Sob o céu cinzento de Chapecó, ecoam ainda os ecos de uma tragédia que, há sete anos, mudou para sempre o curso da cidade e do futebol brasileiro. A Associação Chapecoense de Futebol, em seu auge, preparava-se para um marco histórico: a final da Copa Sul-Americana na Colômbia. O destino, porém, tinha outros planos.
Manaus/AM - A internet se encheu de homenagens nesta quarta-feira (29) após completar 7 anos exatos na terça-feira (28) do acidente aéreo envolvendo a delegação da Chapecoense, às vésperas do jogo de ida da final da Copa Sul-Americana em 2016. Na ocasião, o avião que levava toda a comissão técnica, jogadores da Chape e alguns integrantes da imprensa, acabou caindo ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.
A tragédia da Chapecoense não é apenas uma história de dor; é também uma história de amor e esperança. Uma comunidade unida na adversidade, um país que se comoveu e se solidarizou, mostrando que, mesmo nas horas mais sombrias, podemos encontrar luz.
A Chapecoense não tem culpa, longe disso, mas está na hora do clube fazer uma campanha educativa em relação a isso. Até porque não existe nenhum tipo de punição prevista em regulamento por parte da FCF e CBF.
Os sobreviventes, marcados pelo destino, carregam as cicatrizes visíveis e invisíveis daquela noite. Eles nos lembram da fragilidade da vida e da importância de abraçar cada momento com paixão e gratidão. O futebol, mais do que um jogo, tornou-se um símbolo de união e força.
Na Arena Condá, onde velas brilham e camisas verdes se erguem em homenagem, sentimos a força daqueles que se foram e dos que ficaram. Neste lugar sagrado do futebol, onde sonhos foram interrompidos, novos sonhos nascem, alimentados pelo legado imortal da Chapecoense.
Hoje, ao relembrar aqueles momentos, não podemos evitar que nossos corações se encham de luto e de carinho. Luto pelo que foi perdido e carinho pelo legado deixado. As ruas de Chapecó, os corredores da Arena Condá, cada canto da cidade, respiram as histórias daqueles que se foram. Eles se foram, mas permanecem vivos na memória e no espírito de cada torcedor, de cada cidadão.
Aconteceu novamente: um torcedor adversário da Chapecoense fez uma “provocação” imitando um avião, em alusão à tragédia aérea de 2016. É a segunda vez no Campeonato Catarinense, que está apenas na quinta rodada.
Além dos jogadores, o acidente matou o técnico Caio Júnior e nomes de destaque da imprensa, como o do narrador Devair Paschoalon, mais conhecido como Deva Pascovicci, também um personagem daquela histórica campanha da Chapecoense. À época, o Atlético Nacional, equipe que faria a final com o time catarinense, reconheceu a equipe brasileira como campeã da Copa Sul-Americana em 2016.
Naquela fatídica madrugada de 29 de novembro de 2016, um avião levando sonhos e esperanças se chocou contra uma montanha, caindo nos arredores de Medellín. Setenta e uma vidas, incluindo 19 jogadores e 20 jornalistas, foram silenciadas naquela noite sombria. Mas, mesmo diante da escuridão da perda, uma chama de resiliência acendeu-se no coração da comunidade de Chapecó.
Segundo investigação, a causa da tragédia que tirou a vida de 71 pessoas foi o esgotamento de combustível da aeronave, resultado da falta de gestão de risco apropriada pela Lamia, empresa responsável pelo transporte dos passageiros. Sem o combustível, os motores pararam de funcionar, e o avião planou até bater.
Relembro que o colega Rangel Agnolin, repórter da Rádio Oeste Capital, estava no Domingos Machado de Lima no sábado. Ele perdeu o irmão Renan Agnolin na queda do avião. Para citar um caso.
Sete anos se passaram, mas a memória daqueles que se foram permanece eterna. Eles são mais do que nomes em uma placa; são parte indelével da história de Chapecó, do futebol brasileiro e de cada um de nós. Hoje, ao olharmos para trás, fazemos isso não apenas para recordar, mas para honrar. Honrar a jornada, honrar a luta, honrar a vida.
Em Criciúma, menos de um ano depois da tragédia, torcedores entoaram o cântico “ão ão ão abastece o avião”. A aeronave da Lamia caiu por conta da falta de combustível necessário para chegar ao aeroporto de destino.
O mundo do futebol se voltou para Chapecó e se convalesceu pelo acidente. Homenagens foram realizadas para reverenciar um time que entrou nas graças do torcedor brasileiro e que teve sua trajetória interrompida por conta da falta de estrutura de uma companhia aérea e da falha humana do piloto Miguel Quiroga.
O torcedor do Concórdia flagrado em vídeo (veja abaixo) fazendo a “provocação” justificou que, na verdade, imitava um galo dando bicadas. Pode até ser, mas uma infinidade de pessoas entenderam de outra maneira.