E se nós pudéssemos simplesmente apagar da memória aqueles que mais amamos? A ideia apavora, mas pode ser tentadora em momentos de maior sofrimento ou saudade. Essa é a premissa de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, um dos filmes de amor mais aclamados da década de 2000.
Visivelmente desapontados, lamentam as coisas ruins que falaram um sobre o outro. Perante a oportunidade de recomeçar, ela repete o discurso do passado, afirmando que não é perfeita, mas cheia de defeitos.
Confundindo passado, presente e futuro, o longa é repleto de flashbacks e monólogos interiores do protagonista, que nos permitem compreender o que aconteceu até ali.
Com pena e sentimento de culpa por ter guardado segredo, o amigo decide contar a verdade. Para acabar com o mistério, mostra a carta que recebeu da empresa Lacuna, avisando que Clementine apagou Joel da memória e que não devem procurá-la.
Na noite da separação, Clementine chega de madrugada, falando que bebeu e bateu com o carro. Começam uma batalha de acusações: ele acha que ela é infantil, ela acha que ele vive como um velho. Furiosa, a ruiva vai embora.
Aí, decide desistir do tratamento, tentando chamar atenção dos técnicos e acordar. Por isso, o processo começa a ter complicações, mas Patrick já partiu e Stan está distraído com Mary.
Depois do momento em que estavam no lago gelado, em harmonia plena, Joel percebe que cometeu um erro. Não é capaz de conceber a felicidade sem a mulher que ama e começa a entrar em desespero.
E, para comemorar a volta desse clássico ganhador do Oscar para a Netflix, separamos 9 curiosidades sobre o filme. Confira:
A sua opinião se altera radicalmente quando Mary descobre que também foi paciente da clínica e teve a mente adulterada pelos colegas de trabalho. No final, expõe a verdade a todos os clientes, enviando para eles as fitas dos respectivos tratamentos.
E notório que apagar o antigo amor a deixou num estado depressivo, num vazio existencial, simbolizado pela cor azul do seu cabelo. Para tentar acalmá-la e seduzi-la, o jovem usa as palavras que leu no diário de Joel.
Nas cenas finais, vemos o casal brincando na praia, durante o inverno. Mesmo cientes de todas as dificuldades, eles correm atrás de um final feliz, mais uma vez.
O longa-metragem dirigido por Michel Gondry, conta a história de Clementine, que decide fazer um tratamento experimental para apagar o ex Joel da memória após uma desilusão amorosa. Contudo, enquanto está no processo de esquecimento, a personagem se arrepende e faz de tudo para se lembrar do ex-namorado quando acordar novamente.
Desde o começo, é visível a admiração que Mary sente pelo chefe e pelo trabalho que desenvolveu. Conversando com Stan, demonstra fé no tratamento, acreditando que se trata de uma nova chance na vida.
Sua vida se transforma quando descobre que ela pagou para apagá-lo da memória. Depressivo e desorientado, resolve se submeter ao processo para esquecê-la também. Contudo, enquanto viaja pelas lembranças, Joel muda de ideias e tenta desistir.
Ao longo do filme, Joel menciona diversas vezes a ex-namorada Naomi, mas ela não foi incluída no corte final do filme. Contudo, existe uma cena extra em que a voz da personagem pode ser ouvida em uma ligação. Assista ao trecho aqui:
Heloísa era freira e Abelardo um importante filósofo e teólogo do seu tempo. Juntos viveram um romance proibido que gerou um filho. Quando a ligação foi exposta, os dois caíram em desgraça: ela foi trancada num convento e ele foi castrado.
Tudo parece forçado e absurdo: por exemplo, ele a chama de "Tangerina", como o antigo namorado a chamava quando ela tinha o cabelo laranja. Sem saber, Clementine está tentando reviver o passado e leva Patrick ao lago gelado.
A cor do seu cabelo parece simbolizar o relacionamento. Quando se conhecessem está verde, representando a esperança do encontro. No começo do amor, está vermelho vivo, como o fogo da paixão, mas vai desbotando com o tempo.
No filme, as lembranças vão sendo narradas em ordem inversa, do fim para o começo. Neste artigo, no entanto, optamos por ordenar os eventos de forma cronológica, para uma melhor compreensão da narrativa.