Digestão das proteínas em ruminantes Em animais ruminantes, as proteínas oriundas da dieta são degradadas pelos microorganismos do rúmen até aminoácidos, que posteriormente serão reutilizados pelas bactérias para sintetizar suas próprias proteínas.
A proteína bruta contida nos alimentos dos ruminantes é composta por uma fração degradável no rúmen (PDR) e uma fração não degradável no rúmen (PNDR). A degradação de proteína no rúmen ocorre através da ação de enzimas (proteases, peptidases e deaminases) secretadas pelos microrganismos ruminais.
Para determinar o teor de uréia em um produto comercial, utiliza-se o valor de equivalente protéico de NNP (nitrogênio não protéico) por 280, ex.: o rótulo de um produto com 40% de PB diz que o equivalente protéico em nitrogênio não protéico (NNP) é de 20%, então o percentual de uréia na mistura é de 7,0% (.
A proteína solúvel é aquela que o organismo animal poderá absorver, ou seja, quanto maior a quantidade de proteína solúvel melhor disponibilidade de proteína e aminoácidos para o animal (RUNHO, 2001).
A proteína “by-pass” é a proteína que escapa da degradação ruminal, através da proteção de algum tipo de tratamento ou pela baixa degradabilidade ruminal do alimento.
Qualidade do que é degradável.
Lá, há glândulas que secretam enzimas, como a pepsina e o pepsinogênio, hormônios (gastrina), ácido clorídrico e água. É no coagulador que ocorre a digestão das proteínas e também das bactérias oriundas do rúmen e do retículo.
A proteína metabolizável (PM), aquela absorvida no intestino e cujos aminoácidos estão disponíveis para o animal, é composta pela proteína microbiana sintetizada no rúmen, pela proteína alimentar sobrepassante e por muito pouca proteína de origem endógena.
A PM é toda proteína verdadeira absorvida no intestino delgado, sendo ela de origem microbiana ou do próprio alimento. Com o uso deste sistema passou-se a considerar a degradabilidade da proteína no rúmen e a separação das exigências dos microorganismos no rúmen e dos animais.
A proteína microbiana sintetizada no rúmen fornece, em dietas para bovinos, 50% ou mais dos aminoácidos disponíveis para absorção, portanto, é considerada fonte de alta qualidade e com perfil de aminoácidos relativamente constante.
Para a maior parte dos monogástricos, o aproveitamento do nitrogênio se dá pela digestão química no estômago a partir de enzimas específicas, a quebra desta proteína ingerida dá lugar a peptídeos que serão mais uma vez degradados a aminoácidos ou peptídeos menores para absorção no intestino delgado.
❖ Padrões de motilidade ruminorreticular: alta velocidade de passagem (menor tempo de retenção no trato digestório) do que partículas mais leves. determinam o rítmo (fluxo) com que os materiais em forma de partículas se movimentam pelo TGI.
A principal fonte de energia para os ruminantes são os ácidos graxos voláteis (AGV) produzidos no rúmen pela fermentação microbiana de carboidratos e, em alguns casos, da proteína, sendo o acético, propiônico e butírico os principais (Berchielli et al., 2006).
Os carboidratos, genericamente chamados de glicídios ou açúcares, são as macromoléculas que estão presentes em maior quantidade em nosso planeta e destacam-se como a principal fonte de energia do nosso organismo. Os animais são incapazes de produzir essas moléculas, sendo necessária, portanto, a sua ingestão.
Sabe-se que a fonte de origem da energia da dieta influencia na palatabilidade do alimento. Gatos possuem preferência por alimentos em que a principal fonte de origem da energia seja a proteína, já os cães, por sua vez, preferem a gordura.
Os carboidratos estruturais incluem aqueles encontrados normalmente constituindo a parede celular, representados principalmente pela pectina, hemicelulose e celulose, que são normalmente os mais importantes na determinação da qualidade nutritiva das forragens (Van Soest, 1994). Figura 2.
Os Carboidratos Estruturais são aqueles responsáveis pela manutenção da estrutura das plantas. Os principais são a celulose, a hemicelulose e a pectina. Os CNE são de interesse agronômico e são mensurados enzimaticamente, e não pelo cálculo por diferença usado para os CNF.
A principal função dos carboidratos é ser fonte de energia para os ani- mais. No caso dos ruminantes, a maior parte da digestão ocorre no rúmen, apesar de que, dependendo dos ingredientes da dieta, digestão de porção considerável de CHOs pode ocorrer pós-ruminalmente.
Os produtos finais da fermentação microbiana dos carboidratos no rúmen são os ácidos graxos voláteis (AGVs), sendo o acético, o propiônico e o butírico os três mais importantes ácidos formados juntamente com os gases de dióxido de carbono (C02) e metano (CH4).