O epitélio é um dos apenas 4 tipos de tecidos do corpo humano. Como todos os tipos, é formado por células em uma matriz extracelular (MEC).
A função de absorção é mais bem exemplificada pelos epitélios de superfície com microvilos (microvilosidades) apicais que aumentam significativamente a área de superfície de absorção. O epitélio colunar (cilíndrico) no intestino delgado é um bom exemplo. Essas células funcionam para absorver nutrientes do trato digestivo e transportam as substâncias digeridas para a circulação.
O epitélio pseudoestratificado é um tipo de epitélio simples em que todas as células se apoiam na lâmina basal, porém elas têm tamanhos diferentes e seus núcleos não ficam alinhados, dando a impressão de ser um epitélio estratificado. Podemos encontrar um epitélio pseudoestratificado com estereocílios no epidídimo e encontraremos o epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes na traqueia.
O nome membrana basal é usado para denominar a camada situada abaixo dos epitélios, visível ao microscópio de luz e corável pela técnica de ácido periódico-Schiff. A membrana basal vista ao microscópio de luz é mais espessa que a lâmina basal, devido à presença de algumas proteínas que se situam no tecido conjuntivo próximo à lâmina basal. Nem todos autores concordam com o uso dos termos lâmina e membrana basal, e a indiscriminação dos termos pode levar à confusão.
As especializações apicais são diferentes tipos de extensões citoplasmáticas digitiformes da superfície apical. Elas diferem em seu comprimento, motilidade e função. Existem três tipos de especializações:
O organismo humano é constituído basicamente por quatro tipos de tecido, que são classificados a partir de características estruturais, funcionais e embriológicas, e são eles: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Hoje aprenderemos sobre o tecido epitelial e suas peculiaridades.
O epitélio simples consiste em uma camada de células epiteliais que se encontram em uma membrana basal. As células podem ser pavimentosas, cúbicas e cilíndricas.
Muitas células epiteliais são capazes de secretar várias macromoléculas. O melhor exemplo é o epitélio glandular. As glândulas endócrinas secretam hormonas que regulam uma variedade de funções corporais, como os níveis de açúcar no sangue (insulina), o metabolismo celular (tiroxina) e o ciclo cardíaco (noradrenalina). As glândulas exócrinas mantêm as superfícies do corpo (sebo na pele) e suportam as funções dos órgãos para os quais libertam os seus produtos (enzimas digestivas no intestino delgado).
Quando existem múltiplas camadas, é a camada celular superficial mais superficial (domínio apical) que define a classificação da forma. Existem subclasses adicionais de classificação epitelial para células que possuem especializações (por exemplo, epitélio ciliado).
A constituição dos tecidos se dá por células e matriz extracelular (MEC); o tecido epitelial é formado por células que revestem superfícies e secretam moléculas, com pouca matriz extracelular. A matriz extracelular é capaz de fornecer apoio mecânico às células e também transportar nutrientes a elas, além de levar produtos de secreção e catabólitos. Acreditava-se que a matriz extracelular era uma unidade independente, mas o progresso da pesquisa biomédica trouxe a informação de que as células que produzem a MEC controlam sua composição e, ao mesmo tempo, são influenciadas por moléculas desta matriz, revelando, então, a existência de uma imensa interação entre células e MEC, com continuidade física, funcionamento conjunto e resposta coordenada ao organismo.
No epitélio glandular há a presença de células secretoras, chamadas glândulas unicelulares, como a célula caliciforme. Já o epitélio secretor pluricelular com invaginação, que pode ser enovelado ou ramificado, forma as glândulas pluricelulares. As glândulas pluricelulares, se envoltas por uma cápsula de tecido conjuntivo com emissão de septos, serão divididas em lobos e subdivididas em lóbulos. A penetração de vasos sanguíneos e fibras nervosas da glândula se dá através desses septos, e as células epiteliais são as constituintes do parênquima glandular junto com o estroma formado por tecido conjuntivo.
Não há estrutura uniforme aplicada a todas as células endócrinas. Em vez disso, elas são classificados pela natureza de sua secreção em células que produzem proteínas e células que produzem lípidos (esteroides).
Encontra-se apenas em algumas partes do trato urinário - nos cálices renais, nos ureteres e na bexiga - e é por isso que também pode ser chamado de urotélio.
Observação: esse material foi produzido durante vigência do Programa de colunistas Sanar. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido.
As células epiteliais são alinhadas em uma ou mais fileiras, separadas por finas camadas de matriz extracelular. A fileira mais profunda (domínio basal) produz uma camada de matriz extracelular especializada chamada membrana basal. Esta membrana demarca o tecido epitelial do tecido conjuntivo subjacente. Lembra-se dos hemidesmossomas? Essas e outras junções entre a matriz extracelular e a célula ancoram as células epiteliais à membrana basal subjacente.
As superfícies basais estão em contato com a membrana basal subjacente. Como tanto a superfície lateral como a basal estão ajustadas para interagir com as estruturas vizinhas, elas são frequentemente mencionadas juntas, como superfície basolateral.