Esta pesquisa objetivou conhecer a concepção de educadoras sobre seu papel na Educação Infantil. Foi realizado estudo de casos múltiplos a partir de entrevistas e observações com cinco educadoras, considerando questões sobre o cuidar e educar. Os dados foram analisados conforme os eixos teóricos da metodologia IRDI: Suposição de Sujeito, Estabelecimento de Demanda, Alternância Presença/Ausência e Função Paterna. Os resultados mostraram como o discurso científico atravessa as concepções e atitudes das participantes e a importância das orientações realizadas pelas equipes diretivas. Considerou-se relevante afinar a relação entre cuidar e educar para se sustentar uma prática subjetivante no espaço escolar infantil.
a descontinuidade, marcada por essa presença/ausência, é o fundamento estrutural da linguagem na medida em que para que exista a palavra tem que se romper o enlace entre o “objeto causa” e a satisfação, a palavra tem que adquirir o poder de evocar a satisfação em ausência do objeto.
Aponta-se como uma das limitações deste estudo o fato de não terem sido considerados os Planos Político-Pedagógicos (PPPs) como fonte de dados, embora tenham sido utilizados para amparar a discussão. Além disso, por ser um município pequeno provavelmente apresentaram-se características mais restritas a este tipo de população.
Nesse sentido, as autoras consideram que a Psicologia deve estar a serviço do cuidado das relações na Educação Infantil, além de prestar apoio e esclarecimento sobre o desenvolvimento das crianças pequenas, visto que é uma demanda presente na entrevista com todas as educadoras, é preciso escutar as educadoras sobre suas dúvidas, posicionamentos e até mesmo queixas, agindo como facilitador das relações entre educador e bebê. Auxiliar também a equipe diretiva nas orientações e acompanhamento das práticas das educadoras é outro ponto interessante ao profissional de Psicologia na Educação Infantil, e para isto o psicólogo precisa circular pela escola.
É importante comentar neste eixo que as escolas passam esta orientação quanto a aguardar pela criança. Orienta-se que as educadoras tenham essa atitude, principalmente na hora da refeição. Provavelmente isto justifique que seja um eixo que aparece com frequência em todos os casos, especialmente nas observações.
Afinal, se a escola é local para oferecer educação e cuidado, em se tratando de bebês, o que é preciso priorizar no cotidiano? A Educação Infantil é um espaço onde o educar vem ao lado do cuidar para que se possa considerar as crianças como sujeitos de desejo e não somente como sujeitos de direito da educação, e a partir disso não sejam assujeitados a um saber vertical que está proposto a ensinar e não a transmitir. É preciso afinar a ligação destes pontos a fim de que o cuidado e educação venham de atitudes subjetivantes que permeiam a relação entre sujeitos. Sendo assim, fomentar a reflexão sobre as práticas é um meio de contribuir para o fortalecimento e desenvolvimento das profissionais que se ocupam das crianças, neste caso principalmente dos bebês, proporcionando espaço para um fazer crítico e criativo, já que assim é possível a problematização sobre o trabalho na escola.
The objective of this research was to get to know how aware educators are of their role in Child Education. A multiple-case study was realized by means of interviews and observations on five educators. Special attention was paid to matters related to child care and education. Data were analyzed in accordance with the theoretical axes of the IRDI methodology: Subject Supposition, Establishment of Demand, Presence/Absence Alternation and Paternal Function. Results showed how scientific discourse cross these conceptions and attitudes. What became also evident was the importance of the instructions provided by the management teams. Therefore, it becomes necessary to better adjust the relation between nurture and education in order to produce subjectivizing practices in Child Education.
Olá queridos amigos concurseiros. Você sabe o que é Cuidar? E Educar? Então fique ligado para entender um pouco melhor sobre esse assunto que é muito cobrado nos concursos da área de educação.
Portanto, a Educação Infantil é um lugar muito além de práticas pedagógicas limitadas às técnicas educativas em que não se consideram as subjetividades em seu processo, ou um local para as crianças ficarem para que suas mães trabalhem, se apresentando, então, como um local onde cuidado e educação estão imbricados. Esta discussão se torna pertinente visto que a Educação Infantil funciona como agente da constituição psíquica das crianças, as quais frequentam estas instituições desde os primeiros meses de vida. Como se pode perceber pelas questões trazidas aqui há algumas propostas de trabalho, muitas discussões, pesquisas e intervenções a serem desenvolvidas neste tema, e este trabalho tem a intenção de contribuir na construção do conhecimento sobre essa temática. Sendo assim, esta pesquisa objetivou conhecer a concepção de profissionais da Educação Infantil sobre seu papel enquanto agentes da constituição psíquica dos bebês através do seu discurso e prática.
Neste contexto, o cuidar e o educar parecem dissociados algumas vezes, por exemplo, em alguns momentos as educadoras precisam reafirmar que as brincadeiras e o afeto trocado com as crianças têm um fim pedagógico, que a educadora precisa estar atenta nas brincadeiras para compreender sobre o desenvolvimento dos bebês e poder instigá-los; a criação de limites e incentivo à autonomia também estiveram bastante presentes nas entrevistas e observações. Houve pouca menção à importância da brincadeira na vida das crianças pequenas, e quando houve, qualificou-se o brincar como um meio de aprender e apenas uma vez como uma forma de expressão, transparecendo necessidade de ligar todas as ações em nome de um trabalho pedagógico e que “somente brincar e cuidar” seria desvalorizar a profissão do educador.
É interessante pensar na possibilidade de mais estudos que abordem o tema dos bebês na Educação Infantil, questionando se as práticas pedagógicas estão trabalhando a favor da constituição psíquica dos bebês, algo tão caro neste momento da vida dos pequenos. Espera-se ter contribuído para a reflexão deste campo de atuação tanto para a Psicologia quanto para a Pedagogia.
Todas as educadoras consideram importante, inclusive porque é solicitado pelas escolas, que se observe o que os bebês têm interesse para planejar as atividades e, algumas ainda citam, que é preciso tempo para conhecer cada um, porém, também se observa que a rotina de berçário é bastante intensa, com muitas tarefas a se realizar, visto que as crianças usam fraldas e dependem um pouco mais das educadoras para a alimentação, principalmente no início do ano, quando têm poucos meses de vida. Embora não sejam rotinas rígidas quanto à realização das atividades, é importante escutar que as educadoras ao mesmo tempo em que consideram importante o tempo com as crianças, também se veem numa rotina de muitas tarefas a cumprir.
Seguindo as orientações e, a partir da autorização do Comitê de Ética da Universidade sob Resolução nº 161/2015, foram assinados Termos de Consentimento Livre e Esclarecido pelos pais das crianças e pelas educadoras.
Mas saiba que muitas outras coisas devem ser levados em consideração quando falamos com especificidade em Educar e Cuidar. Este blog tem a intenção de estabelecer a relação entre os dois.
Durante a entrevista, duas educadoras citaram a questão de planejarem as aulas a partir do que as crianças necessitam, compreendendo dessa forma que no seu trabalho é preciso entender algumas atitudes das crianças como demandas dirigidas às educadoras como se sinalizassem sobre suas necessidades. Aqui é importante frisar que, embora nem todas tenham falado sobre este ponto, todas as educadoras trabalham a partir deste pressuposto, pois é uma orientação da coordenação pedagógica. Entende-se que as atividades realizadas precisam ser planejadas de acordo com o que as crianças demonstram interesse, pois isso fala do que necessitam.
Durante as observações ficou bastante clara a questão do coletivo e a ajuda que as educadoras prestam às crianças no que diz respeito a aguardar sua vez e compreender o espaço do outro, ou seja, de entenderem que há outras pessoas que também tem necessidades e vontades parecidas com as suas, além de já estabelecerem combinações e acordos, o que também foi trazido nas entrevistas.
O fato de uma das pesquisadoras já conhecer as rotinas e projetos político-pedagógicos das escolas contribuiu para a compreensão de que algumas das condutas das educadoras tinham muita relação com as orientações da equipe diretiva e especialmente da coordenação pedagógica. Isto mostra o quanto é importante que a escola, tanto quanto as educadoras, tenham clareza das necessidades das crianças conforme faixa etária e do quanto de flexibilidade é importante neste espaço, a fim de promover um ambiente capaz de oferecer cuidado e educação. Ao mesmo tempo se percebeu que o lugar que a criança ocupa no discurso do educador é de extrema importância. Além de passar orientações é oportuno, portanto, escutar as educadoras sobre como pensam seu trabalho a fim de esclarecer sobre seu papel.
Cuidar de alguém tem o significado de tratar, de tomar conta, assistir, auxiliar, etc. E esse significado é o mesmo quando estamos falando na Educação Infantil? Como to sentindo que já fiz muitas perguntas vamos passar para as explicações.
O Cuidar na educação infantil não é somente garantir a saúde e o bem estar físico das crianças, e sim o seu desenvolvimento como um todo. Essa cooperação de muitas áreas são as responsáveis pelo crescimento emocional e social que os alunos irão passar durante o seu tempo na instituição escolar.
Na presente pesquisa foi proposto conhecer a concepção de educadoras sobre seu papel enquanto agente da constituição psíquica dos bebês através do seu discurso e prática, a partir de observação das rotinas da escola no que tange ao trabalho subjetivo estabelecido pelas educadoras, onde o cuidar e educar estão imbricados. O objetivo foi alcançado visto que algumas observações mostraram práticas importantes, que não foram mencionadas, e concepções trazidas nas entrevistas que nem sempre condizem com a prática.
Como o próprio nome diz, autocuidado é cuidar-se de si mesmo, é buscar todas as necessidades que o seu corpo e sua mente exigem de você. É aperfeiçoar cada dia mais o seu estilo de vida, é evitar hábitos maléficos a sua saúde física e mental, é adotar medidas de prevenção a doenças, e claro, evitar situações de risco.
O autocuidado é uma função reguladora que permite às pessoas desempenharem, por si sós, as atividades que visam à preservação da vida, da saúde, do desenvolvimento e do bem-estar.
O autocuidado impacta diretamente na forma como você enxerga a sua rotina de trabalho, incentivando práticas que tornem a sua vida mais saudável e que façam com que se sinta bem. Além disso, menos problemas de saúde e mais satisfação profissional contribuem diretamente para mais qualidade de vida.
O instrumento internacional mais conhecido que mede capacidade de autocuidado é a escala para avaliar as capacidades de autocuidado (ASA-A). Esta escala foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores americanos e holandeses, na década de 80.