Isidore Auguste Marie François Xavier Comte nasceu em Montpellier (Hérault), na França, em 19 de janeiro do ano 1798. Era filho do oficial de taxas Louis Comte e Rosalie (Boyer) Comte, uma monarquista devota do catolicismo.
Para Comte, a crise da sociedade era consequência de uma anarquia intelectual. O desenvolvimento social seria guiado pela produção do conhecimento, e a filosofia positiva proporcionaria a ordem e o progresso da humanidade.
Auguste Comte viveu uma época na França que foi marcada como desorganizada, imoral e caótica. O autor, com sua filosofia, tentou inspirar uma renovação e uma organização da sociedade. O progresso da humanidade pelo desenvolvimento científico guiou essa filosofia.
Seu pensamento influenciou pensadores da grandeza de Karl Marx, John Stuart Mill, George Eliot, Harriet Martineau, Herbert Spencer e Émile Durkheim.
Para Comte as únicas coisas as quais o ser humano pode ter certeza são aquelas que podem ser observadas publicamente e que podem ser compartilhadas com outras pessoas, ou seja, os dados científicos podem ser publicamente observados de maneira que outras pessoas interpretem e verifique a exatidão desses dados.
O positivismo já teve suas primeiras nuances na Grécia antiga com Epicuro que procurou libertar o homem da teologia oferecendo uma explicação do universo baseado em leis naturais e por toda história da filosofia pode-se encontrar pensadores com inclinações positivistas, mas é na filosofia de comte que essa tendência encontra seu ponto de culminância.
Auguste Comte baseou suas propostas de um ideal de sociedade a partir de sua teoria a respeito do progresso da humanidade. Algumas de suas afirmações podem nos ajudar a entender melhor essas ideias que sustentavam suas defesas políticas. Confira algumas delas a seguir.
Na visão de Comte todo conhecimento que não tivesse utilidade prática não era visto com bons olhos pelo filósofo, mesmo que esse conhecimento tenha sido obtido dentro do mais absoluto vigor cientifico.
Comte pode ser considerado também um reformista social, o mesmo se interessava pela ciência como uma forma de aperfeiçoamento para a sociedade, por isso o conhecimento cientifico necessariamente tinha que ser útil.
Nos anos de 1817 e 1824 trabalhou por um período como secretario do conde Henri de Saint-Simon a qual recebeu grande influência acerca do socialismo utópico, o mesmo o orientou aos estudos das ciências sociais e contribui com ideias importantes que orientaram o seu pensamento.
Outra curiosidade é que o filósofo foi criador do termo “austruisme” que em português significa “ altruísmo”, a filosofia de comte se resume em única frase: “ vivre pour autrui”, ou seja, “ viva pelos outros”
O lema de Auguste Comte “Amor como princípio, ordem como base e progresso como objetivo” fundamentou os dizeres da bandeira do Brasil “Ordem e Progresso”.
Assim, as ideias de Comte tiveram grande repercussão. Seja em concordâncias ou discordâncias, o filósofo se tornou uma referência para uma metodologia científica e também um projeto de sociedade baseada no culto à ciência e a humanidade.
Entre 1832 e 1842, Comte foi tutor e examinador na "École Polytechnique"; ainda em 1842, separa-se de sua esposa e inicia um relacionamento platônico com Clotilde de Vaux.
Já no ano de 1856, publicou “Síntese Subjetiva” que veio a ser o primeiro volume, infelizmente os outros volumes não foram publicados, pois Auguste Comte veio a falecer pelo o agravamento de um câncer.
Em 1822 publica uma de suas obras mais importantes que deu inicio ao seu pensamento positivista “Plano de Trabalhos científicos para Reorganizar a Sociedade”, por esse período o filósofo sofreu algumas crises de ansiedade e apenas conseguiu se recuperar em 1830, crise essa que se iniciou em 1826, ou seja, 4 anos depois.
O positivismo visava uma sociedade organizada e não atrelada ao poder espiritual, Comte observou que cada fenômeno possuía as suas particularidades, assim, cada método necessariamente deveria ser particular a cada fenômeno.
Este novo método geral para a ciência caracteriza-se pela observação em aliança com a imaginação. Estão sistematizadas, por sua vez, segundo princípios adotados pelas ciências exatas e biológicas.
Ele estudou na Escola Politécnica de Paris, fundada como resultado da Revolução Francesa. Foi essa instituição que lhe deu um treinamento científico que mais tarde ele defendeu como o mais verdadeiro. Em uma carta a John Stuart Mill, escreveu que todas as pessoas no ensino superior deveriam ter uma formação tal qual ele teve.
Comte acreditava que o único tipo de conhecimento válido é obtido pela observação empírica que ficou conhecido como o positivismo. O nome positivismo deriva do Francês que significa colocar no lugar ou colocar na mente pela experiência.
Esse progresso histórico do pensamento humano e o estado final, positivo, é também o objetivo político de Auguste Comte. O positivismo é, desse modo, a filosofia do autor que merece ser mais detalhada.
A inserção de uma ideia histórica na organização do desenvolvimento científico foi um dos pontos principais na filosofia de Comte. Esse progresso intelectual ao longo da história da humanidade deveria ser acompanhada pelas pessoas, com as instituições educacionais – e até uma religião – incentivando e proporcionando esse desenvolvimento.
Ele acreditava que os problemas sociais e as sociedades, em geral, deveriam ser estudadas com o mesmo rigor científico que as demais ciências naturais tratavam seus respectivos objetos de estudo. Os fenômenos sociais deveriam ser observados da mesma forma que um biólogo observa os espécimes de seus estudos.
“O amor por princípio e a ordem por base. O progresso por fim”. Essa é a origem do “ordem e progresso”. A ordem seria a ideia positivista de manter tudo aquilo que é bom, que funciona, que é correto.
Augusto Comte
A origem da frase vem de uma corrente filosófica popular na época, chamada positivismo. Ao auxiliar no processo da proclamação, acabou por ser homenageada na bandeira brasileira. O lema “Ordem e Progresso” foi uma adaptação da frase: “O Amor por princípio e a Ordem por base.
É por isso que todo o acontecer histórico depende de dois guias: a ordem — que faz com que os estados não sejam modificados por revoluções ou grandes transformações — e o progresso, resultado inevitável de uma ordem que só pode ir para frente.
Para o positivismo, o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro, e somente a comprovação por métodos científicos válidos pode garantir que uma teoria é correta.
As falhas dessa crença são várias. Em primeiro lugar, ela considera o desenvolvimento como uma conquista nacional deliberada, e não como uma conseqüência natural da ação humana individual na busca por objetivos independentes. Vai contra toda a evidência empírica que a história fornece nesse sentido.
Para a corrente positivista tal problema é de fácil resolução, vez que, dentre seus pressupostos temos a radical separação do sujeito e do objeto, sendo ambas as realidades facilmente distinguíveis e separáveis para efeitos do processo cognitivo.
Por fim, o estado positivo é o estado científico e ocorre quando a observação dá lugar à imaginação e abstração presentes nos dois estados anteriores. Os fenômenos não dependem mais das vontades divinas ou do homem.
Resposta. Teológico, metafísico e positivo.
No primeiro estado, o teológico, os fenômenos sociais e da natureza seriam explicados enquanto resultados das ações divinas. No segundo estado, o metafísico, a busca por explicações recorreria a uma reflexão sobre a essência e o significado abstrato das coisas.
Auguste Comte apostava no progresso moral e científico da sociedade por meio da ordem social e do desenvolvimento das ciências. O pensador estabeleceu uma espécie de hierarquia das sete grandes ciências: Matemática, Astronomia, Física, Química, Moral, Biologia e Sociologia, sendo essas duas últimas superiores.