ocorridas no período tardio resultaram numa migração generalizada. As comunidades mudaram-se para novos centros, à semelhança do que hoje acontece, quando as pessoas se deslocam das zonas rurais para as grandes cidades.
Mitologia. Os Druidas foram os povos de origem indo-européia que habitava extensas áreas da Europa pré-romana, eram sacerdotes do lendário povo celta. Hoje é uma das vertentes do paganismo, o druidismo. ... Em termos espirituais, portanto, pagão é aquele que acredita na sacralidade da Natureza e de todas as formas de vida.
Eram os sacerdotes dos celtas, um povo que vivia numa vasta área da Europa Ocidental, englobando a atual França, partes da Bélgica, oeste da Alemanha, norte da Itália e indo até as ilhas Britânicas.
Em jogos de RPG, o ranger é uma classe de personagens típica de cenários de fantasia medieval, dentre os quais se destacam os jogos Dungeons & Dragons, também chamado de D&D e Pathfinder Roleplaying Game. Uma classe dá habilidades (ou perícias) exclusivas para o personagem de cada classe.
A sociedade celta era centrada na unidade familiar (ou clann / fine) e tribal (tuath). ... As tribos celtas eram autocéfalas, sendo unidas somente pelo idioma, religião e costumes. De organização tipicamente aristocrática, distinguiam-se quatro classe: Druidas, Guerreiros e Nobres, Cidadãos livres e Escravos.
Os celtas foram um conjunto de povos que existiu de 600 a.C. a 600 d.C. e que surgiu a partir da evolução cultural de populações que habitavam na Europa Central. Com o tempo, esses povos espalharam-se por todo o continente europeu e chegaram até a região da Ásia Menor, na atual Turquia.